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Jornal C | 147 Abril
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Nesta edição recordamos alguns protagonistas da Revolução dos Cravos, nos 50 anos do 25 de abril e as portas que abril abriu em Cascais, na área da saúde, habitação, cultura, educação e tantas outras vertentes que até hoje fazem a diferença na nossa comunidade.
Para além destas comemorações, o Orçamento Participativo de Cascais '24 também anda na rua com as várias propostas a votação. Conheça-as e vote em consciência.
Município de Cascais promove Rede Intermunicipal para a Transparência e Prevenção da Corrupção






No passado dia 18 de abril, os Paços do Concelho de Lisboa acolheram o 1.º Encontro da Rede Intermunicipal para a Transparência e Prevenção da Corrupção. Esta Rede surgiu de uma parceria do Departamento de Transparência e Qualidade da Câmara Municipal de Cascais com o Departamento de Transparência e Prevenção da Corrupção da Câmara Municipal de Lisboa. Trata-se de uma rede colaborativa e informal, que visa a partilha de experiências e a produção de conhecimento sobre as matérias da transparência e prevenção da corrupção. A coordenação da Rede é anual, encontrando-se atualmente assegurada pelos municípios de Cascais e Lisboa.
O Encontro contou com a participação de cerca de 40 dirigentes e técnicos de diferentes municípios e empresas municipais, ligados às áreas da transparência, conformidade e prevenção da corrupção. Estiveram representados os municípios de Cascais, Castelo Branco, Coimbra, Lisboa, Matosinhos, Moita, Oeiras, Palmela, Porto, Santarém, Tábua, Valongo e Vila Franca de Xira. No caso concreto das empresas municipais de Cascais, compareceram representantes da Cascais Ambiente, da Cascais Envolvente, da Cascais Próxima e da Agência DNA Cascais.
A “vontade de trabalhar” estas matérias e partilhar conhecimento, foram as notas dominantes do Encontro. Durante 4 horas, os participantes manifestaram adesão e tiveram oportunidade de trocar experiências e debater as expectativas que têm relativamente ao funcionamento da Rede, bem como de apresentar propostas que permitam encontrar respostas para questões associadas a estas temáticas, mediante a criação de uma Plataforma de Comunicação.
O Município de Cascais deverá acolher o próximo Encontro da Rede Intermunicipal para a Transparência e Prevenção da Corrupção, agendado para a primeira quinzena de outubro.
Fotografias: Daniela Conceição | CML
Cascais comemora Abril expondo obras de Paula Rego
“Estamos vivos” disse o presidente da Fundação D. Luís I, Salvato Teles de Menezes na cerimónia de inauguração da exposição “Paula Rego: Manifesto” um sinal de vitalidade quer do Museu que a acolhe, quer da própria Fundação. Ideia que seria corroborada por Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, dando como exemplo a recente obra da pintora adquirida pelo município que, por razões burocráticas, não pode ainda fazer parte desta exposição.
Trata-se de uma exposição “Paula Rego: Manifesto” que celebra, também, a primeira amostra individual da artista, realizada em 1965, e onde Paula Rego se insurge, através da pintura, contra o regime salazarista. Como se refere no catálogo da exposição, curadoria de Catarina Alfaro e Leonor de Oliveira, “Entre os anos 1960 e 1970, a abordagem figurativa experimental de Paula Rego, intuitiva e aparentemente caótica, servia a necessidade de expressar as suas emoções, refletindo ansiedade, medo e angústia, sentimentos que eram partilhados por todos os portugueses que aspiravam a uma mudança política no país.”
Insere-se, pois, esta exposição, que estará patente na Casa das Histórias Paula Rego até o dia 6 de outubro, nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974.
Esta exposição, reúne 18 obras das 19 exibidas pela pintora em 1965, aquando da sua primeira exposição individual, uma década marcada por diversos assassinatos designadamente o de Humberto Delgado, período de grande repressão do regime, de guerra colonial, que Paula Rego espelha nestas obras expostas.
Porém a obra aborda a mesma atitude de intervenção da artista perante a realidade social e política portuguesa, mesmo depois do 25 de Abril de 1974. Quando, por exemplo, explicaria Nick Willing, filho da artista e membro da comissão paritária da Casa das Histórias Paula Rego, em 1998, se verifica uma reduzida participação das mulheres no referendo sobre o aborto, “algumas preferindo ir à praia” em vez de votar. “A minha mãe ficou irritada e a forma de reagir foi pintar aquelas meninas em posições de sofrimento depois de sujeitas ao aborto clandestino”.
