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Carlos Alberto Vidal, o avô das Gerações

O Avô Cantigas.

O que responderia se lhe perguntassem: “Quem é o avô mais conhecido de Portugal?” …É dele mesmo que  falamos: o Avô Cantigas. O pedagogo musical que encanta gerações há mais de 30 anos e que, de forma inédita, permaneceu no top de vendas, durante um ano, com o álbum de maior sucesso de sempre “Fantasminha
Brincalhão”.


Aquele que podia ter sido um marinheiro ou um tio acabou mesmo por ser um avô. Atencioso, divertido, sábio, surge no panorama nacional para preencher um espaço no programa Passeio dos Alegres, da RTP, já nos idos de 1982. “Naquela altura o país parava para ver televisão. Era um momento poderoso e tive a sorte de surgir nessa ocasião”, conta Carlos Alberto Vidal a pessoa que tanta vez se confunde com a própria personagem que veste. “As pessoas ao gostarem do Avô Cantigas gostam de mim porque sou sempre eu próprio. O Avô Cantigas tem sobre as questões, e o mundo que o rodeia, as ideias que o Carlos Vidal tem”, confessa.
Filho único, Carlos nasceu na Lousã em 1954 e, aos 11 anos, embarcou numa viagem até Cascais com os pais à procura de uma vida melhor. “Se os meus pais não tivessem vindo para cá, não teria tido o percurso de vida que tive”, garante.



Estudou nos Salesianos do Estoril e acabou por enveredar no conservatório de música durante 3 anos, altura em que gravou o seu primeiro disco. Seguiram-se 10 anos de música ligeira, música popular e – difícil imaginar para o homem que veste jardineiras e camisas de flanela - até mesmo rock progressivo. Tudo isto antes da aparição do avô que conquistou famílias inteiras no país. A ascensão meteórica na televisão não foi momentânea e o Avô continua a ser fenómeno de longevidade com cabelos brancos. Qual é o segredo? “É preciso existir uma empatia entre a pessoa e o público e foi isso que me aconteceu. É uma relação de amor”, garante.


Carlos Alberto Vidal, que fora do palco mantém o registo suave e próximo do Avô Cantigas, fazendo com que seja difícil separar o artista da obra artística, é um homem ciente do sucesso que alcançou: “Tenho noção que o Avô Cantigas é uma personagem que toda a gente conhece e que atingiu um patamar que mesmo que se ausente durante algum tempo não se apaga da memória das pessoas.”


Curiosamente, com o passar dos anos surge um avô em fase de rejuvenescimento, mais moderno envergando boné com um look mais cool mantendo, apesar dos anos, a sua imagem de marca feita à custa de uns fantásticos óculos redondos e, claro, das jardineiras.


Pelo caminho ficaram a cabeleira, o cachimbo e o cavaquinho. Objetos com extremo valor sentimental que um dia ocuparão lugar na Associação Avô Cantigas, instituição que ajuda crianças em dificuldade. Mas ao contrário dos objetos, que tendem a ser valorizados com o passar do tempo, Carlos Vidal acredita que tal não acontece com as pessoas: “As pessoas deixam o seu rasto mas nada é imortal. Por isso eu acredito que o meu se perderá também.”


Imortal ou não, a realidade é que o Avô Cantigas eterniza a música infantil, com um timbre único, mantendo o seu público fiel: “As crianças de hoje têm outras formas de brincar mas no momento dos concertos são todas iguais. Já tive crianças que me disseram: Gostava tanto que fosses o meu avô de verdade!” Um sinal evidente da ligação entre duas pessoas que satisfaz a sua vida:“ O que me faz feliz é um palco cheio do Avô Cantigas. Um concerto simples, de one man show ”.


A chegar aos 60 anos, o Avô está em grande forma. Imparável, o cantor prepara-se para o novo espetáculo, que alia a conversa à música como forma de educar – “É bom sonhar” - com tournée nacional. “Reformar-me?! Sim e não”, responde. “Há uma altura em que a pessoa sente o direito à preguiça! Gostava de poder fazer dos meus momentos de lazer algo mais prolongado porque isso dá-me um sentido de vida profundo e ajuda-me a estar bem enquanto cá estou, mas ainda me sinto cheio de energia.”


Durante a conversa, Carlos Vidal revela-se um homem de sorriso contagiante, inteligente, profundo e preocupado com as questões que o rodeiam: “Não sou filósofo, sou cantor. Mas todos temos um pouco de Agostinho da Silva. À medida que vou envelhecendo vou tentando ser uma pessoa melhor e mais esclarecida sobre os meandros das coisas que nos passam pela cabeça. Nós viemos ao mundo para sermos felizes!”


Aquele que já fez, como reza o ditado, as três coisas imprescindíveis da vida - plantar uma árvore, escrever um livro (neste caso infantil) e fazer um filho (na verdade dois) - adora ler, ouvir música, ir ao cinema, passear e correr no paredão várias vezes por semana, porque o atletismo é um prazer do qual não prescinde.
Por isso, quando se cruzar com o cantor, não se esqueça…. Para lá do Avô Cantigas está um Carlos Vidal inspirador.
 

Cascais Digital

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