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Instaladas armadilhas para captura de cães abandonados

Pretende-se atrair os animais para armadilhas através de água e comida

A Câmara Municipal de Cascais começou, esta quarta-feira, junto ao Raio Verde (Guincho), a instalar a primeira de três armadilhas, equipamentos de grande dimensão com 150 m2, destinadas à captura dos canídeos assilvestrados (matilhas) que têm sido avistados neste local e que podem por em causa a segurança das pessoas e dos seus animais de companhia.

Brevemente também a zona junto ao Clube D. Carlos I e Bar do Guincho terão por perto este equipamento, designado por parque de captura, equipado com câmaras de videovigilância, ligadas ao Centro de Proteção de Animal de cascais (SFA Cascais e SVET), e que será alvo de monitorização contínua, presencial e à distância.

Esta intervenção sistematizada, levada a cabo com o apoio técnico e logístico da Associação São Francisco de Assis – Cascais (SFA Cascais) e em estreita articulação com o Serviço Veterinário Municipal (SVET) implica duas fases: a primeira em que os animais serão atraídos (pelos alimentos e pela água disponíveis) e durante a qual poderão entrar e sair livremente destas armadilhas, criando-lhes assim o hábito de aí se deslocarem e se alimentarem; a segunda fase em que, constatada a sua presença no interior da armadilha, será acionado o sistema de bloqueio da mesma, de modo a que se possa então proceder à sua captura e recolha.

João Salgado, vice-presidente da Direção da Associação São Francisco de Assis, apela para que “as pessoas não alimentem os animais, uma vez que eles vão ter comida e água dentro das armadilhas e o objetivo é que se criem hábitos e estes não tenham medo de lá entrar”. O dirigente acredita mesmo que o sucesso destas diligências, determinantes para a segurança de todos quantos frequentam a zona do Guincho, dependerá em muito de os animais não encontrarem com facilidade alimentos e água noutros locais.

Mas e depois de capturados para onde irão estes cães, que se crê estarem divididos em três matilhas e serem cerca de 30? João Salgado explica: “Numa primeira fase os animais vão ser levados para o Centro de Proteção Animal de Cascais, no qual se procederá à avaliação clínica e comportamental e, obviamente, será feito tudo aquilo que for possível para lhes manter a qualidade de vida”.

A verdade é que ao longo destes últimos anos já foram capturados mais de 50 cães assilvestrados. Mas mais recentemente a Associação São Francisco de Assis conseguiu capturar nove elementos de uma matilha, dos quais oito estão acolhidos nas suas instalações. Um dos cães foi atacado pelo resto da matilha, acabando por morrer.  

“Como nesta Associação todas as adoções são responsáveis e os animais que são dados para adoção tem de estar aptos, não só a nível clínico mas também comportamental, neste caso não damos o nosso aval devido à agressividade destes cães para com as pessoas e outros animais”, sublinha Carolina Rebelo, médica veterinária da Associação São Francisco de Assis. SJ

 

Cascais Digital

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