Como se refere no catálogo da autoria de Catarina Alfaro e Leonor Oliveira, em contracorrente com a “narrativa sobre a ditadura e o processo de democratização (…) dominados pela perspetiva e ações masculinas (…) a obra de Paula Rego inscreve na abordagem crítica desses momentos históricos não só a experiência feminina, mas também o papel das mulheres na luta pela democracia e pelos seus direitos”.CMC/HC/BN/LB
Programa Cascais Ativo – É Desporto para Todos está de regresso
Está de regresso o programa municipal de promoção desportiva “CASCAIS ATIVO - É DESPORTO PARA TODOS” que, desde 1999, fomenta a prática de exercício físico, com vista à melhoria da qualidade de vida dos Cascalenses.
Desenvolvido pela Câmara Municipal de Cascais, este programa oferece à população as mais variadas atividades de Fitness ao Ar livre, Yoga, Atividades Náuticas, Atividades de Natureza e alguns eventos pontuais, entre os quais o “Cascais Fitness Sunset” e o “Cascais Fitness Active for Life”.
Para a realização de todas estas atividades, o programa integra um conjunto de parcerias com diversos clubes, associações desportivas, ginásios, empresas e outras entidades da área do desporto e da saúde em Cascais.
O programa de 2024 decorre de abril a outubro, e pode ser consultado AQUI
O Desporto Começa na Atitude!
Centro de Investigação Ciência e Arte Maria de Sousa






A casa de Reynaldo Santos e Irene Quilhó dos Santos, no nº8 da rua 3 de maio, na Parede, foi reabilitada. Alguns traços de Art Deco permanecem como marca da sua origem. Construída nos anos 30 do século passado, por indicação de Eugénio da Silva Teles, em 1989 é mandada recuperar para residência do médico, escritor, historiador prof.ª Reynaldo dos Santos e da sua esposa Irene Quilhó dos Santos. Logo aí a casa ficaria ligada indelevelmente à investigação médica e às artes. Mas, é já por empenho de outra ilustre investigadora na área da medicina a Professora Maria de Sousa, amiga do casal e, por decisão da Câmara Municipal de Cascais que a casa passou, a partir deste domingo, a cumprir exatamente esse papel como Centro de Investigação da Ciência e das Artes.
Na sua inauguração, o professor Salvato Telles de Menezes, presidente da Fundação D. Luís I, fundação responsável também por mais este património cultural do concelho, lembraria, por um lado, do empenho pessoal do presidente da autarquia, Carlos Carreiras no destino dado à Casa Reynaldo dos Santos, mas também da originalidade do propósito deste edifício “articular a investigação dedicada à arte e à ciência tal como ela foi praticada pelo professor Reynaldo dos Santos, por quem a professora Maria de Sousa tinha uma estima intelectual”.
Maria de Sousa está na origem deste projeto e seria, na inauguração, lembrada pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, lamentando a ausência naquela cerimónia da investigadora na área da ciência médica que faleceu há quatro ano, vítima do Covid-19, e que representa o espírito e o propósito do evento. Carlos Carreiras lembraria o compromisso assumido com a Profª Maria de Sousa, de levar por diante este projeto e, por isso, manifestou a sua satisfação pelo facto de hoje estar a ser cumprido.
E o Centro de Investigação Ciência e Arte Maria de Sousa ali está enquadrada num jardim, de 138 m2, interlúdio inspirador para quem naquela casa, de 560m2, correspondente aos pisos 0, 1, 2 e sótão, será recebido para investigar nestas duas áreas da cultura e do conhecimento, saúde, pós-graduação, história da arte, ourivesaria, gravura e teatro.
Para além do acervo de peças de mobiliário que foram recuperadas e ali mantidas, há, para apoio à investigação, um enorme espólio documental (bibliográfico, arquivístico e fotográfico) que junta as Bibliotecas e os Arquivos pessoais de Reynaldo dos Santos, de sua mulher Irene Quilhó dos Santos, dos dois filhos, João Carlos e Luís Alberto Quilhó Jacobetty, e o Arquivo Científico da Profª. Maria de Sousa.
No piso 0 o edifício comporta, para além do arquivo, uma Sala Multiusos com 42 lugares e no último piso (sótão) uma unidade de habitação destinada a residências de investigação científica.
