Foram 18 intensos dias de viagem de comboio durante a qual o Presidente português foi recebido sucessivamente pelo Rei Afonso XIII de Espanha, pelo Presidente Raymond Poincaré de França, Rei Jorge V de Inglaterra, Alberto I da Bélgica, e visitou os militares do Corpo Expedicionário Português mobilizados na Primeira Guerra Mundial.

Em março de 1916, a Alemanha tinha declarado guerra a Portugal, na sequência da apreensão dos navios mercantes alemães. Os sectores belicistas portugueses viram chegado o pretexto para o país entrar formalmente no conflito, embora alemães e portugueses já combatessem em Angola e em Moçambique.

O Corpo Expedicionário Português (CEP), comandado pelo general Norton de Matos, fora constituído recentemente. Em janeiro de 1917, parte para França a primeira brigada, comandada pelo coronel Gomes da Costa.

Para a jovem e frágil República portuguesa, a participação no esforço de guerra dos aliados, foi um momento aproveitado para obter um muito desejado reconhecimento internacional. O próprio Bernardino Machado era favorável à participação de Portugal na guerra. Depois teria lugar a humilhante derrota na Batalha de La Lys.

Após esse desastre escreveu em abril de 1918 ao chefe militar General Tamagnini:

“Acompanhando, de todo o coração, a nossa intervenção militar na grande guerra, V.Exª imagina certamente a profunda comoção de dôr e de orgulho que senti, ao receber a notícia do nosso último combate, tam cruel mas tam heróico. Creio entretanto do meu dever exprimi-lo ao ilustre Comandante do nosso valente exército”.

Cem anos depois, a viagem é recordada numa exposição promovida pelo Museu da Presidência da República, em Cascais, com a colaboração do Museu Bernardino Machado, de Vila Nova de Famalicão. 

A exposição foi inaugurada no dia 7 de novembro, no Palácio da Cidadela de Cascais, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. S.R.S.

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Depois de em 2009, Portugal ter acolhido pela primeira vez o European Padel Championships, no histórico clube de Cascais, a candidatura da Federação Portuguesa de Padel à realização do campeonato Europeu em 2017 volta a merecer a confiança do organismo que tutela a modalidade internacionalmente.

Sobre a escolha de Cascais pela Federação internacional, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, expressa a sua satisfação, afirmando que “ é com expectativa que Cascais acolhe o campeonato europeu de uma das modalidades desportivas de maior crescimento em Portugal e que encontra, em Cascais, uma enorme popularidade”.

O evento vai contar com a participação de 15 seleções masculinas e 12 femininas na competição por Nações, decorrendo paralelamente a prova por duplas. A Seleção Nacional Feminina irá defender o estatuto de campeã da Europa, conquistado há dois anos na Holanda, onde França arrebatou o título na variante masculina.

Na edição de 2009, a seleção masculina alcançou o terceiro lugar no pódio. Para Ricardo da Silva Oliveira, presidente da Federação Portuguesa de Padel, “São claros sinais do reconhecimento internacional de parte do trabalho desenvolvido pela Federação Portuguesa de Padel em prol da modalidade, tanto a nível interno como a nível mundial”.

Nesta edição do campeonato, o dirigente espera “uma competição feroz pelo título europeu” em Cascais, declarando que “É preciso não esquecer que a nossa Seleção feminina é a atual detentora do título e a equipa masculina reúne todas as condições para conquistar um lugar no pódio”, diz.

Referindo-se à candidatura de Cascais a Cidade Europeia do Desporto em 2019, Carlos Carreiras dá as boas vindas a todos os atletas e familiares que visitam durante os próximos dias, desejando que,  “cada  um possa ser, à sua maneira, um embaixador desta candidatura".

Durante os cinco dias do Europeu estarão em jogo 216 jogadores no novo complexo de padel do Clube de Ténis do Estoril, composto por oito courts, um dos quais – court central - montado provisoriamente no recinto dos courts cobertos de ténis.

A XI edição do evento conta com a chancela da Federação Internacional de Padel e Federação Portuguesa de Padel, organizado pela Smash Padel.

