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Empresários brasileiros em busca de oportunidades de negócio
EStá a decorrer em Cascais, até 18 de março, o 1º Encontro de Negócios e Oportunidades de Investimento para Empresários Brasileiros que trouxeram a Cascais duas dezenas de empreendedores brasileiros com o objetivo de visitarem Cascais e explorarem oportunidades de negócio no concelho. Esta iniciativa da DNA- Cascais é o teste-piloto de uma iniciativa mais vasta que pretende criar em Cascais uma comunidade internacional de negócios.
" São vinte mil brasileiros que aqui residem, fazendo desta a maior comunidade estrangeira em Cascais. Por isso, convido-vos a explorar a panóplia de oportunidades que vos oferecemos para os vossos negócios", salientou Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, que esta manhã de segunda-feira recebeu os empresários brasileiros nos Paços do Concelho.
Carlos Carreiras sublinhou, ainda, o interesse de Cascais em acolher os investimentos brasileiros, sendo que "podemos funcionar como tradutores" para o resto da Europa e "ajudar a passar do ecossistema de negócios brasileiro para o ecossistema europeu.
Para a DNA-Cascais, nas palavras de Patricia Salgueiro, gestora de projetos, este primeiro encontro visa, sobretudo, "criar relações entre os dois países, uma vez que há muitos empresários brasileiros a querer investir em Portugal". Esta iniciativa faz parte de um objetivo mais amplo que é criar essa "comunidade de negócios", para atrair empresas e multinacionais para território cascalense.
Presente na reunião com o Executivo municipal, Cristiano Jardim, CEO da Biotech, deixou o seu testemunho de um empresário brasileiro em Cascais: " Esta parceria com Cascais tem sido espetacular. A minha família vinda do Brasil, está aqui há 1 ano e meio e parece que já cá estão há 10 anos. Melhor do que ninguém sei da capacidade de Cascais para receber empresários".
Uma cadeia solidária à espera dos refugiados











Ao fim do dia de segunda-feira, quando os 200 refugiados da Ucrânia, na sua maioria jovens e mulheres, que a autarquia foi resgatar de avião à Roménia, chegarem a Cascais, terão um grupo de voluntários à sua espera. Esse apoio estender-se-á no tempo e tem o propósito de lhes proporcionar todas as condições para que, aos poucos, os traumas de uma guerra se vão esbatendo e a sua nova vida se vá consolidando.
O C3 será o primeiro porto de acolhimento, mas, mais dois (Lar do CRID e antiga Creche de S. José) estão já preparados para lhes proporcionarem condições de prosseguirem as suas novas vidas.
“Será um caminho longo, difícil e doloroso”, acredita Carlos Carreiras, o autarca de Cascais que no sábado fez um périplo pelos principais locais de acolhimento, avaliando todo o processo de preparação, uma tarefa que tem sido assegurada em grande parte por voluntárias, muito funcionários da autarquia e de empresas, a quem o autarca fez questão de agradecer.
No Centro Logístico de Cascais (C3) – aonde se concentra a operação de receção, embalamento e envio dos donativos para a Ucrânia (bens alimentares, medicamentos e roupa) – partia mais um camião, o terceiro, com cerca de 23 toneladas de donativos que vão já a caminho da Roménia.
No edifício contíguo ao C3, um grupo de voluntários trabalhava arduamente na preparação de Kits que vão ser entregues aos refugiados no momento da sua chegada a Portugal. São pequenos sacos com artigos de higiene pessoal.
Numa outra das salas deste edifício, uma fila de voluntários da comunidade ucraniana em Cascais, fazia o seu registo para se integrarem num grupo de apoio, já que a língua é uma primeira barreira a ter de ser ultrapassada.
Psicólogos, apoio do SEF para as questões de legalização, é uma vasta cadeia de apoio para que, como refere Carlos Carreiras, “Nada falte”.
“Montamos toda esta rede com base num pressuposto: E se fosse comigo, de que apoios precisaria?”, explicaria Carlos Carreiras.
Numa primeira fase o grupo de cidadãos ucranianos vai ficar instalado no Centro de Logística, já equipado com mais de 200 camas, sanitários, creche, refeitório, condições essenciais para que nada falte. Será esta uma fase para, com tempo, se tratar de toda a parte legal. Entretanto ser-lhe-á entregue passes para que disponham da liberdade de mobilidade que necessitarem. Também os mais jovens terão em breve a possibilidade de “continuarem os seus estudos nas escolas públicas e privadas do concelho”, garantia Carlos carreiras.
