Está aqui
" Cascais é um concelho mais seguro" concluem Comissões Municipais de Proteção Civil e de Defesa da Floresta

Se vive em Cascais saiba que é das zonas do país onde a Proteção Civil tem vindo a mostrar uma evolução mais positiva nestes últimos anos, no que se refere ao combate aos incêndios e à mitigação de riscos de catástrofes naturais, como sismos e tsunamis. Os números são reveladores do muito que se tem feito nesta área. Pois, ao contrário do que se verificou no resto do país, 2017 foi o ano em que se registaram menor número de ignições de fogos e a menor área ardida de sempre – 4,5 hectares, na sua maioria mato.
Isto só é possível graças a uma conjugação e coordenação de esforços de todas as entidades envolvidas na prevenção e combate de incêndios florestais. Um trabalho que tem vindo a ser feito há uns anos a esta parte e que está agora a mostrar resultados que se traduzem numa maior sensibilização da população para o risco de incêndios e para a proteção da floresta, numa maior informação sobre os condicionantes do uso de fogo na época critíca, assim como, uma maior visibilidade e interesse pela área protegida do Parque Natural Sintra-Cascais e pelo nosso Património Natural em geral que representa 1/3 da área do concelho.
A vigilância é também um dos fatores cruciais para a tónica da prevenção que é a aposta fundamental que resulta na diminuição drástica da área ardida nestes últimos anos. Neste campo registo para as ações de vigilância e prevenção levadas a cabo pelo exército, sobretudo no período noturno; para as ações de planeamento e gestão florestal que se traduzem na limpeza e reflorestação do espaço natural, na limpeza das faixas laterais de 10 metros ao longo das estradas, na gestão de combustíveis florestais nas faixas de envolvência de edificações e aglomerados urbanos e noarranjo dos caminhos florestais, entre outras.
Mas, se a prevenção é a palavra-chave, também o combate aos incêndios se tem mostrado mais eficiente. Melhores meios e equipamentos disponibilizados às entidades no terreno, incluindo equipamento de autoproteção e a formação e atualização dos elementos que integram essas entidades são algumas das razões apontadas para o aumento da eficácia no combate a incêndios e na diminuição do tempo em que se considera o fogo controlado. A tudo isto se junta também uma maior eficácia na coordenação de todos os envolvidos no cumprimento do plano municipal de gestão da floresta.
Já no que se refere à mitigação dos riscos de catástrofes naturais, destaque para as medidas pioneiras levadas a cabo no concelho de Cascais, onde se inclui o aviso de alerta de tsunamis já em pleno funcionamento.
Para o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, este percurso de cada vez melhores resultados na área da proteção civil, deve-se também ao trabalho desenvolvido junto da população, sobretudo nas camadas mais jovens: “Desenvolvemos o lema de que cada cidadão é um membro da proteção civil e que por isso todos devemos estar informados e sensibilizados para o que fazer em caso de necessidade”, referiu Carlos Carreiras.
A interligação com todas as entidades responsáveis pela proteção civil, nomeadamente, Forças de Segurança, Associação de Bombeiros e todo o conjunto mais alargado de entidades em estreita colaboração com as unidades orgânicas da Câmara Municipal, foi outro dos aspetos apontado por Carlos Carreiras para a evolução positiva agora apresentada na Comissão Municipal de Proteção Civil: “Em Cascais há uma estratégia de ordenamento do território com uma grande articulação e conjugação de esforços entre todos os envolvidos”, referiu.
Sobre a mitigação de riscos em caso de catástrofe natural, o autarca lembrou que “temos o território todo estudado a nível geológico e perfeitamente identificados todos os locais de especial risco”, acrescentando que “ estamos também na frente em termos tecnológicos e somos o único concelho do país a ter um sistema piloto de aviso de tsunami”. Todavia, Carlos Carreiras assegura que “ainda há muito por fazer” e sublinhou a necessidade de trabalhar agora na redução das consequências das alterações climatéricas: “É preciso trabalhar no plano estratégico para aumentar a capacidade de sermos mais resilientes não só no que se refere ao aumento da eficácia de resposta em caso de catástrofes naturais, quer nas provocadas pelas alterações climatéricas que estão na ordem do dia e de que já estamos a sentir as consequências.”
No gráfico abaixo pode verificar-se a evolução positiva de ignições e área ardida no período dos últimos 15 anos: