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E se um tsunami inundasse Cascais?

Meios de apoio europeus testam capacidade de resposta a catástrofe.

Estamos em plena sexta-feira de maio, o relógio marca nove e meia da manhã, mas se o verão não tivesse vindo antecipado e o termómetro não tornasse ainda mais apetecíveis as praias de Cascais, talvez não estivessem dezenas de pessoas na praia da Conceição e Duquesa, no centro da vila.

Às 10 horas, quando ninguém adivinhava aquilo que estava para vir, com o ambiente familiar, tranquilo, que nem o vento se ouvia, despertou o alerta sonoro de Tsunami – acionado através do Sistema de Aviso e Alerta de Tsunamis do município.  

“Atenção, atenção, risco de tsunami”, ouviu-se na praia, em três línguas. Nadadores salvadores e polícia presente no local indicaram aos banhistas que saíssem da praia o mais depressa possível pelas rotas indicadas.

Este é apenas um simulacro de tsunami (mas podia ser bem real!) inserido no Exercício Europeu de Proteção Civil, designado CASCADE’19, que decorre em Cascais – e em outros 23 municípios do País desde dia 28 até este dia 31 – e que que conta com a participação de cinco países europeus: Alemanha, Bélgica, Croácia, Espanha e França.

“Há risco de tsunami se antes ocorrer um sismo forte. A população deve afastar-se das zonas costeiras, nesse momento é também acionado o alerta sonoro, devem ser respeitadas as placas de sinalização com as respetivas rotas de evacuação e as pessoas têm de se dirigir para um ponto de encontro, onde será prestado socorro”, explica Lara Sá, técnica da Proteção Civil de Cascais.

Neste exercício, o que aconteceu foi um sismo de magnitude 6,4 na escala de Richter, que em cascata despoletou situações de emergência múltiplas (réplicas, tsunami, acidente químico, rutura de barragem e poluição marítima), cenários de catástrofes testadas estes dias em diversos pontos no concelho.

Neste sentido, os operacionais mobilizados chegaram ao terreno após Portugal solicitar ajuda externa através do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, que pretende reforçar a cooperação entre os participantes no domínio da proteção civil,  com vista a melhorar a preparação e a resposta às catástrofes.

“Temos de ter a consciência cívica de que os simulacros são fundamentais para que todo o sistema esteja mais bem preparado, de forma a responder a qualquer ocorrência real”, afirma Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Organizado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com a colaboração da Direção-Geral da Autoridade Marítima e cofinanciado pela União Europeia. SJ

Cascais Digital

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