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Cascais lança projeto para dar nova vida ao café

A rede de ecocentros de Cascais vai recolher cápsulas de café usadas

No mundo são produzidas por minuto cerca de 39 mil cápsulas de café. Na maioria dos casos estas cápsulas depois de usadas vão para o lixo indiferenciado, onde, nos aterros, levam mais de 300 anos a decomporem-se, com todas as consequências ambientais que daí advêm. Hoje, 25 de novembro, Cascais mais uma vez muda o rumo das coisas, na promoção da economia circular e no impacto positivo para a biodiversidade.  Numa aliança inédita, vários comercializadores de café juntaram-se num projeto liderado pela Cascais Ambiente, para dar uma nova vida às cápsulas de café usadas, independentemente das marcas e dos materiais que as compõem.

Foi, assim, assinado um protocolo, esta manhã de sexta-feira, na Casa das Artes da Escola Básica e Secundária de Ibn Mucana, entre a Cascais Ambiente, a Tratolixo e os vários parceiros comercializadores de café – Nestlé, Delta, MZBI, UCC e a associação AICC -  para recolha e reciclagem das cápsulas de café usadas, A Cascais Ambiente aumenta assim o número de fluxos recolhidos na Rede de Ecocentros lançada em 2021, de 12 para 13, numa iniciativa que pretende desviar de aterro materiais com alto potencial de reciclagem.

“Foi um desafio difícil uma vez que tivemos de juntar as comercializadoras de café que são muito competitivas entre si, mas sob o lema da sustentabilidade e para o bem do Planeta a aliança concretizou-se”, referiu Vitor Martins, presidente da Associação Portuguesa do Café e um dos parceiros desta iniciativa pioneira no país. 

“Como é que a correta deposição de um objeto tão pequeno pode ter um impacto tão grande no ambiente e na biodiversidade!” refere Joana Balsemão, vereadora da CM de Cascais com o pelouro do Ambiente, que faz um apelo a todos os munícipes para levar a bom porto este projeto piloto, ao depositarem no ecocentro as suas cápsulas usadas. 

Veja aqui onde pode encontrar os ecocentros mais perto de si.

As cápsulas de café, compostas por plástico ou alumínio e borra de café, podem ser totalmente recicladas. Para isso, serão entregues e armazenadas na Tratolixo, de onde partirá posteriormente um camião para o reciclador. As cápsulas serão separadas e desmanchadas, de forma a aproveitar todos os componentes para novas utilizações. Os invólucros de plástico ou de alumínio transformar-se-ão em novas cápsulas e a borra do café será utilizado para composto natural, ou seja, fertilizante para enriquecer as terras agrícolas.

É a primeira vez que se forma uma aliança entre grandes comercializadoras de café para um processo conjunto de reciclagem que visa, em complemento com a separação já existente nas marcas, a recolha de cápsulas de café que todos os anos entram no mercado, e que são atualmente encaminhadas para o fluxo de resíduos indiferenciados ou, pior, que contaminam outros fluxos recicláveis. Através deste novo fluxo de resíduos, as várias entidades envolvidas procuram não só estimular uma economia circular, como também obter um balanço global positivo de impacto da sua atividade sobre a biodiversidade.

O facto de a cerimónia ter decorrido na Escola Básica e Secundária de Ibn Mucana também não foi por acaso. Já que esta escola ganhou a bandeira de Eco Escola pelo seu esforço em prol do Ambiente. Alunos e professores assistiram, orgulhosamente, ao hastear da bandeira pelo Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras. Esta distinção junta-se, agora, a outra de mérito ambiental, que já tinha sido atribuída a este estabelecimento de ensino, através do Programa de Educação e Sensibilização Ambiental de Cascais.

 

Cascais Digital

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