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A Arte da Relojoaria Mecânica em Cascais

Relógios nacionais e europeus produzidos entre os séculos XVII e XIX em exposição

Sabia que mais do que um medidor de tempo, os relógios eram um objeto de estatuto, um simbolo de riqueza e ostentação de reis e poderosos? Que só a partir da I Guerra Mundial o relógio de pulso se massificou, pela necessidade de milhares de oficiais e soldados sincronizarem entre si os tempos de ação? Estas são algumas das curiosidades que vai encontrar na exposição "Engrenagens do Tempo: A Arte da Relojoaria Mecânica", na Galeria de Exposições do Palácio da Cidadela, até 10 de setembro de 2023. 

A abrir a exposição vai encontrar um exemplar único de produção portuguesa, do séc. XVIII, onde através da reprodução de um mapa do mundo francês, é possível ver as horas em todo o mundo. A exposição acompanha a evolução da relojoaria que é também uma lição de história de costumes e hábitos do mundo ocidental.

Passamos, assim, pelas "Horas Canónicas" , onde foi inventado um mecanismo complexo e dispendioso, mas necessário para marcar o tempo das orações em conventos e igrejas. Um pesado mecanismo que tinha necessariamente de vir acompanhado de um relojoeiro para "dar corda" e olear com frequência. Caminhado no tempo, encontramos o relógio público, geralmente, em cúpulas e torres de edifícios de que em Cascais temos belos exemplares como do Edifício do Relógio, na Praça 5 de outubro, que servia para orientação de pescadores e turistas. 

Só mais tarde, o relógio entra nas casas particulares, é o "Tempo Doméstico", onde se inclui o relógio portátil que nos palacetes da época andavam do salão para os quartos, os quais incluiam um mecanismo de "silêncio" para não perturbar o descanso de reis e senhores. Aqui a arte relojoeira alia-se às artes decorativas, à marcenaria, à pintura e à joalharia. Esta mostra tem exemplares magnificos de grandes mestres relojoeiros europeus produzidos entre os séculos XVII e XIX, a época áurea da relojoaria mecânica. 

" A arte da relojoaria mecânica é a cisão perfeita entre a ciência, a física e a matemática e a arte, onde se incluem as artes decorativas", refere José António Proença, curador da exposição. 

Quando chegamos ao "Tempo Pessoal", o tempo privatiza-se e surgem os relógios de bolso: " Um cavalheiro só tinha a sua indumentária pronta quando ostentasse no bolso do colete, o seu relógio com corrente. Simbolo de estatuto social, era comum os cavalheiros ostentarem várias vezes o seu relógio", revela José Proença. Tal como era comum reis e gente da nobreza figurarem nos quadros ao lado dos seus relógios portáteis, pode, ainda ler-se nos textos explicativos da exposição.  

" Quero salientar a qualidade intrínseca desta exposição, pelos vários exemplares de relógios magnificos que apresenta, absolutamente excecionais", refere Salvato Teles de Menezes, diretor municipal da Direção Municipal do Conhecimento, Património e Promoção Cultural, da Câmara Municipal de Cascais. 

"Este é um espaço que permite ter um tipo de exposições que não é possível realizar noutros equipamentos culturais do concelho, por ter determinadas caracteristicas ideais para este tipo de exposições como esta mostra, em que tirámos o máximo partido das qualidades arquitetónicas da Galeria de Exposições do Museu da Presidência da Cidadela de Cascais", acrescentou Salvato Teles de Menezes, também presidente da Fundação D. Luís. 

Organizada pela Câmara Municipal de Cascais e pela Fundação D. Luís I, no âmbito da programação do Bairro dos Museus, esta exposição reúne peças provenientes de instituições públicas e privadas, entre outras, da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, do Museu Medeiros e Almeida, do Museu do Relógio (núcleos de Serpa e Évora), da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, do Museu das Comunicações em Lisboa e do Museu Condes de Castro Guimarães em Cascais, para além de diversos colecionadores privados.

Saiba mais sobre esta exposição aqui

A exposição Engrenagens do Tempo: A Arte da Relojoaria Mecânica poderá ser visitada até 10 de setembro, de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e as 14h00 às 18h00 (última entrada às 17h40)
Palácio da Cidadela de Cascais | Galeria de Exposições
Av. Dom Carlos I
2750 – 642 Cascais

 

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