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Paredão é palco da 12.ª edição da ARTEMAR






























A exposição ARTEMAR regressa ao Paredão, proporcionando ao público a possibilidade de apreciar esculturas contemporâneas. Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, juntamente com Salvato Teles Menezes, presidente da Fundação D. Luís I, estiveram presentes, no dia 24 de maio, na inauguração da 12.ª edição desta iniciativa da autarquia e da fundação, acompanhados por Luísa Soares de Oliveira, curadora, e os artistas responsáveis pelas obras.
De dois em dois anos, nas praias entre Estoril e Cascais, desde 2008, o público tem a oportunidade de apreciar arte na rua em vez de - ou além de - na atmosfera requintada e exclusiva do museu. “É uma exposição muito interessante porque traz a arte para junto do público que pode ser ou não especializado em arte contemporânea, mas que, durante este mês de verão, pode apreciar estas peças”, destacou a curadora, Luísa Soares de Oliveira, também presente na visita ao Paredão. “Foi uma forma de, através de manifestações culturais, sensibilizar a população e quem nos visita para a necessidade de salvaguardarmos os nossos recursos naturais”, lembrou Carlos Carreiras. “A grande ideia foi que houvesse uma abordagem que fizesse ressaltar as preocupações ecológicas que, na altura, estavam a ser e que hoje em dia nós sabemos que são cada vez mais importantes e mais prementes, e este ano, eu penso que as três peças que estão aqui ressaltam diferentes aspetos da interação com a paisagem”, adiantou a curadora.
As três peças têm a sua própria forma de interagir com o ambiente que as acolhe. Este ano, temos três obras, Os Adoradores do Sol de Evy Jokhova, três mastros de 3 metros unidos na base com um elemento têxtil tingido (com 130 cm de largura e 400 cm de comprimento total) que se enrola entre os 3 mastros e tem elementos em forma de mão nos lados, Vai de Nuno Sousa Vieira, uma obra que tem como proposição inicial (matéria-prima) 15 retângulos de madeira com 100x50 cm. Cada um destes retângulos foi sujeito a 3 movimentos de corte que mimetizam a dobra. Dobradas sobre si, as figuras geométricas ganham corpo e a inicial forma retangular torna-se um prisma, e Make It Burn, Then Hold de Francisco Figueiredo Lopes, em que fixa uma garra metálica num estado de tensão contínua. Não há início nem fim, apenas o prolongamento de um gesto que se repete até se tornar estrutura.
Luísa Soares de Oliveira apresentou as peças, sob o seu olhar: “O Nuno Sousa Vieira está mais relacionado com a grande tradição da paisagem e da representação da paisagem, através de um elemento que se refere à sua própria escala, a escala humana, daquele observador que olha e que se deixa maravilhar com aquilo que está a ver à frente. Eu acho que esta paisagem que está aqui à minha frente, ninguém me vai negar esse sentimento. E finalmente, a Evy Jokhova é uma jovem artista Estónia, todo o trabalho dela tem a ver com questões ligadas ao ritual e, neste caso, a peça chama-se Os Adoradores do Sol e é uma peça que faz referência justamente ao usufruto que as pessoas normalmente têm neste lugar”.
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