Existe há 17 anos e já apoiou desde o seu início 553 empresas que geraram cerca de 2800 postos de trabalho e 100 milhões de euros de investimento. Falamos do Concurso de Ideias e Negócios (CINC), contemporâneo da criação da DNA - Cascais. Esta quarta-feira, 21 fevereiro, das quarenta candidaturas recebidas, cinco tiveram a oportunidade de apresentar o pitch final ao júri que, por unanimidade, escolheu o projeto "Circular Food" de José Morais Sarmento, como o vencedor desta 17ª edição. 

"O crescimento do espírito empreendedor em Cascais que é agora uma das suas imagens de marca, muito se deve à DNA e às iniciativas como o CINC e Escolas Empreendedoras que cultiva o gosto pelo empreendedorismo e a inovação nos mais jovens", referiu Carlos Carreiras, presidente da CM de Cascais que encerrou o evento com a entrega do prémio monetário de 10.000 euros ao vencedor. 

E qual é a ideia por detrás da Circular Food? José Sarmento explica-nos: "É, basicamente, a reintegração de resíduos alimentares industriais em novas soluções alimentares e de bebidas mais saudáveis, acessíveis e amigáveis ao planeta. Atualmente, estamos a desenvolver uma linha de chás gelados funcionais, shots funcionais e snacks orgânicos feitos a partir dos restos de um fabricante industrial de sumos. Também estamos a trabalhar numa linha de snacks de carne, peixe e vegetais feitos a partir do desperdício gerado nas respectivas cadeias de produção. Trabalhamos diretamente com as fábricas idealizando um produto feito a partir de seus resíduos e, em seguida, desenvolvemos um protótipo com o nosso consórcio, construído pela Collab4Foods e pela Faculdade de Ciência e Tecnologia Nova". 

O prémio monetário "veio mesmo a calhar", confessa José Sarmento que dá a cara pelo projeto, já que o que se pretende é a concretização da "propriedade intelectual procurando um parceiro industrial com uma boa compatibilidade produto-fábrica e depois passamos à fase seguinte que é testarmos o produto no mercado", concluiu. No desenvolvimento do negócio a equipa vencedora vai poder contar com o apoio e experiência da DNA - Cascais, a nível de assistência jurídica e financeira, assim, como a possibilidade de sediar o negócio no Ninho de Empresas.

"Todas as ideias de negócio aqui apresentadas têm excelente qualidade e viabilidade pelo que foi muito difícil escolher um vencedor", salientou André Matias de Almeida, um dos membros do júri que tem acompanhado a evolução do CINC nestas últimas edições. "A DNA Cascais é pioneira neste tipo de concursos, já que foi a primeira incubadora de empresas em Portugal, e tem feito um trabalho desde a sua criação, absolutamente pioneiro, no país", acrescentou André Almeida. 

Quanto aos outros cinco finalistas, contaram-se desde uma plataforma - a PET FRIEND -  para donos e cuidadores de animais de estimação se conectarem, uma app móvel - a HYR Travel - que promove visitas guiadas virtuais a museus e exposições, a Clinica Doutora Piolhos que criou uma loção própria sem produtos quimicos para tratamemto de piolhos e lendeas; E a SLEETS que promete resolver o problema dos que sofrem com os calores noturnos que causam distúrbios do sono, com uma solução inovadora através de um edredon muio especial em vias de ser patenteado.

"ESta 17ª edição superou as nossas expetativas com quarenta jovens participantes e ao longo da história do CINC já foram cerca de 350  empreendedores que fizeram parte do CINC", destacou Frederico Nunes, Presidente do Conselho de Administração da DNA e vereador na CM de Cascais, esclarecendo que este ano o prémio a atribuir ao vencedor duplicou de valor "porque achamos que iniciativas como estas têm de facto de ser apoiadas", concluiu Frederico Nunes.  

O concurso DNA Cascais Ideias e Negócios – CINC é uma iniciativa que visa captar ideias de negócio e facilitar o acesso a fontes de financiamento, promovendo projetos inovadores em sectores de atividade com forte potencial de crescimento. Dirige-se a empresas recém-criadas ou projetos em fase de ideia em áreas como Ambiente/Energia/Mar, Tecnologias da Informação e Comunicação, Turismo/Comércio/Serviços, Saúde e Bem-Estar e Empreendedorismo Social e Inclusivo.

O tema da violência doméstica é uma realidade que há muito necessita de uma intervenção consolidada e impactante e o município de Cascais tem apostado, na primeira linha, no combate a esta fragilidade que assola diversos agregados familiares no município. São vidas em risco, que afetam todas as faixas etárias. No âmbito da violência doméstica, o Fórum Municipal Contra a Violência Doméstica, criado em 2003, tem assegurado, desde então, medidas e esforços concertados, como forma de prevenir e mitigar este flagelo.

Com 20 anos de ação completados em 2023, decorreu hoje, dia 21 de fevereiro, no Centro de Convívio do Bairro do Rosário, em Cascais, o Plenário do FMCVD. Foi altura para um balanco das ações do ano anterior e do anúncio de novos membros e novas iniciativas para 2024.

O  FMCVD é uma estrutura aberta que funciona como plataforma interinstitucional de articulação e concertação de respostas na área da violência doméstica, à qual pode aderir qualquer organização que pretenda dar o seu contributo neste domínio. Soma agora 47 membros que, em estreita colaboração, promovem mudança no combate e erradicação deste fenómeno da violência doméstica. Sob coordenação de três entidades permanentes, a Câmara Municipal de Cascais, a APAV e o Espaço V, e de forma rotativa, o ACES Cascais e A Barragem - Fundação Portuguesa para o Estudo, Prevenção e Tratamento das Dependências, promove ações e iniciativas no terreno, apoia as vítimas e sensibiliza a comunidade para esta realidade.

Assim, hoje, no no Plenário, os representantes do FMCVD correram o ano de 2023, ilustrando com números e ações concretas o impacto da sua ação.  A mudança ocorreu e os números corroboram o maior envolvimento dos membros e das decorrentes iniciativas. Com isto, foi dada maior visibilidade a esta temática, a intervenção junto dos jovens registou um aumento, foi dada mais e melhor qualificação aos profissionais que atuam no terreno, forte apoio e proteção a vítimas de violência doméstica e uma intervenção concreta junto de pessoas idosas.

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CMC | TL | MB | LB

Neste mês de fevereiro, o ATL da Galiza celebra quatro décadas de serviço à comunidade. Nasceu oficialmente a 7 de fevereiro de 1984 e, desde então, tem percorrido um caminho marcado por desafios, mas também repleto de muitos sucessos e gratidão, no que toca ao acolhimento e ao amor ao próximo.
Foi num contexto social marcado pela convivência, nem sempre pacífica, de comunidades fragilizadas e culturalmente diversas que surgiu o ATL da Galiza. Os imigrantes provenientes das ex-colónias portuguesas, que se fixaram na Galiza na década de 70, e a comunidade cigana são prova disso mesmo. Foram, aliás, estas duas comunidades que fizeram nascer o Bairro do Fim do Mundo, um território que visivelmente tinha muitas questões sociais para resolver.

Gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Cascais, o ATL da Galiza tem desenvolvido, ao longo dos anos, trabalho na área da Educação, Segurança Social, Saúde, Habitação e Desporto, e alargando o público-alvo, que no início eram principalmente as crianças e os jovens, e agora são também os idosos, nunca esquecendo os mais necessitados, de uma forma geral. Dado o crescimento que conseguiu atingir e as franjas da população às quais conseguiu chegar, do ATL da Galiza apareceu também o Centro Comunitário da Galiza, onde se contemplam todas estas respostas sociais.

Agora, em ocasião de celebração de mais uma década de um percurso tão próximo da população, a Câmara Municipal de Cascais dá a conhecer a história da Galiza desde os anos 60 até aos dias de hoje, através do livro “História (s) da Galiza 1689 – 2024”, recentemente lançado e à venda nas instalações do ATL, e retrata o papel do ATL da Galiza no desenvolvimento do seu território e das suas gentes por meio de um vídeo, ambos produções da autarquia.  Mesmo acolhendo todas as diferenças, o ATL da Galiza mantém a identidade, é um exemplo de inclusão, pluralidade e resiliência.

