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Escola Secundária de Cascais: Comunidade escolar avalia projeto de arquitetura

Comunidade educativa fez sugestões para melhorar projeto de arquitetura da nova escola. Passadas mais de quatro décadas e cinco gerações de estudantes depois, a Escola Secundária de Cascais, em instalações consideradas “provisórias” há 45 anos, vai finalmente ser renovada.

O projeto vencedor do concurso, da autoria de Pedro Matos Gameiro Arquiteto e da “Bugio II – Arquitetura”, foi apresentado ao público, numa primeira fase, e à comunidade escolar posteriormente. 
O Vereador Frederico Pinho de Almeida, com o pelouro da Educação na CMC, considerou o momento do anúncio do vencedor do projeto de arquitetura como sendo um dia muito importante e mais um passo na concretização desta obra. “Após 45 anos, é uma realidade que vai haver uma nova Escola Secundária de Cascais”, afirmou. Num encontro em separado que decorreu, segunda-feira, na atual Escola Secundária de Cascais, cerca de setenta representantes de diferentes grupos comunitários debateram propostas para apresentar aos arquitetos da nova Escola.
“Estamos a iniciar um processo em que estamos todos a aprender”, afirmou, na ocasião, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais. Para Carlos Carreiras, construir a futura escola, com o envolvimento da comunidade, desde professores, pessoal não docente, pais e alunos, é um “processo inovador, na medida em que todos vão participar num projeto com um impacto absolutamente extraordinário “ que põe fim a 45 anos de escola provisória. 
“Nada melhor do que chamar os cidadãos a participarem na forma como veem a escola e como gostariam que esta respondesse”, declarou. “Hoje estamos a aprender algo que nos vai tornar muito mais ricos no final do processo e muito mais capazes de assumir a escola como nossa. Estou certo de que estamos aqui a fazer história”, afirmou.
A Presidente da Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento de Escolas de Cascais, Inês Muller, elogiou a ideia deste estabelecimento se tornar uma eco escola, ou seja, uma escola sustentável, flexível, em que as salas não serão tão compartimentadas, com mais espaços e aberta à comunidade, com um anfiteatro exterior, circuitos de manutenção, recreios e espaços, para as crianças brincarem ao ar livre.
Do ponto de vista da comunidade, a Encarregada de Educação Ana Isabel Moura Santos disse que o que se viu no grupo de discussão foi uma “grande satisfação e o reconhecimento de que há uma grande possibilidade de melhorar as condições de ensino”.
A possibilidade da certificação da nova escola como “edifício saudável”, com a utilização de materiais duráveis e de origem reciclável com foco na sustentabilidade, foi outro desejo expresso pela comunidade.
A representante dos funcionários, Cristina Costa, destaca o espaço para arquivo, já que vai ser uma única escola com o arquivo de duas escolas muito antigas. Cristina Costa sublinha a existência no projeto de uma sala de convívio e de refeições, o que neste momento é inexistente.
Débora Madile, que representava os alunos, disse que estes estão preocupados que os espaços sejam interligados e que possam ser utilizados não só nas aulas mas também nos intervalos. “Como vai haver uma ligação entre o ensino básico, desde o 5.º ano até ao 12.º, a sugestão é que estes espaços sejam maiores e bem organizados, para não haver muita confusão”.
Para a professora Teresa Cristóvão, as preocupações dos docentes são a sustentabilidade do futuro edifício, porque existe uma grande preocupação com os custos de manutenção e de operação.“Receamos não conseguir acompanhar esses custos e meter a escola a funcionar. A segunda preocupação é a segurança dos alunos no novo edifício. Vamos juntar alunos de uma escola básica com uma secundária e esse convivo pode trazer problemas de segurança para os alunos”, antecipou.
Esta docente manifestou grande preocupação com a educação especial, desejando que a futura escola mantenha as salas e valências atuais. A sustentabilidade da escola no que respeita à poupança de energia e água e as despesas associadas foram outras preocupações manifestadas.
O acordo que permitiu vencer o longo impasse que impedia a renovação do parque escolar de Cascais foi celebrado em 19 de julho de 2019 e prevê um investimento municipal total estimado de 40 milhões de euros na requalificação de 11 estabelecimentos de ensino. S.R.S.

Cascais Digital

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