Para uma fase posterior, de consolidação das suas novas vidas, estão prontos para os receber o Lar do CRID, com 30 camas e todo o conforto necessário nas condições de habitabilidade. Também a antiga Creche de S. José muito perto da Vila de Cascais, está preparada com 168 camas, creche, refeitório, local de culto e até uma zona reservada a animais de estimação.
Brave Generation Academy, uma escola diferente nasceu em Cascais







Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, visitou a Brave Generation Academy, no centro de Cascais, onde referiu que esta instituição será um “parceiro fundamental” no que se refere ao acompanhamento e integração dos jovens refugiados que vão chegar da Ucrânia nos próximos dias: “Vamos receber muitos jovens ucranianos que não falam português e inglês e, por isso mesmo, aqui está todo o espírito necessário para que sejam acolhidos, de forma aberta e flexível”, disse.
A primeira Brave Generation Academy nasceu em Cascais e hoje já tem quatro escolas a funcionar no concelho (Centro de Cascais, Guincho, Quinta da Marinha e Parede), onde estudam cerca de 127 alunos. Com todo o sucesso, alargou-se a outras cidades de Portugal e do mundo, com presença em países como África do Sul, Namíbia, Moçambique, Espanha, Itália, entre outras.
“Temos um currículo internacional, mas deixamos as crianças estudarem de uma maneira muito mais flexível. Queremos que elas encontrem as suas paixões, aquilo em que vão trabalhar no futuro, mas com menos ansiedade e stress. Não nos importamos tanto com o facto de elas serem boas em Geografia ou Matemática, queremos é que sejam bons humanos”, explicou Tim Vieira, fundador da Brave Generation Academy.
Saiba mais sobre esta escola AQUI
A Brave Generation Academy nas redes sociais:
Instagram: @bravegenerationacademy
Facebook: Brave Generation Academy
SJ/LB/CB/CMC
SOS Ucrânia: Resgate e acolhimento de refugiados









Enquanto na Roménia se desenvolvem esforços para concretizar o resgate de 200 cidadãos ucranianos em fuga do conflito que viajarão para Portugal num avião fretado pela Câmara Municipal de Cascais, por cá, tudo se prepara para o melhor acolhimento possível.
A sua primeira casa em território de Cascais será o Centro de Acolhimento criado no Centro de Apoio Logístico de Cascais (C3). Com capacidade para 300 pessoas este será o espaço onde irão receber o primeiro apoio, o primeiro carinho, os primeiros cuidados de assistência médica, psicológica e legal. Será também o primeiro ponto de entrega de bens essenciais, só possível graças à enorme onda de solidariedade da comunidade de Cascais.
Esta primeira etapa de uma nova vida será passageira, porque daqui, quem chega vai passar em poucos dias, para espaços de menor dimensão e mais acolhedores, quase como se de sua casa se tratasse. No total são seis, espalhados pelo concelho. Mas também esse será um passo intermédio: "Este processo só acaba com a integração plena dos cidadãos ucranianos na comunidade. Para isso apelamos a todas as famílias para darem o seu contributo. Mais uma vez temos que ser Todos por Todos", destaca Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais. O autarca sublinha a complexidade desta operação em termos logísticos e humanos, cujo sucesso, “para além da rede social que está a funcionar em pleno, depende de todos os cidadãos”.
Para acelerar essa integração na comunidade dos novos munícipes, as famílias, empresas e demais entidades públicas e privadas do concelho são chamadas a colaborar. “É importante que cada cidadão ucraniano consiga ganhar uma nova família, um novo emprego, continuar a estudar e, assim, conquistar a sua independência financeira e estabilidade emocional”, acrescenta Carlos Carreiras. Quer ajudar? Veja aqui como
Rede de contactos ajuda a salvar vidas
Para trazer da Roménia os refugiados que em breve estarão em território cascalense as comunicações no Centro de Comunicação de Cascais (C2) não cessa desde 9 de março. Voluntários e colaboradores municipais não têm mãos a medir para garantir que as questões burocráticas e legais estão asseguradas em tempo útil para que os refugiados possam embarcar no voo. É igualmente fundamental que estes cheguem a tempo a Bucareste, vindos dos vários pontos onde se encontram para que à hora planeada do voo possam rumar a Cascais. Este é o trabalho da operação de resgate Cascais-Roménia-Cascais.
