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Pegadas de Cascais | Segredos da história local

Pequenos documentários que percorrem momentos da história de Cascais

PEGADAS DE CASCAIS - EP.7 | O 5 DE OUTUBRO EM CASCAIS

No episódio 7 das Pegadas de Cascais falamos de Cascais no dia da proclamação da República.

Talvez não se ouvisse, na pacatez da Vila de Cascais, o estrondo provocado pelos disparos dos navios Adamastor e S. Rafael contra as Paredes do Palácio das Necessidades, aonde se encontrava D. Manuel II, atingindo os aposentos da Raínha D. Amélia. Só D. Manuel II ali se encontrava e por lá não ficou por muito tempo.

Em Cascais a aparente acalmia dos comerciantes da vila contrastava com o rebuliço político que se vivia em Lisboa a 4 de outubro de 1910.

Mas, já pouco sobrava da Monarquia Portuguesa, quando D, Manuel II abandonou o Palácio de Lisboa a caminho de Mafra, protegido por uma pequena escolta de lanceiros.

Por Cascais, D. Fernando de Castello-Branco administrava impávido o Concelho e, apesar do enorme poder que lhe conferia o Código Administrativo, aprovado no tempo de governação de João Franco, de Lisboa, D. Fernando, já só espera mesmo a notícia.

Guardava-se, no comércio local, a fidelidade à monarquia, talvez como um tributo de uma prosperidade conquistada nos anos mais fulgentes da presença real e de toda a corte ali atraída.

Curiosamente, foi em 1898, ainda no tempo de aceso rotativismo (alternância governativa entre o Partido Regenerador e o Partido Progressistas) e de restauração do concelho de Oeiras, que mais se temeu pelo concelho de Cascais. Mas tudo acabou bem, Cascais sobreviveu e até beneficiou ao acabar por herdar de Oeiras a paróquia de Carcavelos.

Voltando à administração de Cascais, D. Fernando governava em tons monárquicos um concelho que já perdera para a República as paróquias de S. Domingos, Alcabideche e Carcavelos. Na realidade elas só se mantiveram porque as eleições apenas naquelas três paróquias foram anuladas, o que só agravou a refrega.

A noite da véspera da proclamação da República não seria diferente das muitas anteriores na pacata Vila, já que a notícia só chegaria a Cascais, como de resto a todo o país que não Lisboa, pela via do telégrafo.

No entanto, na tarde do dia da proclamação da República, a família Real já tinha embarcado na Ericeira a bordo do Iate D. Amélia, a caminho de Gibraltar.

Mas, só às nove da manhã do dia seguinte, D. Fernando, face às novas de Lisboa, reuniria a Câmara, demitiria aqueles que havia nomeado e, de seguida, resignava ao mandato entregando-o ao republicano José João Dinis.

E traria os festejos da implantação do novo regime à sua tomada de posse, perante uma população exclamativa: Oh… É a República! 

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