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CMC | SJ

Após a derrocada de um bloco rochoso de grandes dimensões perto da praia de S. Pedro do Estoril, esta terça-feira, 20 de fevereiro, foi realizada uma intervenção para desmonte controlado de um bloco rochoso adjacente considerado instável.

Uma operação conjunta do Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais, Polícia Municipal de Cascais, Polícia Marítima, Corpo de Bombeiros de Parede e Cascais Próxima, que decorreu na sequência da avaliação técnica da Agência Portuguesa do Ambiente.

“Temos de ter a noção que o risco de derrocada é um risco natural, as rochas, os blocos rochosos das arribas caem por erosão natural, não é possível nós eliminarmos 100% esse risco, por isso é um risco que vai estar sempre presente,” alertou Rui Ângelo, Diretor Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais, acrescentando: “aproveitamos este momento para fazer um forte apelo para que as pessoas cumpram com as indicações das placas que dão o aviso de perigo de derrocada.”

No terreno, as imagens recolhidas durante a operação de hoje confirmaram o risco iminente de nova derrocada, validando a mais-valia da intervenção de hoje para a salvaguarda de pessoas e bens naquela zona.

Nesta terça-feira, decorreu, no Centro Cultural de Cascais, a 4ª Reunião ordinária do Executivo Municipal de 2024 onde a Gestão Patrimonial, a Saúde e Recursos Humanos, estiveram em destaque.

Cessão de exploração da zona de eventos do Centro de Congressos do Estoril à Cascais Dinâmica

Foi votada, por unanimidade, submeter à Assembleia Municipal a aprovação da Cessão de Exploração da zona de eventos no Centro de Congressos do Estoril, à Cascais Dinâmica, por forma a garantir que as atividades de eventos neste imóvel se mantenham com qualidade de excelência para todos os cidadãos. 

O Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, refere que o objetivo é “identificar claramente cada área de negócio” do Centro de Congressos do Estoril. Acrescentando que a “componente mais relevante trata-se da gestão das áreas de negócio passarem para a Fundação D. Luís I”.

Refere ainda que têm sido envolvidos revisores oficiais de contas e todo o componente jurídico para que todas estas alterações sejam conseguidas de “uma forma legal, transparente e eficaz.”

Enriquecimento do acervo histórico e o património cultural do município de Cascais

Foi aprovada, por unanimidade, a Doação ao Município de Cascais pela Fundação D. Luís I da escritura de dote no casamento do marquês de Cascais, D. Luís José Tomás Leonardo de Castro Ataíde e Sousa, com D. Joana Perpétua de Bragança, celebrado em Lisboa, a 23 de junho de 1738, constituída por 10 folhas.

Esta doação irá enriquecer o acervo histórico e o património cultural do município, contribuindo para um maior conhecimento e representatividade do património histórico.

Regulamento do Provedor da Criança e do Idoso

Um dos pontos mais importantes em reunião, votado por unanimidade, prende-se com a aprovação do Regulamento do Provedor da Criança e do Idoso do município de Cascais.
Nos últimos anos têm-se vindo a constatar a existência de carências e fragilidades com particular incidência nas faixas etárias das crianças e das pessoas idosas. Fragilidades essas que têm vindo a agravar-se com a realidade socioeconómica que têm caracterizado o país, incluído pela situação pandémica que vivemos, com as suas consequências a nível sanitário, social e económico.

Torna-se urgente dar voz a estes grupos etários, por forma a contribuir para uma sociedade mais justa e que atenda às necessidades da defesa dos direitos daqueles que mais dificuldade têm em se fazer ouvir.

Assim, com esta aprovação, serão estabelecidas as diretrizes para a atuação e funcionamento do Provedor Municipal da Criança e do Idoso, e dos seus serviços de apoio, enquanto figura independente responsável por receber e investigar reclamações dos cidadãos contra a administração pública local.

As ações do Provedor Municipal da Criança e do Idoso exercem-se no âmbito dos serviços da administração pública local do município de Cascais, na defesa e promoção dos direitos, liberdades, garantias e interesses dos munícipes até aos 18 anos e com mais de 65 anos, assegurando, através de meios informais, a justiça e a legalidade do exercício dos poderes públicos.

Mapa de pessoal do Município de Cascais para o ano de 2024

Foi votada, por unanimidade, submeter à Assembleia Municipal a proposta de alteração ao mapa de pessoal do Município de Cascais para o ano de 2024. O mapa de pessoal para o ano em curso foi elaborado com base num levantamento de necessidades levado a efeito no início de novembro de 2023. Após a entrada em vigor, no dia 1 de janeiro deste ano, da última alteração ao Regulamento de Organização dos Serviços Municipais, identificou-se a necessidade de introduzir alterações pontuais ao mapa de pessoal pelas necessidades de postos de trabalho identificadas após a sua elaboração. Esta alteração contempla a criação e a supressão de postos de trabalho, sendo que da mesma não resulta, no cômputo total, num aumento do número de postos de trabalho.

Plano e Orçamento, Contratação Pública, Expropriações, Juntas de Freguesia, Gestão Territorial, Gestão Urbanística e Obras Municipais, Manutenção e Trânsito foram outros dos temas setoriais discutidos na reunião ordinária.

O Orçamento Participativo Jovem está de volta as escolas de Cascais!

Nesta segunda-feira, 19 de fevereiro, 50 alunos marcaram presença na primeira de 34 Sessões Públicas de Participação, que vão decorrer até 20 de março, em 16 escolas. A estreia aconteceu na Escola Básica e Secundária de Carcavelos onde, ao longo de cerca de hora e meia, os alunos do 5.º e 6.º anos, divididos em pequenos grupos, apresentaram e debateram ideias para melhorar a escola.

Melhorar a rede Wi-Fi, novas casas de banho, ou colocar uma cobertura no campo desportivo, foram algumas das propostas apresentadas neste primeiro dia. 

O OP Jovem não é apenas uma oportunidade, mas uma chamada para que os jovens desempenhem um papel ativo nas decisões do futuro das suas escolas.

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Tiago Stock e Salvador Vala, ambos de Cascais, Carcavelos, venceram, nas suas categorias, a 10ª edição do Capítulo Perfeito, campeonato internacional que se disputou este domingo na Praia de Carcavelos. 

Tiago Stock, apelidado de Tigre desde os 3 anos de idade, pelas pessoas mais próximas, ganhou por mérito próprio, veio dos trial onde venceu, na primeira fase da prova foi relegado para a repescagem, mas conseguiu requalificar-se e chegar à final e consequente vitória. O jovem surfista de Carcavelos venceu Rob Machado, Dylan Graves e Balaram, entre outros grandes nomes do surf nacional e internacional. Foi uma vitória inesperada, até para o próprio, como confessou aos jornalistas momentos após a sua incrível prestação. Uma história inspiradora para os jovens e para o surf... Stock agarrou a última vaga na prova, conseguindo hoje ultrapassar todas as baterias até à vitória final. 

A jogar em casa, o atleta do Quinta dos Lombos arrecadou o primeiro lugar com 9,75 pontos nas duas melhores ondas (num total de 20 possíveis), deixando o experiente Rob Machado no segundo posto (5,25), Dylan Graves no terceiro (2,60) e Balaram Stack na quarta e última posição (1,25).

Depois desta surpreendente vitória, o surfista local de Carcavelos espera um ano de 2024 com "muita competição, muito treino e muita dedicação", de forma a continuar a progressão na sua carreira desportiva, que atingiu o ponto mais alto com a conquista da 10.ª edição do Capítulo Perfeito, prova dedicada aos tubos, a manobra 'rainha' do surf que contou com várias figuras do surf português e internacional.

Salvador Vala, cascalense a surfar em casa (Carcavelos), enfrentou os "gigantes" e acabou por se tornar num deles. Venceu a categoria "New Generation" (sub-17) e garantiu um lugar de destaque na cobiçada liga da promissora nova geração do surf. Salvador teve muito apoio do público e revelou já ter muitos fãs entre os mais jovens desportistas que o carregaram em braços à saída da água. 

