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Los Angeles quer copiar smart city de Cascais, diz DN

A Câmara Municipal de Cascais está a colaborar com a cidade de Los Angeles e a equipa de futebol americano Los Angeles Rams para partilhar algumas das melhores iniciativas de smart city que implementou no concelho, informa o Diário de Notícias.
Segundo aquele jornal, que cita Miguel Pinto Luz, vice-presidente da CMC, a cidade de LA está interessada em dois projetos específicos: o sistema de mobilidade integrado MobiCascais e o sistema de pontos para os cidadãos City Points. Estes foram dois dos projetos apresentados pelo autarca na feira tecnológica CES, que decorre nesta semana em Las Vegas, a convite da organização. Cascais foi apresentada no evento como uma das cidades inteligentes mais avançadas da Europa. A câmara está em contacto com o gabinete de inovação da cidade de LA, liderado por Amanda Daflos.
"Não estamos a investir em sensores e IoT [Internet das Coisas] porque gostamos de gadgets. Estamos a usar tecnologia para resolver os problemas que os cidadãos querem ver resolvidos", afirmou Miguel Pinto Luz no painel de debate sobre smart cities.
Foi após a discussão que a equipa de futebol americano abordou a câmara municipal para usar os projetos implementados em Cascais no novo Mega estádio que está a ser construído em Los Angeles e será o mais caro do mundo. "Com eles temos prevista uma visita a Cascais", revelou ao DN Miguel Pinto Luz, que esteve dois dias em Las Vegas para participar no CES.
A apresentação do autarca português foi recebida com entusiasmo na sessão. O vice-presidente da CMC falou das várias componentes que tornam Cascais uma cidade inteligente: o sistema City Points, que dá pontos aos cidadãos com comportamentos positivos que podem depois ser usados como descontos em estacionamento, museus e outros serviços; o orçamento participativo, que atraiu 75 mil cidadãos na última versão; o centro de controlo da cidade C3, que estará em pleno funcionamento em março; e o desenvolvimento de algoritmos preditivos para antecipar tendências, fruto de uma parceria com a Universidade de Chicago e a Nova Business School of Economics. Tudo isto está a ser financiado em conjunto com o setor privado, através de um sistema de compensações: quem quiser construir um novo hotel tem de co investir com a câmara na rede de partilha de bicicletas, e por aí fora.