Mais informações

Durante os dois dias de trabalho, profissionais das três entidades organizadoras fazem o balanço das medidas já implementadas e discutem novas estratégias de intervenção.

Recorde-se que há um ano foram criadas as condições base necessárias avançar com dois projetos concretos, como o de cuidados paliativos no domicílio, para que não sejam limitados às instituições hospitalares e de saúde, para que a pessoa, no conforto do seu lar, também possa ter acesso a estes cuidados na comunidade. No mesmo foi estabelecida a partilha de recursos para garantir o transporte de doentes não urgentes, melhorando o acesso à saúde às populações mais vulneráveis do concelho. Foi também a primeira vez que uma câmara municipal estabeleceu um acordo para a gestão integrada da saúde de um concelho com os cuidados de saúde primários e hospitalares.

Estes acordos constituem a alavanca para o fortalecimento de duas parcerias locais estratégicas, na promoção da saúde e na prevenção da doença, ao estabelecerem objetivos comuns que permitirão mobilizar recursos de forma mais eficiente e eficaz, nas respostas prestadas à população.

PROGRAMA

Tiago Bonito, Miguel Laffan e Henrique Sá Pessoa, os três chefs que apadrinham o evento, consideraram “excelente” esta forma de divulgar o evento que se realiza no Centro de Congressos do Estoril, nos dias 15, 16 e 17 de dezembro.

“Vamos começar a mostrar o verdadeiro potencial de Cascais gastronómico, dos seus produtos, nomeadamente o peixe e o marisco”. Será um evento onde vamos juntar alguns chefs e oradores à volta da gastronomia. Para mim é uma honra participar neste evento. Nascido e criado em Cascais, é uma oportunidade de participar em algo que me diz muito”, disse Miguel Laffan.

“Somos privilegiados em termos de peixe e marisco e quem nos visita não tem essa noção”, afirma Henrique Sá Pessoa, um chef nascido  em Cascais.

“O Cascais Gastronómica 2017 vai ajudar nesta promoção e na valorização daquilo que é a gastronomia, e os produtos locais. Neste evento isso vai ser realçado por nós chefs e por toda a gente que vai participar para pormos a gastronomia de Cascais no sítio onde deveria estar”, acrescentou Henrique Sá Pessoa.

Tiago Bonito deixou um convite: “venham conhecer a primeira edição do Cascais Gastronómica, a Baía de Cascais, a nossa gastronomia, o nosso peixe. Venham ver a verdadeira cozinha tradicional portuguesa a ser vanguardista aqui em Cascais. Com este evento, vamos ajudar a gastronomia portuguesa a ir além-fronteiras”, salientou Tiago Bonito.

O livro que retrata a memória e património gastronómico do concelho de Cascais, “Reis e Pescadores”, de Cláudia Mataloto e de Raquel Moreira foi oferecido aos três chefs, por Cláudia Mataloto.

A 20 de julho no Clube Naval de Cascais a autarquia agarrou um novo desafio: Ser a Cidade Europeia do Desporto em 2019. Na apresentação da candidatura Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais realçou o facto de, no concelho “residirem grandes campeões e campeãs de várias modalidades e uma rede de equipamentos e de condições favoráveis à prática desportiva, que a natureza proporciona a nível de mar e serra”.

Referia-se Carlos Carreiras a uma orla costeira com 30 km de praia, um território 30% ocupado por parques naturais e um clima que convida à prática do desporto ao ar livre. Mas também aos 70 km de ciclovias projetadas até ao final do ano e a muitos outros equipamentos como 51 polidesportivos, 32 deles disponíveis diariamente para utilização dos munícipes, 18 pavilhões desportivos, utilizados por clubes e escolas do concelho, 7 espaços fitness, em suma um conjunto de equipamentos e condições que simplificam a introdução nas rotinas quotidianas dos cidadão a prática saudável do desporto.  

O contraste na paisagem cascalense, o mar e a serra, numa relação de extrema proximidade, são detalhes de ponderação nos programas de preparação de atletas de alta competição mas, em Cascais, são sobretudo também condições que alargam o leque de escolha para quem vê na prática desportiva não mais do que hábitos de uma vida saudável. 

