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Estoril Political-Fórum em tempo marcado pela Guerra

O conflito na Ucrânia na mensagem do PR e na intervenção do presidente da Câmara na 30.ª edição do Estoril Political Fórum.

“Só se ganha nas armas quando se ganha nas almas”, disse o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa na mensagem gravada e enviada ao Estoril Political Fórum, que vai na sua 30 edição e que tem como tema “Confronting Authoritarian Challenge”.

Na sessão de abertura, que decorreu no Hotel Palácio, no Estoril, o presidente da Câmara Municipal de Cascais partilhou a mesa com Isabel Capeloa Gil, reitora da Universidade Católica Portuguesa, Rita Seabra de Brito, diretora do Estoril Political Forum e João Carlos Espada, diretor e fundador do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa.

O autarca deu as boas-vindas a todos os participantes nesta edição salientando o significado simbólico pelo facto de este fórum decorrer em Cascais e particularmente no Estoril: “Não apenas por nos encontramos fisicamente aqui reunidos, digo-o sobretudo porque passadas quase oito décadas desde os grandes conflitos da nossa história, o Estoril, e Cascais, voltam a ser a casa de muitos dos que fogem da guerra na procura de paz e liberdade e esperança”, disse.

Carlos Carreiras lembraria o Estoril que há 80 anos acolhia “os Reis sem coroa, os aristocratas sem títulos e os cidadãos anónimos de toda a Europa”, estabelecendo o paralelismo com a atualidade: “Em 2022, o farol de humanidade e pluralismo que nunca se apagou nesta terra, é agora luz de abrigo para os que fogem da guerra na Ucrânia”, disse.

Mas a cerimónia começaria com uma mensagem do Presidente das República, Marcelo Rebelo de Sousa que apontou aquilo que considera serem as razões internas e externas para os “chamados autoritarismos ou populismos autoritários”. Nas causas remotas da guerra Marcelo Rebelo de Sousa identifica a “confluência das causas políticas com as crises económicas e sociais de 2008 a 2015, a diluição do adversário estratégico principal da NATO” que, acrescentou o PR, “passou a ser mais depressa o ISIS ou o DAESH e não a Federação Russa. A lentidão em integrar a China e o seu papel no conselho estratégico da nato” e também a “lentidão em assumir a relevância do flanco sul da NATO e das relações com outros continentes, começando por África”.

Nesta mensagem dirigida à centena de alunos, oradores e demais participantes, o Presidente da República falou do teste a que a guerra sujeitou as democracias liberais: “A guerra tem testado a capacidade de unidade europeia, de unidade transatlântica, de partilha com outros continentes, de persuasão de opiniões públicas, de superação da fadiga da lassidão e indiferença perante os valores e os princípios, a capacidade de resposta e a sustentável legitimação nas democracias em que vivemos (…) mas o essencial ainda está por provar”, disse acrescentando: “O essencial é a resistência da nossa democracia perante desafios longos, complexos, desgastantes de grande exigência ética e institucional. De legitimação sustentável, de não desmobilização em face dos custos económicos financeiros e sociais”.

O Estoril Political Fórum decorre de 27 a 29 de junho.

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