CONTACTOS
Fale connosco
800 203 186
Em rede

Está aqui

Tecnologia para estudo do fundo do mar testada em Cascais

Está mais transparente o fundo do mar ao largo de Cascais. Não que as águas profundas tenham mudado de repente, mas por causa do Robotics Exercise 2016 (REX’16). Com recurso às novas tecnologias, foram realizados testes entre os dias 4 e 8 de julho que permitiram ver mais de perto cinco sítios arqueológicos subaquáticos do concelho.
Promovidos pelo Centro de Investigação Naval (CINAV) da Escola Naval e realizados no âmbito do Projeto Carta Arqueológica Subaquática do Concelho de Cascais (ProCASC), os exercícios Robotics Exercise 2016 (REX’16) serviram de provas de mar, teste e demonstração equipamentos na área da robótica oceanográfica, bem como de produtos desenvolvidos por empresas ou centros de investigação nesta área. 
 
Acreditando que “os contributos [destes exercícios] vão permitir edificar capacidades novas na Marinha”, António Gomes, Comandante da Escola Naval, considera que “estes são os desafios do futuro”. 
 
“Cascais tem vindo a assumir-se de uma forma muito determinada, como um pilar absolutamente estratégico o nosso mar”, destacou Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, que acompanhou o REX’16 ao largo de Cascais e aproveitou para enfatizar “a enorme riqueza marítima e o papel do concelho no seu desenvolvimento”. 
 
Por seu lado, Jorge Freire, investigador do Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar (CHAM), unidade de investigação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, responsável, em co-direcção científica com António Fialho, arqueólogo da Câmara Municipal de Cascais, pela Carta Arqueológica Subaquática de Cascais, salientou a importância do “trabalho sinérgico entre a arqueologia e as novas tecnologias, nomeadamente a robótica móvel, vulgo robôs oceanográficos”. Estes trabalhos estão a ser desenvolvidos pelo INESC TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) em colaboração com o Centro de Investigação Naval e a Universidade de Girona. 
 
Na prática, como salienta Alfredo Martins, investigador do INESC TEC - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, “estas experiências foram feitas ao largo de Cascais com um vasto conjunto de robôs marinhos, essencialmente focados no mapeamento do fundo do mar”. Uma tarefa que complementa, com maior precisão os estudos já realizados no âmbito do ProCasc em diversas missões e que já mereceram inclusive um prémio de investigação a Jorge Freire (ver Património Arqueológico | Subaquático e Bolsa de investigação da National Geographic ajuda a conhecer património subaquático de Cascais).
 
Parceira desta iniciativa, a Universidade de Girona também esteve representada pelo investigador Marc Carreras, que destacou as “capacidades sensoriais muito altas” do robô utilizado nestes testes, os quais “permitem detetar objetos no fundo marinho, inspecioná-los e transmitir os dados de forma bastante precisa”.
 
Associada ao REX’16 está ainda a organização de uma escola de verão, designada de “Introduction to Advanced Marine Technology”, iniciativa coordenada pelo INESC-TEC e pela Universidade de Girona, e conta com docentes da Marinha Portuguesa, da Universidade do Algarve (CINTAL), da Universidade de Heriot-Watt e da Universidade de Aberdeen.
 
Sobre o Projeto de Arqueologia Subaquática de Cascais | Iniciativa municipal de âmbito cultural pioneira em Portugal e focada no conhecimento do Mar. Assume como objetivos principais a educação e o desenvolvimento de parcerias tecnológicas com vista à proteção e fruição sustentada do Património subaquático. Para concretizar estes objetivos têm sido elaborados protocolos de cooperação com o Centro de História d’Aquém e d’Além Mar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e com o Centro de Investigação Naval da Escola Naval. Têm ainda estabelecidas parcerias com a Estrutura de Missão para a extensão da Plataforma Continental, o Laboratório de Sistemas e Robótica do Instituto Superior Técnico de Lisboa e a Comissão Nacional da UNESCO através da sua rede de escolas. 

Sugerimos também

Cascais Digital

my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0