Dois jovens inspiradores pela excelência que levam o nome de Cascais e as ondas da Praia de Carcavelos por esse mundo fora, demonstrando que a resiliência, o esforço e a dedicação não escolhem idades. O surf made in Cascais faz parte da história e  do ADN do concelho, recomenda-se no presente e projeta-se no futuro. 

 CMC | PL

Está de parabéns a Sociedade Familiar e Recreativa da Malveira da Serra! Fundada a 14 de fevereiro de 1941, uma das coletividades mais icónicas do concelho, apesar da sua proveta idade, apresenta um forte dinamismo nas diversas atividades que oferece aos sócios e à comunidade, incluindo dança, banda filarmónica, orquestra ligeira e juvenil, teatro e escola de música. Um contributo inestimável na divulgação cultural e recreativa na freguesia, juntando gerações de famílias que ali encontram a sua segunda casa. 

"São 83 anos de tradição com uma interligação muito forte entre os mais velhos e os jovens que é um pilar fundamental naquilo que é o preservar das nossas tradições e o passar de geração em geração a nossa cultura popular", referiu Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, momentos depois de cortar o bolo e de soarem os foguetes assinalando a data. 

"São instituições como estas que conseguem preservar aquilo que de melhor existe na comunidade que são os laços de afetividade e de entreajuda que contribui para uma sociedade mais una, coesa, mais justa e mais próspera", concluiu o autarca. 

Nesta festa a música, claro, não podia faltar, já que nas diferentes modalidades, é das atividades mais concorridas e as que atraiem mais jovens que são o garante da continuidade da instituição. Por isso, houve lugar a uma singela cerimónia de reconhecimento daqueles que dedicam a sua vida ao ensino da música e à direcção das bandas na coletividade. Seja o caso do Maestro Fernando Magalhães, ou de António Teixeira que há 50 anos não falha os ensaios da banda filarmónica e nela toca com afinco e mestria, inspirando as novas gerações com o seu talento e dedicação. 

Vânia Vicente é a atual presidente da Sociedade e a prova de que as novas gerações estão empenhadas em projetar o futuro, mantendo a tradição, mas adaptando-se aos novos tempos e a um mundo em rápida mudança. " É um orgulho ver esta casa chegar aos 83 anos de atividade ininterrupta, são oito décadas de história e de cultura de e para a comunidade. É um trabalho em prol de todos", salientou a presidente. 

O mar agita-se, impaciente, como um gigante adormecido prestes a despertar. Na praia de Carcavelos são 7h00 da manhã e a atmosfera é eletrizante. Este domingo, dia 18 de fevereiro, decorre o tão aguardado Capítulo Perfeito 2024, uma competição de surf que desafia os limites dos mais destemidos "tuberiders".

O Capítulo Perfeito é mais do que um simples campeonato de surf. É um evento enraizado na imprevisibilidade das ondas, na espera ansiosa pelo momento perfeito. Desde janeiro, os surfistas de elite aguardam a chamada, sabendo que apenas com 72 horas de antecedência serão informados sobre o tão aguardado embate com as ondas tubulares perfeitas.

Organizada pela Billabong, a 10ª edição do Capítulo Perfeito está a ser experiência única para os amantes do surf, reunindo os melhores "tuberiders" nacionais e internacionais, numa busca incessante pela onda perfeita. Com um prémio de 40 mil euros, é o evento em Portugal que oferece o maior prémio monetário, atraindo os olhares do mundo inteiro para as águas de Carcavelos.

"Mais um grande evento aqui na Praia de Carcavelos que nos orgulha a todos nós enquanto cascalenses, e permite que as ondas de Carcavelos e Cascais sejam faladas em todo o mundo", destacou Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, acrescentando que "é tudo aquilo que nós queremos para o concelho de Cascais, eventos que posicionem a marca Cascais e ligados às nossas tradições, à praia, ao mar e ao surf". 

Rui Costa, um dos mentores por detrás deste evento icónico, expressa a importância de unir a comunidade do surf em torno de um dia especial. Desde sua modesta estreia com apenas alguns surfistas portugueses em 2012, o Capítulo Perfeito cresceu para se tornar uma competição internacional de renome, capaz de desafiar os mais destemidos atletas do mundo. "Estou muito contente por podermos festejar o marco dos 10 anos aqui na Praia de Carcavelos que sempre tão bem nos acolheu, em seis das dez edições já realizadas", referiu Rui Costa. 

