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Coesão social “um termómetro do estado da sociedade”

Porque a Coesão Social é uma Responsabilidade partilhada, também os grupos parlamentares dos principais partidos políticos com assento na Assembleia da República foram convidados a participar na Semana da Coesão Social.

A proposta foi responder aos “Desafios atuais e futuros da Coesão Social” e corresponderam Maria da Luz Rosinha (PS), Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP) e Joana Barata Lopes (PSD-PPD). “Nós temos mais a ganhar com este painel do que o contrário”, referiu Joana Barata Lopes, reconhecendo a mais-valia de debates que aproximam quem legisla de quem está no terreno.

Mas, como salientou, Maria da Luz Rosinha, ex-autarca, “até que ponto podem as novas descentralidades contribuir para a revisão das redes sociais? É natural que se reforcem competências para se poder intervir localmente em determinadas situações”, acrescentou.Podemos olhar para a coesão social como um termómetro do estado da sociedade a nível geral ou local. Nas diferentes esferas há que ter uma preocupação de inclusão”, destacou Anacoreta Correia acrescentando: “se não estivermos a trabalhar em soluções estruturadas o adormecimento social pode nos devolver uma onda maior de contestação”.

Chamando a atenção para a inversão da pirâmide etária verificada na Europa, enquanto noutras zonas do globo se assiste a um crescimento, o deputado do CDS-PP, foi perentório: “a globalização também é um desafio. Temos de estar à frente dos problemas”. Na opinião do deputado qualquer ação implica “afrontar o muro da desconfiança. O problema da descentralização é que se esta não for acompanhada da capacidade de gerir e de decidir não é eficaz”.Chamando a atenção para o facto de “todas as alterações serem altamente perturbadoras”, Joana Barata Lopes, defendeu um papel menos interventivo da Administração Central: “o Estado não tem de garantir o que as instituições da economia social garantem.

Tem é de garantir que essas instituições têm condições para o fazer”. Por outro lado, contrária às tentativas de normalização do sujeito, a deputada do PPD-PSD deixou claro que “a dignidade do reconhecimento da diversidade é fundamental. Nem todos têm de ser iguais por vontade de outrem. Há que dignificar a diferença”.O estatuto dos cuidadores informais. Incontornável pela sua atualidade, a questão do estatuto dos cuidadores informais foi lançada pelo público e reconhecida por Joana Barata Lopes como “uma questão que a todos nós [deputados] preocupa”.

Reconhecendo ser esta uma situação “difícil”, Anacoreta Correia defendeu que “a questão do cuidador informal não deve ser tratada na Administração Central, mas sim a nível local”. Para o deputado “é fundamental que haja respostas porque haver apoio para entregar um familiar; a uma instituição e não haver apoio para quem deixa de trabalhar para cuidar de um familiar é insustentável”.Acreditando que “vai haver um estatuto do cuidador informal em breve, até porque é obrigatório”, Maria da Luz Rosinha, defende que atribuir “maiores poderes para quem está mais próximo ajuda a aumentar a capacidade de resposta.

Às vezes as coisas não resultam porque os políticos não ouvem as pessoas e não medem os impactos para corrigir o que correu mal”. A deputada do PS levantou ainda ponta do véu quanto aos próximos tempos: “ o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social está a estudar medidas”.

Cascais Digital

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