Essa vida saudável não está dissociada do forte movimento associativo que enquadra perto de 94 mil munícipes na prática desportiva, razão pela qual a autarquia apoia cerca de 80 clube e associações, apoios que vão da ajuda financeira ao apoio logístico ou até associando-se como parceira na realização de eventos. Há no concelho 181 entidades promotoras de desporto, associações, clubes desportivos, escolas desportivas especializadas, academias e ginásios, cooperativas, ipss e colégios. E, a esta componente associativa junta-se o desporto escolar, num programa que, nos últimos cinco anos, trouxe para a prática desportiva perto de 10 mil crianças de 44 escolas.

Se há um programa de atividades regulares articuladas com os diversos agentes, parceiros que preenchem um calendário eclético de atividades desportivas (do Fitness, ao ar Livre, dos desportos náuticos aos desportos natureza), no plano do desporto espetáculo, a autarquia proporciona a realização de grandes eventos, como são exemplo disso o Ibercup, o torneio de futebol jovem mundial, ou o Iroman, a maior prova de Triatlo do mundo que se vai realizar no início de Setembro em Cascais.    

À saudável prática do desporto, seja ela competitiva ou amadora, associativa ou escolar, associa-se uma outra dimensão, a dimensão social. Como se refere na candidatura de Cascais a Cidade Europeia do Desporto 2019, para além da importância formativa que o cidadão vai buscar à ética desportiva, e que contribui decididamente para um comportamento de tolerância, de respeito pelos outros, há ainda a função inclusiva do desporto e, nesse contexto, Cascais tem um conjunto de programas muito bem sucedidos: São disso exemplo a vela adaptada, o dive for all (mergulho adaptado) Surf.Art (ver pag. 3) e os Seniores em Movimento.

É este o perfil de um concelho onde se deu o primeiro pontapé de saída do futebol português, ou se registou o primeiro serviço no ténis em Portugal, um concelho que tem o desporto na massa do sangue. HC 

“Não há nenhuma razão para que um país que tem, neste momento, no turismo toda uma cadeia de valor, tem a melhor Escola Superior de Turismo a nível nacional e não consta dos rankings internacionais”, disse, sublinhando: “A ESHTE é reconhecidamente a melhor escola a nível nacional, mas ainda não consta nos rankings internacionais. Diria que é um desígnio pelo qual devíamos todos lutar”.

“Não desisti ainda de ver a ESHTE numa senda que a leve a ser uma referência a nível internacional. Podem contar com o presidente da Câmara para essa luta”, afirmou.

“Enquanto presidente de Câmara de Cascais, tenho como objetivo ter em Cascais uma Escola Superior de Turismo nos rankings internacionais. A preferência será a do Estoril, mas se isso não for possível, a Câmara arranjará outra forma de a concretizar”, sublinhou Carlos Carreiras.

Por seu lado, o presidente do Conselho Geral da ESHTE, Mário Assis Ferreira, sustentou a mesma ideia ao afirmar que “o facto de a ESHTE não figurar ainda num ranking internacional, que abone e credencie o seu indiscutível mérito e capacidade em prole dessa atividade fundamental para Portugal que é o turismo, é um desafio para todos” que deseja ver realizado.

Raúl das Roucas Filipe tomou posse como presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, (ESHTE), naquele que é o seu segundo mandato à frente desta escola de Ensino Superior Politécnico.

“Ao longo dos seus 26 anos de existência, esta escola trilhou um percurso valioso, tendo consolidado a sua posição no contexto do ensino superior politécnico de turismo em Portugal”, disse Raúl das Roucas Filipe.

O responsável da ESHTE disse que, neste momento, há 2000 alunos inscritos na Escola, seis candidatos para cada vaga, 400 alunos nos cursos de mestrado, pós-graduação e doutoramento.

“Os nossos alunos têm uma taxa de empregabilidade de 95%, o que nos coloca entre as cinco instituições de Ensino Superior com melhor índice nacional. Neste mandato pretendo dar continuidade ao que foi feito e alcançar objetivos traçados e não realizados, para elevar o nome da Escola a nível nacional e internacional, explicou Raúl das Roucas Filipe.