Através da Linha Cascais 800 203 186 (de segunda a sexta das 9h00 às 18h00) ou pelo Whatsapp Cascais +351 919 995 312 ou ainda pelo e-mail sosucrania@cm-cascais.pt, os pedidos chovem dia e noite, totalizando em média 100 contactos por dia, só possíveis de concretizar com o apoio dos tradutores voluntários ucranianos e russos.
Creche transformada em centro de acolhimento
Carla Costa, uma das coordenadoras os Centro de Acolhimento criado nas Antigas instalações da Creche da Misericórdia de Cascais garante que as obras de adaptação vão estar terminadas já neste fim de semana. Com capacidade para 100 pessoas este espaço está a ser transformado numa casa com recurso ao apoio de dezenas de voluntários. Trabalham a todo o vapor para que tudo esteja terminado não só a tempo, mas, com muita cor e pormenores acolhedores, incluindo brinquedos, livros, peluches, jogos, mantas e cobertores, aquecimento, etc.
Além de quartos adaptados às diferentes faixas etárias, o centro terá um refeitório, uma cozinha onde os cidadãos ucranianos poderão fazer as suas próprias refeições e zona para crianças e sala de estar com televisão e internet.
#Todospelaucraniamaisdoquenunca
Igreja Ortodoxa solidária com refugiados da Ucrânia
O apelo de solidariedade feito pelos responsáveis da Igreja Ortodoxa de Cascais à sua comunidade chegou na segunda-feira, 7 de março. Dia 11, a Igreja já estava repleta de roupas, produtos de higiene e comida para pessoas e animais. No total, reuniu-se uma tonelada e meia de bens que tem como destino a Polónia e os refugiados da guerra na Ucrânia.
Esta Igreja, a única Ortodoxa em Cascais, e que pertence ao patriarcado de Moscovo, é composta por uma comunidade de moldavos, russos, ucranianos, romenos, gregos, brasileiros e portugueses, que não ficou indiferente aquilo que se passa no leste da Europa.
“Os carros com doações chegaram com ucranianos e russos, juntos em prol da paz”, contou o Padre Pedro, desta Igreja.
Nesta sexta-feira de manhã, a equipa da Câmara Municipal mobilizada para o “SOS UCRÂNIA” recolheu as doações na Igreja, localizada junto à Praia da Conceição, e transportou-as para o Centro de Apoio Logístico de Cascais. É lá que esses bens serão triados, embalados e carregados no terceiro camião que a Câmara Municipal vai enviar nos próximos dias com destino à Polónia e aos refugiados desta guerra.
SJ/PR/CMC
Clínica cirúrgica inaugura em Carcavelos








A Joaquim Chaves Saúde inaugurou, nesta quinta-feira, a Clínica Cirúrgica de Carcavelos, depois de ter adquirido a Clínica Europa, aberta 28 anos, e de ter investido cerca de 15 milhões de euros em reestruturação, remodelação de infraestruturas e novos equipamentos.
A nova unidade de saúde contempla agora três novos blocos operatórios equipados com a mais recente tecnologia e 14 quartos de internamento, que garantem a privacidade e o bem-estar necessários aos pacientes, bem como o seu acompanhamento regular.
A remodelação levada a cabo fez com que mantivessem e fossem renovadas todas as áreas clínicas já existentes: gastrenterologia, endocrinologia, imagiologia, análises clínicas, medicina dentária, pediatria, oftalmologia, ortopedia, entre outras.
“Este investimento vem reforçar, com uma grande qualidade, a capacidade para prestar cuidados de saúde no concelho, juntando-se ao investimento feito pela autarquia nesta área, que é um pilar fundamental para a estratégia de desenvolvimento de Cascais”, assegura Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.
A Clínica Cirúrgica de Carcavelos disponibiliza, assim, serviços que permitem fazer cirurgias, em ambulatório ou de internamento curto, em especialidades como ortopedia, cirurgia vascular, geral, otorrino ou oftalmologia.
