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Uma Cidade DE e PARA as Pessoas

O 3.º dia do XV Congresso Internacional de Cidades Educadoras foi dedicado a conhecer a realidade de uma cidade (terceiro eixo). Além da partilha de experiências, houve direito a uma visita de estudo aos locais que envolvem a população.
Os mais de 700 congressistas foram divididos em três grupos que, depois do almoço, sairam do Centro de Congressos do Estoril para conhecer o concelho e alguns dos projetos desenvolvidos. Um grupos esteve na Galiza, em São João do Estoril, para experimentar uma das atividades que ao longo do ano chamam as crianças e jovens a viver mais o espaço público.
 
Tirando partido da inclinação da Av. Gago Coutinho, na Galiza, artéria cujas faixas laterais proporcionam uma verdadeira pista, diversas associações ligadas ao Bairro Novo do Pinhal, fizeram renascer as antigas corridas de carrinhos de rolamentos. Uma atividade que convida os jovens a viver o espaço, proporcionando o convívio e o desenvolvimento de projetos comuns, desde a contrução do carrinho até à formação de equipas, sem esquecer a formação ao nível das regras de segurança e toda a adrenalina que uma corrida desta natureza pode despertar.  Diferentes e muito engraçadas, as corridas têm contribuido para a inclusão dos jovens às vezes desinteressados do conteúdos curriculares. 
 
“As crianças estão muito felizes em poder viver esta experiência com pessoas mais velhas”, referiu Hanna Hanania, vice-presidente da Câmara Municipal de Belém, Palestina, que participou na experiência e a considerou “muito alegre”. 
 
Além dos carrinhos de rolamentos os congressistas ficaram ainda a conhecer o Projeto Intergeracional e o Projeto Escolinha de Rugby da Galiza, dinamizado pela Santa Casa da Misericórdia de Cascais com o apoio da Câmara Municipal de Cascais. O grupo do eixo 1 teve oportunidade de conhecer as Dunas da Cresmina, o Projeto Take-it e ainda de visitar Bairro dos Museus. Já o grupo do Eixo 3 foi conhecer o novo campus universitário da NOVA SBE em Carcavelos, o Polo Tecnológico de Formação e o Projeto C3, novo Centro de Informação de Cascais, onde todos os dados do espaço urbano são monitorizados em tempo real.
 
Uma cidade DE  e PARA  as pessoas
 
Durante a manhã o debate fez-se em torno do tema do terceiro eixo do congresso - “Uma Cidade DE e PARA pessoas” (ver vídeo em direto no Facebook) uma vez que, o mais importante para o desenvolvimento de uma cidade é que as pessoas estejam envolvidas no futuro do espaço que ocupam. O painel foi dinamizado pelo Vereador da Câmara Municipal de Cascais, Frederico Pinho de Almeida e o primeiro a abordar o tema foi o Carlos Neto, Professor Catedrático na Faculdade de Motricidade Humana.
 
Carlos Neto abordou principalmente as questões da educação das crianças e dos jovens portugueses e a importância de se criarem “cidades mais saudáveis e mais ativas”. Defendendo que se faculte às crianças, mais espaço para brincar, mais tempo em família e mais atividades ao ar livre, o professor sustenta que "só assim as nossas crianças podem estar mais bem preparadas para um futuro em que, segundo o Fórum Económico Mundial de 2016, é necessário que tenham a capacidade de resolver problemas complexos, de ter pensamento crítico, de serem criativo, motivar equipas e saber comunicar". “Há duas capacidades que são essenciais para o futuro: a capacidade adaptativa e a criativa”, acrescenta Carlos Neto que enfatiza: "brincar e ser ativo desenvolve estas capacidades”. 
 
Nelson Dias, consultor do Banco Mundial para a Democracia Participativa, também integrou este painel abordando a questão das sociedades educadoras e a importância da participação das pessoas para o desenvolvimento da cidade. “Uma sociedade educadora é aquela que aposta em construir sistemas integrados de participação”, defendeu Nelson Dias, acrescentando: "para isso precisa de quatro condições: política, técnica, metodológica e uma sociedade civil forte”. “Não basta querermos mudar a cidade se não mudarmos as pessoas” uma vez que, “uma sociedade educadora trabalha com as pessoas fazendo delas o ator da mudança”, rematou.
 
Pedro Norton de Matos, empreendedor em sustentabilidade, defendeu a importância do compromisso intergeracional, de olharmos e preparamos o futuro a partir de agora, relembrando que “nós temos o poder de ser agentes de mudança e redesenhar o nosso futuro em comum” e que, para isso, “temos de voltar a olhar para a natureza e aprender com ela”. Pedro Norton de Matos relembrou que o plástico, por exemplo, tem apenas 70 anos e que se podíamos viver sem plástico há 70 anos, também podemos viver agora, considerando ser esse um “um desafio civilizacional”.
 
Ao longo do dia os congressistas participaram em várias experiências para debate em três salas diferentes sob os temas: Respostas a Comunidades Vulneráveis (ver video direto Facebook); Família, Escola e Comunidade; Convivência, Encontro e Participação.
 
Realizaram-se ainda Oficinas Jovens onde os congressistas mais novos puderam debater estes assuntos num ambiente de trabalho mais participativo discutindo ideias com participantes das várias nacionalidades representadas no congresso.
 
FMC
 

Cascais Digital

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