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Centro Cultural de Cascais
2750-800 Cascais
Últimos dias para visitar exposição de fotografia de Jessica Lange








O interesse de Jessica Lange pela fotografia despertou ainda no final da década de 60, quando se inscreveu num curso de Arte na Universidade do Minnesota, pensando que poderia vir a ser pintora. Um talento relegado para segundo plano quando, mais tarde, descobriu a mímica e a arte dramática. A inscrição numa agência de modelos marcou a passagem para Hollywood e a consequente estreia no cinema como a protagonista feminina de um remake do clássico “King Kong” (1976). Seguiu-se “O Espetáculo Vai Começar” (“All That Jazz”), em 1979, e aquele que viria a confirmá-la como atriz de relevo “O carteiro toca sempre duas vezes” (1981), em contracena com Jack Nicholson. Assumindo a família como prioridade, Jessica Lange tem conduzido a sua carreira de forma discreta. Em 2011 destacou-se na série televisiva “American Horror Story”, que lhe valeu, entre outros prémios, o globo de ouro de melhor atriz secundária.
Inspirada por grandes nomes da street photography, como Robert Frank ou Henri Cartier-Bresson, Jessica Lange encontra na arte de fotografar uma autonomia que de certa forma se opõe à sua atividade enquanto atriz, sempre dependente de um trabalho coletivo. É a solidão do ato de fotografar e de captar um gesto, uma expressão, que a fascina. Para Jessica a fotografia é poesia e mistério. A poesia de fixar um momento e o mistério de todo o processo de revelação, a surpresa do resultado final. “É tudo mágico para mim”, confessou aquando da inauguração da exposição, em junho passado. Sempre a preto e branco e à moda antiga, sem pixéis e manipulação digital, Jessica admite que “às vezes é apenas uma questão de sorte” e de “apanhar o momento certo”.
Para ver até domingo, no Centro Cultural de Cascais, das 10h às 18h00. Entrada livre.
Exposição e documentário homenageiam Nadir Afonso
Na próxima sexta-feira, 30 de março, às 21h30, o auditório do Centro Cultural de Cascais exibe o documentário “Nadir Afonso – O tempo não existe”, do realizador Jorge Campos. Coproduzido pela Vigília Filmes, Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo do Instituto Politécnico do Porto (ESMAE) e Fundação Nadir Afonso, com o apoio da Câmara Municipal de Boticas, o documentário teve a sua antestreia em janeiro, no Teatro Nacional de São João, no Porto, e é agora exibido em Cascais, vila onde o pintor reside há vários anos.
Em 1993, Jorge Campos realizou um documentário sobre Nadir Afonso, com filmagens em Paris, Cascais e Chaves. Agora, voltou a filmar o pintor que, aos 91 anos, “continua a olhar de modo obsessivo o trabalho produzido à procura da forma justa, exemplar, sem margem de erro. (…) Já pouco sai da sua casa de Cascais, mas continua a visitar a terra transmontana das suas raízes onde a paisagem se torna humana e o homem se faz paisagem. Neste filme, o realizador captou o dia-a-dia de Nadir Afonso, na companhia da família “ouvindo-o e vendo-o deambular em volta da pintura”.
Paralelamente, de 27 de março a 8 de abril estará patente no Centro Cultural de Cascais a exposição “Nadir Afonso, no tempo e no lugar”, que reúne uma série de imagens do pintor captadas pela fotógrafa Olívia Da Silva. Originalmente produzida pelo Teatro Nacional São João em parceria com a ESMAE, Vigília Filmes, Fundação Nadir Afonso e Câmara Municipal de Boticas, esta exposição dá continuidade ao trabalho de investigação sobre representação fotográfica e identidades pessoais de Olívia Da Silva, fotógrafa e docente da ESMAE.
Sobre Nadir Afonso
Nadir Afonso nasceu em Chaves, a 4 de dezembro de 1920. Diplomou-se em Arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto e, 1946, em Paris, estudou pintura na École de Beaux-Arts e frequentou o ateliê de Fernand Léger. Como arquiteto colaborou no ateliê de Le Corbusier, entre 1946 e 1948, e novamente em 1951. Entre 1952 e 1954, trabalhou ainda com o arquiteto Óscar Niemeyer, no Brasil. De regresso a Paris, o apelo da pintura tornou-se mais forte, o que fez abandonar definitivamente a arquitetura em 1965, embora, na verdade, ela esteja inquestionavelmente presente na sua arte pictórica. Expôs nos quatro cantos do mundo, foi distinguido com diversos prémios e produziu ampla teoria sobre Arte e Estética.
Ensemble OrAnGoTaNgO estreia repertório em Cascais
Selecionado para participar na 2ª edição do Terem Crossover, que decorre entre 26 de março e 1 de abril, em São Petersburgo, o grupo preparou um repertório específico para o evento, que irá apresentar previamente no Centro Cultural de Cascais: "Trilogia 5", (mistura de folclore do nordeste argentino, milonga, tango e recolhas de Michel Giacometti), “Tchaikovskiana" (baseada no “Quebra-Nozes” de P. Tchaikovsky), e "Pian Dabliu" (inspirada na obra “Pedro e o Lobo”, de S. Prokofieff).
O repertório do ensemble OrAnGo TaNgO combina o tango tradicional de Carlos Gardel, o novo tango de Astor Piazzolla, a improvisação ou "parrilla" e ainda composições originais, com influências da música tradicional portuguesa, compostas e adaptadas para este projeto por Daniel Schvetz.
O OrAnGoTaNgO é composto pelos músicos Luís Cunha (1º violino), Anne Vitorino D´Almeida (2º violino), Isabel Pimentel (viola), Catherine Stryncks (violoncelo), Pedro Santos (acordeão), Miguel Menezes (contrabaixo) e Daniel Schvetz (piano, composição, arranjos e direção musical).
Os bilhetes para o concerto variam entre 7 e 15 €. Mais informações e reservas: 918200080 ou booking@seivabruta.org