As previsões verificaram-se e tudo se conjugou para um dia perfeito para a prática do surf. Ondas tubulares de 2 a 2,5 metros e o desejado vento "offshore". Os 16 surfistas selecionados estão a ter um dia repleto de adrenalina e desafios nas águas de Carcavelos. Nomes como Anthony Walsh, Aritz Aranburu, e Rob Machado entusiasmaram o muito público que aplaudiu as habilidades dos nomes mais reputados no palco mundial do surf. 

Também Francisco Kreye, vereador do Desporto na Câmara Municipal de Cascais, manifestou a sua alegria ao ver a Praia de Carcavelos com tanto público e salientou a qualidade dos surfistas em competição, cada vez mais atraídos pelas condições que Cascais oferece" para a prática de uma modalidade que faz parte do nosso ADN. "Este é um evento que faz parte na nossa estratégia para o concelho relativamente à promoção de Cascais através do Desporto. É um evento que chega a milhões de pessoas através das transmissões televisivas em direto e projeta Cascais em todo o mundo", concluiu o vereador.   

No entanto, o destaque deste ano é a inclusão do surf feminino no Capítulo Perfeito. Francisca "Kika" Veselko, bicampeã nacional e ex-campeã mundial de juniores, foi a única atleta feminina a competir na categoria Open, marcando um momento histórico para o evento. Para Kika, "esta é uma oportunidade de fazer história e inspirar futuras gerações de surfistas femininas". À saída da água, a atleta cascalense confessou que "a prova podia ter corrido melhor" e deixou o repto para edições futuras do Capítulo  Perfeito: "espero ver uma categoria feminina, porque as mulheres estão cada vez mais fortes no surf nacional". 

Além da competição principal, o evento inclui uma categoria especial, o "New Generation Special Heat", onde jovens talentos sub-18 têm a oportunidade de mostrar seu potencial nas temidas ondas de Carcavelos. Martim Fortes, Salvador Catarino e outros nomes promissores entraram em ação, determinados a deixar sua marca no mundo do surf. 

À medida que o sol nasce sobre Carcavelos, a expectativa aumenta. O mar, antes calmo e sereno, transforma-se em um campo de batalha para os destemidos surfistas que desafiam os tubos perfeitos. No Capítulo Perfeito 2024, a emoção está garantida, e apenas os mais corajosos e habilidosos serão coroados campeões.

CMC | PL

Foi este sábado, 17 de fevereiro, lançado o livro "Fazer Sonhar – Teatro Experimental de Cascais 1965-2023", de José Pedro Sousa. A emotiva cerimónia decorreu no Auditório Carlos Avilez, na Academia de Artes do Estoril, no renovado Edifício Cruzeiro. Lembramos que o fundador do TEC, Carlos Avilez, recentemente falecido, dirigiu a companhia até às vésperas da sua morte, imprimindo à sua programação desde sempre, o cunho de irreverência e pioneirismo que lhe eram reconhecidos pelos seus pares profissionais, amigos e admiradores. 

O livro de José Pedro Sousa, apresenta uma narrativa histórica detalhada sobre o Teatro Experimental de Cascais (TEC), reconhecido como a companhia teatral mais antiga da Europa ainda em atividade. Desde 1965, o TEC tem sido um motor de atividade teatral múltipla e variada, destacando-se como uma das companhias de teatro de maior longevidade no mundo.

Esta obra agora lançada e há muito desejada, testemunha o relevante papel cultural que o TEC desempenhou não só em Cascais, como marcou definitivamente a história do teatro nacional, com uma produção, praticamente, ininterrupta desde a sua criação há 59 anos. "O teatro não pode parar. Não podem deixar morrer o teatro!", afirmava Carlos Avilez, perante as sucessivos desafios que o setor atravessou na sua longa existência. Um facto é que em cada um dos espetáculos, as salas enchiam e muitas delas esgotavam em poucos dias, fruto da capacidade da Companhia se renovar e adaptar aos tempos de mudança.