“Damos uma melhor resposta e a mais pessoas. Aquilo que nos motivou foi fazer melhor, poder atender melhor, com tecnologia mais diferenciada, com instalações mais modernas e esse objetivo foi cumprido”, refere José Chaves, presidente do conselho de administração da Joaquim Chaves Saúde.
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SJ/LB/PR/CMC
Retrospetiva de Menez em Cascais









Já pode visitar a nova exposição "Menez", na Casa das Histórias Paula Rego. Uma exposição retrospetiva que abrange quatro décadas da obra de Menez (1926--1995), dando a conhecer ao público cascalense e a quem visita Cascais a "obra enigmática" de uma artista que nunca dava título aos seus quadros, nem gostava de falar do seu trabalho, concedendo raras entrevistas, porque acreditava que a pintura tinha de falar por si, sem recorrer a palavras ou explicações.
" Mesmo em tempos tão atribulados como os que estamos a viver, a Cultura não pode parar e as manifestações culturais não podem morrer", referiu Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, na inauguração da mostra que conta com 29 obras da artista plástica que é considerada um dos expoentes da arte portuguesa do século XX.
Carlos Carreiras sublinhou, ainda, o facto de Menez ser uma "cidadã do mundo", tendo vivido em diversas cidades europeias e em outros continentes, percurso universalista que muito influenciou a sua obra. Sendo que também viveu em Londres, onde o seu percurso se cruzaria com Paula Rego e o marido, de quem se tornaria amiga.
A Casa das Histórias prossegue, assim, o ciclo de exposições com o objetivo de apresentar a obra de artistas cujas trajetórias se tenham cruzado com a de Paula Rego.
Uma exposição para ver até 2 de outubro de 2022.
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Câmara de Cascais avança com ação humanitária para ajudar refugiados Ucranianos
Nesta terça-feira, decorreu no Centro Cultural de Cascais, a 6ª Reunião ordinária do Executivo Municipal onde a campanha SOS Ucrânia esteve em destaque.
Foi votada, por unanimidade, a moção de apoio ao povo ucraniano que face aos acontecimentos recentes, a Câmara Municipal de Cascais preparou uma campanha de ajuda a cidadãos ucranianos de campos de refugiados nas zonas fronteiriças do Leste da Europa.
Fazendo um ponto da situação, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, refere que “já é possível assegurar que na quarta-feira sai o primeiro camião de Tires e na quinta-feira sairá o segundo para a Polónia”, acrescentando que há “todo um sistema que não permite que os bens que os cascalenses doaram sejam utilizados para outros fins que não aqueles que foram as suas intenções”.
Segundo o Presidente da autarquia, são duas cargas “na ordem das 60 toneladas, com roupa, medicamentos, alimentação e produtos de higiene que irão seguir”.
Complementando, quanto ao material que irá seguir amanhã, a Vereadora Joana Balsemão refere que “os camiões vão dirigir-se a uma cidade que fica a poucos quilómetros da fronteira com a Ucrânia, onde vão descarregar os bens para duas associações”.
A Help Ukraine, uma plataforma internacional criada por portuguesas e o outro para a associação Caritas, que por sua vez também escoará dentro de campos de refugiados e mesmo dentro da própria Ucrânia.
Cascais é um concelho que tem como histórico a capacidade de acolher todas as nacionalidades do mundo, sobretudo as mais desprotegidas e fragilizadas pela guerra.
Amanhã de manhã vai para a Roménia uma equipa liderada pelo Sr. Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, com vista a resgatar os refugiados.
Como assegura o Sr. Vice-Presidente, “a equipa parte amanhã, com médicos, enfermeiros e a proteção civil para o terreno”.
Acrescentando que “o avião vai aterrar em Bucareste por volta das 16h00 de amanhã para se deslocarem no dia seguinte para o norte da Roménia”, com a “articulação total da Sra. Embaixadora de Portugal na Roménia Teresa Macedo, que também tem a embaixada completamente disponível para nos ajudar e as autoridades romenas, nomeadamente o Ministério da Administração Interna que também tem estado sempre presente em tudo isto”.
O Vereador Francisco Kreye aproveitou a oportunidade para reforçar a importância “de sermos claros nesta operação que estamos a montar, de quando é que chegamos e de onde é que partimos”, permitindo “que as pessoas possam estudar a operacionalidade e saber se é possível ou não para elas deslocarem-se e recorrerem ao nosso apoio.”
