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Bataria da Parede vai ser aberta ao público

Cedência do imóvel vai permitir criar parque e museu

Volvidos vários anos sobre a pretensão anterior, adiada por diversas vicissitudes, o Forte da Bataria de Artilharia de Costa da Parede vai ser aberto ao público para usufruto da população.

Ainda não há data concreta, pois a Câmara Municipal aguarda "que o auto de cedência seja emitido", como confirmou Carlos Carreiras, presidente da autarquia, que hoje visitou o local acompanhado por equipas da autarquia e do exército, chamadas a  analisar a intervenção prevista e que o município mantém como muito importante.  Uma vez emitido o auto de cedência, deverá "ser entregue o auto de posse e, a partir daí, podermos intervir”, reforça Carlos Carreiras.

Património edificado e exemplar único no país, o espaço "esquecido há décadas" vai ser transformado, como pretende a autarquia há vários anos, num parque urbano com infraestruturas para diversas atividades. Posteriormente, será também ali instalado o Museu Militar de Artilharia de Costa. 

“Numa primeira fase o objetivo é abrir o parque verde urbano à população, ao mesmo tempo que vão decorrendo as obras de recuperação do edificado e das batarias”, explicou o autarca, revelando que pretende abrir este espaço ao público em breve. “Depois vai ser estudada toda a parte museológica contando a história da artilharia portuguesa e da defesa de costa. Há muito material que o exército vai ceder para que esteja exposto,” concluiu.

Localizado na freguesia da Parede, o local dispõe de um amplo espaço verde com vista privilegiada sobre a costa. Construída com o objetivo de defender a costa portuguesa, a 2.ª Bataria de Artilharia de Costa permitia cruzar os seus fogos com as batarias de São Gonçalo e de São Julião da Barra e, ainda, com a bataria do Murtal (esta última não chegaria, contudo, a ser construída). Com o aproximar da Segunda Guerra Mundial, no âmbito dos esforços nacionais para reestruturação e rearmamento do Exército também a defesa do porto de Lisboa, a Bataria da Parede seria considerada prioritária. É nesse período que se desenvolve o chamado "Plano B", também conhecido por “Plano Barron”, que acabou por ser implementado para a defesa costeira e aérea conjunta dos estuários do Tejo e do Sado. Este plano previu um complexo sistema de defesa dirigido por um Comando de Defesa Costeira dividido em dois setores, um a Norte e outro a Sul do Tejo, cada um composto por batarias e outros órgãos de vigilância, iluminação, barragem, comando e direção de tiro, instalados entre 1948 e 1958 e guarnecidos pelos militares do Regimento de Artilharia de Costa.

A derradeira salva de tiros foi realizada no Alto da Parede, em 1998,  altura em que foi manifestada a intenção de ali ser criado o Museu Militar da Artilharia de Costa. Depois de anos de esquecimento o projeto volta a estar na ordem do dia e aguarda-se a concretização para breve.

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(FMC/CMC)

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