Esta obra é "um cofre de segredos. Um documento patrimonial do teatro, de Cascais e da Cidadania" referiu a escritora, professora e ex-critica teatral do Jornal Expresso, Eugénia Vasques, acrescentando que é um registo "fundamental para se conhecer a história do teatro contemporâneo, tal a qualidade do trabalho do TEC durante seis décadas, a quantidade de atores e encenadores de renome consagrados que pisaram o seu palco e a variedade de textos de autores nacionais e internacionais que são marcos na dramaturgia mundial, ali representados".

Ao longo de sua história, o TEC demonstrou um interesse contínuo na busca e experimentação, apresentando uma ampla gama de autores clássicos e contemporâneos no seu repertório. Entre os autores incluídos estão nomes como Lorca, Yves Jamiaque, Racine, John Osborne, Schiller, Jack Gelber, Arrabal, Mishima, Gombrowicz, Genet, Lope de Vega, Brecht, Molière, Aristófanes, Shakespeare, Büchner, Roberto Cossa, Ibsen, Philippe Minyana, Copi, Terrence McNally, James Goldman, Ronald Harwood, Moïses Kaufman, David Hare e Tennessee Williams, bem como figuras da literatura portuguesa como António José da Silva, Gil Vicente, Torga, Miguel Rovisco, Santareno, Garrett, Camões, Alice Vieira, Jaime Rocha, Maria do Céu Ricardo, António Ribeiro (Chiado), Luiz Francisco Rebello, Maria Alberta Menéres, Gervásio Lobato, Carlos J. Pessoa, Jorge Guimarães, José Jorge Letria, Maria Estela Guedes, Júlia Nery, Fernando Pessoa e Natália Correia.

Além disso, o TEC tem se destacado pela colaboração com diversos profissionais externos, sempre pautando-se por critérios de qualidade e inovação. Encenadores de renome como Victor Garcia, Artur Ramos, Rogério Paulo, Fernanda Lapa, Naum Alves de Sousa, Pessoa, Rogério de Carvalho e Jorge Listopad passaram pela companhia, assim como artistas plásticos e compositores.

"Nestes 58 anos, o TEC tornou-se uma verdadeira instituição viva com um património material e imaterial coletivo que nos transcende", assinalou Salvato Teles de Menezes que destacou, ainda, o projeto arrojado que começou em Cascais em 1965 e o imapcto cultural que a Companhia teve e tem no concelho. 

Sempre na busca de novos públicos e com a preocupação da sua formação para assegurar o futuro do Teatro, designadamente, dos jovens, o TEC também se envolveu em projetos educacionais, como o projeto "O Aluno, o Professor, o Teatro e a Escola", em parceria com a Câmara de Cascais, que e deu origem à Escola Profissional de Teatro de Cascais, donde saíram grandes nomes do teatro e do cinema português. Consciente de seu papel como agente cultural, o TEC tem promovido iniciativas diversas, como conferências, exposições e festivais de teatro, incluindo o "Mostra_T", festival voltado para jovens atores e novas companhias . Não esquecendo também o Espaço Memória, aberto em Cascais desde 2004, um espaço com uma grande dinâmica, onde para além da exposção permanente com o acervo da Companhia, o público pode encontrar uma sala expositiva com uma variada e interessante programação, virada para as artes performativas e não só. 

"Fazer Sonhar" conta-nos a história de paixão, resiliência e coragem pelo Teatro, do grupo de profissionais que têm levado a Companhia por estes anos fora, com Carlos Avilez ao leme, co-adjuvado por João Vasco e Fernando Alvarez e toda uma equipa de profissionais que asseguram os níveis de qualidade que conquistaram públicos de todas as idades, proveniências, tanto pelo país como no estrangeiro. O teatro e o TEC, como dizia Carlos Avilez " é um sacerdócio, uma forma de vida".

Apresentada a Programação para 2024, fica a certeza de que o legado do Teatro Experimental de Cascais, agora eternizado em livro, tão rico em passado, continua no presente e a projetar-se para o futuro, evidenciando a constante evolução e vitalidade da companhia que é uma referência na vida cultural portuguesa.