Estão a ser preparados também os denominados C3, que são dois armazéns logísticos que se encontram no Carrascal de Alvide.
Um deles irá ficar com o alojamento para triagem para passarem por todo um conjunto de informações e questões de ordem logística da sua estadia.
Ao fim de três/quatro dias, há um conjunto de procedimentos que se vão desenvolver, como por exemplo, fazer o passe e dar o passe dos transportes em Cascais, tratar de vacinas, que é uma situação sensível porque a população ucraniana não chegava a 40% de vacinados e a condução de crianças para a parte da educação.
Estatuto de amigo Cascalense
A terceira fase deste processo que se está a desenvolver com a envolvência por parte do Vereador Frederico Almeida e da Vereadora Carla Semedo, na parte da educação e nalgumas áreas sociais, trata-se da criação de um estatuto de amigo cascalense, que fará o acompanhamento das famílias quando já tiverem nos centros de acolhimento, com o objetivo de assegurar o seu bem-estar e ajudar na integração na comunidade cascalense.
Carlos Carreiras, Presidente da autarquia, refere que “será hoje aberta uma conta na Santa Casa da Misericórdia de Cascais”, para onde se possam fazer doações em dinheiro, visto haver um grande conjunto de ofertas das pessoas que queriam comparticipar com dinheiro.
Desta forma, a BDO-Portugal, empresa de auditoria, consultoria, assessoria fiscal e assistência contabilística, irá fazer o controlo e auditoria na própria conta, “para que tudo fique transparente e que tudo fique perfeitamente justificado”, esclarece.
Acrescentando que pode “haver a possibilidade de quem chegar a Cascais ter um cartão de 250 euros”. Este processo será feito com o Banco Santander através da Santa Casa da Misericórdia de Cascais.
O Presidente da autarquia assegurou que “todos os colegas que estão no Universo Municipal e que falam Ucraniano e Russo possam ser desafetados das suas funções normais para servirem de tradutores e fazerem esta ligação com estas comunidades”.
Plano e Orçamento, Gestão Patrimonial, Contratação Pública, Saúde, Solidariedade Social e Direitos no Território, Coesão e Desenvolvimento Social, Gestão Territorial, Gestão Urbanística, Educação, Desporto, Democracia Participativa, Empresas Municipais e Reabilitação Urbana foram outros dos pontos setoriais discutidos na reunião ordinária.
Igreja da Misericórdia ganha novo sino
As obras de requalificação da Igreja da Misericórdia de Cascais avançam a passos largos e esta terça-feira, 8 de março, inaugurou-se com toda a solenidade o novo sino da Igreja, cujo toque ressoou pela primeira vez no Largo da Misericórdia.
“Durante as obras de requalificação da Igreja tivemos aqui uma preocupação com o sino que existia porque era um sino que não tinha escala para o que iria ser a Igreja da Misericórdia”, referiu Célia Mateus, adjunta do presidente da Câmara Municipal de Cascais.
De facto, o antigo sino era “mais simbólico” e não tanto para ser usado para o culto religioso, pelo que “não tinha um som à altura da Igreja”, afirmou, ainda, Célia Mateus, acrescentando que, o novo sino de grande porte “está mais de acordo com o que a Igreja vai ser após as obras de reabilitação”.
É muito antigo o uso de objetos metálicos ou de madeira para assinalar com o seu som a festa, ou para convocar pessoas. Os sinos pertencem a esse grupo de instrumentos. A Igreja começou a usá-los logo depois de lhe terem reconhecido o direito de existir em liberdade (século IV), e tornaram-se rapidamente elementos típicos dos seus edifícios de culto. O toque dos sinos assinala as horas do dia e da noite, os tempos de oração, a celebração da missa. Ele reúne o povo para as celebrações litúrgicas, adverte os fiéis quando se dá um acontecimento importante que é motivo de alegria ou de tristeza. As várias formas de os tocar são uma linguagem convencional, que pode ir das simples badaladas, ao dobrar, ao toque picado, ao toque encadeado e ao toque repicado ou repenicado, que é o mais festivo. Tal linguagem continua a ser perfeitamente compreendida pelos habitantes das aldeias e vilas. Mesmo nas cidades, apesar de todos os ruídos, os sinais sonoros dos sinos não passam despercebidos.