CMC/HC/BN/AG/LB
O 25 de abril de 1974 contado por quem o viveu
CABO JOSÉ ALVES DA COSTA
O seu anonimato foi mantido por mais de 40 anos, mas é um nome decisivo no conhecido desfecho da Revolução de 25 de Abril de 1974. Não porque estava na rua com os vencedores, mas porque algures entre o escrúpulo civil e um exercício flagrante de desobediência militar, o cabo apontador a bordo do Patton M47, escolheu não disparar contra a coluna de Salgueiro Maia nesse dia.
“O Alferes pelo rádio do jipe comunicou para os carros de combate: «Oh, Costa! olha que ninguém dá fogo sem minha ordem!». A potência de fogo daqueles carros era de tal ordem que dar fogo numa cidade era só de loucos!” – 7h horas da manhã do dia 25 de abril, Terreiro do Paço, Lisboa.
O Alferes foi preso ali à vista de todos e veio um brigadeiro subir ao carro e que me disse: “Ou dás fogo ou levas um tiro na cabeça” e eu com os meus colegas fechamo-nos no carro blindado e espreitamos pelo periscópio. Avistei um mar de gente junto aos barcos cargueiros. Se tivesse cumprido a ordem do brigadeiro tinha destruído aquilo tudo e matado milhares de pessoas, incluindo militares”.
“Se eu tivesse dado uma bujarda, os outros iriam dar dezenas, e aí seria uma desgraça autêntica. Fui criado para servir a Pátria, não para destruir. Assumo a responsabilidade da desobediência. Não sabia o que se estava a passar, mas era incapaz de atirar fosse contra quem fosse”.
CORONEL ANTÒNIO ROSADO DA LUZ
O Coronel António Rosado da Luz foi um “Capitão de Abril” e próximo colaborador próximo de Otelo Saraiva de Carvalho. Com pouco mais de 25 anos cumpria, à época, serviço militar no Centro de Instrução de Artilharia Antiaérea de Costa de Cascais (CIAACC). Participou em todas as reuniões dos militares que conduziram à deposição do anterior regime.
Rosado da Luz considera que a reunião efetuada no atelier do Arquiteto Braula Reis, no centro de Cascais, foi determinante para o desenrolar do 25 de abril de 1974. “Essa reunião acelerou tudo”, recorda, sublinhando que estava tanta gente na reunião (197 oficiais) que temeu que o soalho de madeira do 1º andar do atelier abatesse. S.R.S.
“A seguir â reunião de Cascais tudo acelera. E dá-se o célebre beija-mão dos generais em que o Alto Comando todo, à exceção de 3 generais - os Oficiais Generais Spínola, o Costa Gomes e o Almirante Bagulho, foi apresentar-se ao Chefe de Governo, Marcelo Caetano, jurando a fidelidade das Forças Armadas à política ultramarina do governo. A primeira missão militar foi assim destituir aqueles generais que foram logo demitidos. A primeira ação militar no dia 25 de Abril foi capturar as Forças Armadas.”
CCD Cascais comemora 70 anos










No dia em que o Centro de Cultura e Desporto (CCD) do Município de Cascais, associação constituída pelos funcionários da autarquia, assinalou o seu 70.º aniversário com uma visita guiada ao Museu da Vila e à Fortaleza da Nossa Senhora da Luz. Antes da visita, a nova direção do CCD, para o próximo quadriénio, presidida por João Bento Vitorino, foi recebida no Salão Nobre dos Paços do Concelho pelo vice-presidente da autarquia, Nuno Piteira Lopes.
O autarca recebeu da CCD um pin comemorativo e lançou o desafio à nova direção: “têm o nosso apoio para que até final do vosso mandato consigo uma sede própria”. O repto lançado, explicaria o vice-presidente da autarquia, “é o reconhecimento de uma instituição que muito tem feito para a coesão e paz social no município”, disse Nuno Piteira Lopes.
João Bento Vitorino salientou que “esta iniciativa de comemorar os 70 anos no Salão Nobre, é um ato simbólico, já que esta instituição, que existe para servir os funcionários do município que livremente a ela se associam, é uma realidade porque a autarquia existe”.