A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril foi inaugurada em 1991 e é um estabelecimento público de Ensino Superior Politécnico, sob tutela do Ministério da Educação e da Ciência. É responsável pela formação de jovens quadros e profissionais do setor do turismo, nas áreas da hotelaria e restauração, sendo as suas principais intervenções no campo das técnicas de cozinha e pastelaria, de restauração e bebidas e gestão hoteleira. Localiza-se num eixo de turístico por excelência, uma região onde se assiste a uma forte dinâmica do ponto de vista da atividade turística e que está naturalmente associada às atividades culturais, desportivas e de lazer. A.Q.

Este projeto, que tem como promotores a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, a DNA Cascais e o Instituto Politécnico de Setúbal, em termos teóricos parte do pressuposto de que o processo de inovação é colaborativo e requer uma abordagem local e regional e, nesse sentido, coloca a seguinte questão de investigação: “Que estratégias de governação, ao nível dos Municípios, facilitam a criação de PMEs turísticas inovadoras e promovem a cooperação frutuosa entre os agentes?”.

Em Cascais, o Turismo adquire um estatuto que lhe confere uma posição privilegiada entre os restantes sectores da atividade económica, sendo considerado um eixo estratégico para o desenvolvimento local, por toda a dinâmica envolvente e pelos efeitos que produz sobre os serviços e comércio local. A oferta turística presente em Cascais apresenta um elevado grau de maturidade, principalmente ao nível da Hotelaria e Restauração.

Com todo o dinamismo dos empreendedores turísticos, continua a ser fundamental investir na inovação e no desenvolvimento de produtos turísticos inovadores e sustentáveis, assente em modelos de governação que encorajem e apoiem a emergência de negócios inovadores e sustentáveis, que enriqueçam e diversifiquem a oferta turística, e que resultem das ações empreendedores e stakeholders agindo como parte de uma estratégia alinhada com as opções dos gestores do destino e em cooperação com outros agentes.

O projeto TARGET é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Compete2020, Lisboa2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

O projeto foi, dia 30 de outubro, apresentado publicamente no Auditório da DNA Cascais, numa sessão onde estiveram presentes os diferentes promotores do projeto, a Associação Empresarial do Concelho de Cascais, a Associação de Turismo de Cascais e o Turismo de Portugal.

Na área económica, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, disse que serão criados 5000 postos de trabalho apenas nos dois primeiros anos de mandato. “Reafirmo esse meu compromisso. E em breve teremos novidades sobre isso”, sublinhou.  

Sobre o que podem os cascalenses esperar em geral do futuro, disse, sem hesitar, que o seu Executivo vai democratizar a qualidade de vida em todos os 72 lugares do concelho e trazer mais prosperidade económica, social e ambiental a Cascais.

Na entrevista, o chefe do Executivo centrou-se, entre outras áreas, na saúde, educação, e economia. “Na saúde, propomos ter um médico de família por cidadão até 2019. Vamos construir (Cascais e Carcavelos-Parede) ou ampliar (São Domingos de Rana) três novos centros de saúde. Vamos ter, se tudo continuar a correr como até aqui, um hospital universitário em Cascais. Vamos alargar em 400 o número de camas de cuidados continuados”, explicou.

Na Educação, disse querer acabar com aulas sem condições, trabalhar para uma nova Escola Secundária de Cascais, a “Polivalente”. Por outro lado, antecipou que se vai inaugurar uma nova era de progresso com uma universidade de alto nível: a Nova SBE em Carcavelos, sublinhando que “se tudo continuar a correr como até aqui, a Faculdade de Medicina da Universidade Católica/Grupo Luz Saúde abrirá em Cascais nos próximos anos”.

Relativamente à política fiscal, prometeu baixar o IMI e manter todas as outras bonificações fiscais em vigor.

“Gostamos de ser uma câmara de contas certas. Não queremos que sejam os nossos filhos a pagar as nossas dívidas”, conclui o Presidente na entrevista que pode ler na integra na edição do "C" 89 - Outubro de 2017 em http://www.cm-cascais.pt/jornal/c-89-outubro-de-2017 .