Para a Provedora da Santa Casa da Misericórdia, Isabel Miguéns de Almeida Bouças, presente na cerimónia de montagem e inauguração do sino, é um “privilégio assistir a estas obras de requalificação da Igreja”. A Provedora mostra-se visivelmente emocionada, ao ouvir ressoar outra vez o sino no Largo da Misericórdia, “numa das zonas mais antigas da Vila de Cascais”, refere.
O antigo sino, datado do século XVIII, quando das obras de reconstrução, após o terramoto de 1755 que destruiu completamente a Igreja, vai ficar agora em exposição no novo espaço museológico da Santa Casa da Misericórdia de Cascais.
As obras de requalificação da Igreja da Misericórdia que estão acerca de um mês de terminarem, contemplam não só o edificado como ainda a conservação e restauro do espólio de arte pertencente à igreja, bem como todo o espaço envolvente que está a ser intervencionado para dar uma nova vida ao local.
Deste modo, será possível dotar uma organização tão importante para a comunidade de novas infraestruturas, através da preservação histórica do seu atual edificado e respetivas obras de arte, beneficiando todos os cascalenses e a História do nosso concelho. Um novo Largo da Misericórdia está a nascer.
O Largo da Misericórdia integra a atual igreja, a sacristia, o edifício do antigo hospital e farmácia, e diversas dependências adjacentes. O templo primitivo, a Ermida de Santo André, antiga a sede da instituição, foi destruído pelo terramoto de 1755, tendo sido reedificado em 1777, embora as duas torres laterais da nova igreja nunca tenham sido concluídas. A igreja da Misericórdia de Cascais é constituída pelo templo, de planta longitudinal, e pela sacristia anexa, situada onde seria provavelmente a anterior Ermida. apenas até ao segundo piso. A fachada Sul deita para o pátio da antiga casa do capelão, farmácia e celeiro, e do primitivo Hospital.
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Dia Internacional da Mulher





Nasce ao virar do seculo XIX a luta pela igualdade das mulheres e muito se conquistou, mas muito há por fazer. Coisas simples - como votar, ter opinião, “governar” uma casa, ter uma voz ativa na sociedade foram conquistas durante este mais de seculo e meio. Neste dia, damos voz a mulheres que não tem medo de arriscar, são determinadas e não veem o seu papel como apenas donas de casa. São mulheres com a garra. São as nossas mulheres!
Nós podemos mudar o mundo. Temos esse poder – destemidas, imbatíveis, criativas ou fortes, podemos ser tudo o que quisermos. Este é um hit da música pop nas tabelas ultimamente. E não podia estar mais certo. Somos mesmo tudo o que quisermos ser.
E em Cascais, os exemplos estão entre nós. Hoje apresentamos três histórias, de três gerações de mulheres cascalenses que “fintam” preconceitos, “conduzem” o seu destino e “cozinham” o seu futuro. Com garra e força.
Uma futebolista, uma condutora de autocarros e uma empreendedora na área da restauração. Todas trilharam o seu caminho.
As histórias dos seus percursos, e apesar de todos os obstáculos, mostram mulheres de fibra. A fibra, a força e a determinação que todas as mulheres têm.
Mariana - futebolista
Começamos pela Mariana Coelho, 26 anos, sorriso fácil e humor certeiro. Tão certeiro como os passes que faz às suas colegas de equipa, no Estoril-Praia.
“Determinada e lutadora, claramente”. É assim que Mariana se vê. E relembra o seu percurso como a menina que gostava de jogar futebol. Começa pelo hóquei, na equipa masculina e, aquando da transição, escolhe o futebol 11, muito por influência do pai. E lá se mantém. Ela e outras tantas que, num treino, numa noite fria em Trajouce, seguem as dicas dos treinadores.
“O futebol ensina-nos muito, é desafiante porque tira-nos da nossa zona de conforto. Estamos sempre a aprender e isso é a sua beleza”. Desafios, teve alguns. Ao começar com 13 anos, relembra que jogou logo com mulheres “que tinham entre 40 e os 45 anos”, pois não existiam as equipas femininas e o investimento que hoje existe nos clubes. “Quando comecei, eramos atiradas aos lobos e tínhamos de crescer do dia para a noite… eramos as caçulas”.
E nessa diferença sente (ou tem a certeza) que teve o seu papel. “É um sinal de crescimento e eu, e as da minha geração, fomos pioneiras nesta mudança”.
