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Páscoa 2023 | Apanha do Mexilhão

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Nesta Sexta-feira Santa, lembre-se que, embora seja uma tradição antiga, a apanha do mexilhão, que normalmente junta famílias nas praias das Avencas, Mexilhoeiro e Cabo Raso, deve respeitar várias regras:
- Os apanhadores lúdicos só podem apanhar até 3kg de mexilhão por pessoa.
- O tamanho mínimo de captura são cinco centímetros. Use o seu telémóvel para medir (em média têm 6 cm de largura), ou a sua mão (num adulto, um dedo tem mais ou menos 1cm de largura e 5 de comprimento). Seja consciente e não apanhe exemplares mais pequenos.
- Tome nota: na Área Protegida Marinha das Avencas (Parede) é totalmente interdita a apanha de mexilhão.
- Entre os dias 4 e 7 de abril, conte com reforço de fiscalização para proteger a população de mexilhão da nossa costa de capturas excessivas que prejudicam a renovação. Mais informação aqui.
Origem da tradição da apanha de mexilhão
Com muitos séculos de história esta tradição tem origem na crença cristã e coincide com a maré mais baixa do ano. Porquê na Páscoa? Em quase toda a costa portuguesa, incluindo Cascais, as famílias deslocam-se às costas rochosas pela manhã de sexta-feira santa (feriado), na maré-baixa, para a apanha de mexilhões, lapas ou perceves. Habitualmente, nesta época do ano, registam-se as mais altas das marés-altas e as mais baixas das marés-baixas (luas cheias do Equinócio de Primavera) e porque o calendário cristão obriga à restrição do consumo de carne. O problema é que a captura de toneladas de animais por centenas de pessoas num curto de espaço de tempo, provoca invariavelmente profundas perturbações no ecossistema Intertidal e torna a sua recuperação muito morosa.
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