270 anos depois, um futuro mais preparado

“Em Cascais há memória e, por isso, há futuro.” A frase de Nuno Piteira Lopes, presidente da Câmara Municipal de Cascais, marcou o encerramento do seminário internacional que evocou os 270 anos do Terramoto e Tsunami de Lisboa de 1755. O evento, promovido pela Câmara Municipal de Cascais em parceria com a UNESCO, no âmbito do projeto Coast WAVE 2.0, reuniu este sábado, 1 de novembro, no Centro Cultural de Cascais, várias organizações internacionais, especialistas e representantes de entidades nacionais e locais ligadas à proteção civil e à resiliência costeira.

Durante a cerimónia foram atribuídas várias distinções, entre as quais o diploma “Tsunami Ready” à Câmara Municipal de Cascais, um reconhecimento internacional que certifica o município como preparado para responder a situações de risco sísmico e de tsunami.

“Cascais tem um plano municipal onde todos, quer sejam as entidades, quer sejam os munícipes, quer sejam os jovens, sabem o que fazer, como fazer e para onde ir”, sublinhou o presidente,  acrescentando: “No caso de algum dia, que eu espero que nunca aconteça, enfrentarmos um evento desta natureza, temos a certeza absoluta de que o trabalho de casa está feito e de que estamos preparados para responder.”

O seminário contou ainda com a presença de Frederico Nunes, vereador da Câmara Municipal de Cascais, e de José Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia de Alcabideche, além de representantes da UNESCO, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, da Autoridade Marítima Local de Cascais, do IPMA e do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastre.

A sessão terminou com uma caminhada simbólica até à Praia da Ribeira, em homenagem às vítimas do terramoto e tsunami de 1755, onde foram lançadas pétalas de flores ao mar, num gesto de memória e esperança partilhado entre os participantes.

Com este reconhecimento, Cascais torna-se um dos primeiros municípios portugueses a obter o estatuto “Tsunami Ready”, reforçando o seu compromisso com a prevenção, informação e segurança das populações, através do trabalho contínuo do Serviço Municipal de Proteção Civil e da cooperação com entidades nacionais e internacionais dedicadas à redução do risco de catástrofes.

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