E sem pudores, afirma “o futebol feminino ainda tem muito para andar, apesar da diferença ser enorme. Mas está a mudar”
Helena – motorista
Helena Meleiro, 56 (orgulhosos) anos. Desde sempre escolhe profissões “consideradas mais masculinas”, refere. Começa com 15 anos nos Bombeiros Voluntários de Cascais, numa altura em que em cenário de incêndio as mulheres não estavam presentes. Nesse tempo, mulheres nos bombeiros eram remetidas à condição de auxiliares, em que a função era de apoio, na retaguarda com auxílio alimentar. Assertiva, Helena recorda a sua entrada nos soldados da paz “fui por que quis. Sempre fui assim – fazer o que gostava sem olhar a obstáculos. Orgulho-me de ter pertencido ao primeiro grupo de 8 mulheres bombeiras de Cascais e ter aberto caminho para outras.”
Em 1988, aventura-se como instrutora de condução, numa altura em que as mulheres não eram bem vistas nesta profissão. “Havia homens que se recusavam a ter aulas com mulheres. Se não sabiam para elas, como é que iam ensinar”, recorda, divertida, “quanto mais andar num carro com outro homem… impensável”.
Dá o salto para examinadora e aqui também tem algumas histórias. “Aconteceu-me chamar um homem para exame prático de pesados com reboque e eles referir que estaria à espero do examinador. Quando lhes dizia que era eu, não acreditavam”.
Hoje, há 5 anos para cá, podemos encontrá-la como motoristas de autocarros Mobi. “Gosto do que faço. Há muita gente que acha que não é uma função para mim. Mas não ligo”, no entanto atira “há situações perigosas, com certeza que sim. A figura masculina é dissuasora de algumas situações e connosco, mulheres, tem tendência a abusar um bocadinho. Mas vai-se levando”.
Para Helena, ser mulher é desbravar caminho, ser firme e valer por si só. E claro, há que ter um bom parceiro, apesar “do espírito de líder, como eu tenho”.
Com duas filhas, não deixa o seu crédito por mãos alheias e espera passar o exemplo. “sempre insisti com elas para terem a sua independência – ter a sua profissão ou trabalho, a sua casa e o seu carro. No fundo, para não dependerem de ninguém. Sempre as eduquei para terem a sua independência. Não sei se é ser muito feminista…”, atira. Não, não é Helena, dizemos nós!
Para ser mulher é preciso coragem, ter vontade de seguir o que queremos e ser forte! Lutar! É aqui que relembra a mãe – “veio do Norte sem nada. Ela e o meu pai. Sempre teve garra. Ainda hoje é firme e decidida. E nesse aspeto sou muito parecida com ela”, refere.
Maria Batarda – Empreendedora (Restaurante Batarda’s)
“Ser mulher é ser um grande privilégio – e a conjugação da força, da sensibilidade, da coragem e da energia feminina que só a mulher tem e que é tão especial e que faz toda a diferença”
Psicóloga (para sempre), como orgulhosamente refere, agarrou o desafio de ser padeira, pasteleira e detentora da marca Batardas, cozinha sem glúten. E podemos dizer (por experiência própria) que ainda bem.
E é na cozinha o ponto de partida para este projeto. Sente-se no espaço o seu dedo, pragmático, mas de amor pelo degustar de boa comida, saudável e sem glúten, de uma bela conversa e na simplicidade do seu modo de se expressar. Não é à toa que o Batarda’s tem o selo de qualidade da Associação Portuguesa de Celíacos, sendo a Maria celíaca. O que poderia ser um obstáculo, transformou-se numa oportunidade e dá aos celíacos (e ao comum dos mortais) receitas de encher o olho e a barriga.
Tem a Marie Curie como uma das suas inspirações, pelo seu ato de coragem e pelo romper das convenções da época, num mundo que era de homens. “Ainda hoje, beneficiamos destes atos de coragem”. Mas a sua inspiração, do dia-a-dia, vem de todas as mulheres “todas são referências e todas elas trazem um traço diferente e uma identidade e um ADN que fazem a diferença. Deixo a minha homenagem a todas as mulheres”, conclui.
Obrigada, Mariana, Helena e Maria. Obrigada às outras mulheres com quem nos cruzamos no dia-a-dia.
Parabéns a todas
Marta Silvestre / Carolina Barbosa / Ana Guerreiro
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