Depois da receção no Salão Nobre seguiu-se uma visita guiada pelo historiador João Miguel Henriques e pelo arqueólogo Severino Rodrigues, ao Museu da Vila e à Fortaleza de Nossa Senhora da Luz.CMC/HC/BN/AG
Abriu em Cascais o One Market













Designado One Market este espaço de 2.500 m2 é uma zona de lazer dotada de 13 espaços estabelecimentos comerciais, hoje foram 8 inaugurados, e surge como solução urbanística enquadrada num empreendimento de luxo , o One Living, que teve a assinatura do arquiteto Francisco Valsassina.
O evento contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, do vice-presidente Nuno Piteira Lopes e do administrador da DNA Cascais, Frederico Nunes.
Gerido pela agência Municipal DNA Cascais, este será mais do que um espaço comercial, aliando a experiência cultural à oferta comercial e gastronómica de alta qualidade, fruto de um investimento dos lojistas no valor global de um milhão de euros em acabamentos, equipamentos e formação de pessoal.
O ONE Market Cascais by DNA Cascais vem promover o crescimento económico local, criando cerca de 60 postos de trabalho diretos na região, além dos postos de trabalho administrativos não locais. Adicionalmente, há uma contribuição significativa para a economia através dos postos de trabalho indiretos, gerados pelos fornecedores e prestadores de serviço.
O responsável pela DNA Cascais disse tratar-se de um projeto “da Teixeira Duarte, empresa que desafiou a DNA Cascais para", com ela apresentasse uma solução urbanística comercial e de lazer, "num espaço que pode ser usufruído por todas as pessoas que o queiram visitar e que permite também o desenvolvimento de outras atividades”, disse Frederico Nunes.
O evento contou ainda com um momento musical de Pedro Tatanka, o vocalista dos Black Mamba.CMC/HC/BN/LB/MB/FH
Vote no Orçamento Participativo de Cascais 23/24
Sabia que desde 2011, no concelho de Cascais, os cidadãos já decidiram qual a aplicação de 51 milhões de euros? Essa foi a verba aplicada na concretização de 220 projetos vencedores, fruto de um trabalho de participação e cidadania que coloca o concelho entre os mais destacados da Europa e mesmo a nível Mundial. Já votou alguma vez no Orçamento Participativo de Cascais? Está na hora de votar!
De 13 de abril a 12 de maio com um investimento mínimo de poucos minutos, pode fazer toda a diferença na vida da sua rua, do seu bairro e mesmo do concelho. Nesta 12.ª edição do Orçamento Participativo, existem 23 projetos em que pode votar. São 14 de Tipologia A, projetos que beneficiam os cidadãos através de uma entidade, e 9 de Tipologia B, projetos que beneficiam diretamente os cidadãos em diversas áreas.
Saiba mais sobre os projetos a votação e como votar AQUI
Em mais de 10 anos de Orçamento Participativo, com a participação dos cidadãos, mudámos o concelho: os cascalenses moram a 0.5km de um projeto OP. Contamos consigo para encurtar ainda mais essa distância. Vote!
Cascais celebra fim do jejum no Ramadão













Mais de oito centenas de fiéis estiveram na oração que assinala o fim do mês do Ramadão que decorreu esta manhã no Hipódromo Manuel Possolo. O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras falou de um Cascais multicultural que abraça toda a sua comunidade independentemente da cultura, credo ou condição social: "Todos são bem-vindos a Cascais. Cascais é feito de muitas cores, de muitas formas de pensar, de muitas formas de ter fé”, disse o autarca que antes da celebração dirigiu algumas palavras aos presentes. Carlos Carreiras salientaria que Cascais é um concelho onde cabem todos, desde que todos se respeitem”, disse recordando as palavras do Papa Francisco aquando da passagem por Cascais salientando o mundo como “um lugar para todos!”
“Temos que agradecer a Deus por nos ter proporcionado um município como Cascais onde nos sentimos em casa.”, disse Imran Mhomed.
O Ramadão, um dos cinco pilares da religião islâmica celebra-se no nono mês do calendário islâmico. Trata-se de um jejum que tem como objetivo educar o muçulmano “na espiritualidade, humildade e paciência”, explica-nos Imran Mhomed.
Um tempo de reflexão e atenção em Deus, e um tempo para o altruísmo. Um jejum que é feito em nome de Allah como forma de agradecimento. É também um momento de abdicação dos prazeres e desejos, obediência a Deus e limpeza dos pecados. E assim, durante este mês, a comunidade muçulmana jejua do nascer do dia até o crepúsculo.
Em Cascais a comunidade muçulmana já representa entre 8 e 10 mil munícipes. CMC/HC/MC/LB
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