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Exposição presta homenagem a Ruy de Carvalho

“Retratos Contados” está patente no Espaço Memória do TEC

Entramos nas portas do Espaço Memória do Teatro Experimental de Cascais (TEC) como quem vai viajar no tempo, e muitas são as memórias da Companhia de Teatro mais velha da Europa ainda em atividade. Mas, a partir deste sábado, 15 de janeiro, e até finais de fevereiro, há uma surpresa. A exposição “Retratos Contados” que como o próprio nome indica, nos brinda com 90 fotografias a preto e branco a contar a também já longa vida e carreira de Ruy de Carvalho, um dos atores portugueses mais conceituados e acarinhados pelo público.

Ruy de Carvalho nasceu há quase 95 anos, numa terça-feira de Carnaval, o que até poderia ter sido um prenúncio das muitas máscaras que vestiu ao longo dos 80 anos de carreira. Logo à entrada é impossível ficar indiferente aos retratos “iluminados” pela mão de outro artista, António Homem Cardoso. Seguem-se as imagens que nos guiam pela sua infância, casamento, a família, o percurso profissional que tanto inspira  aqueles que amam o Teatro, o Cinema e a Televisão. Passou por todos eles, atravessou dois séculos, para hoje o encontrarmos igual a si próprio, “Um Rapaz de Hoje” que nunca deixou de ser, fazendo jus à sua estreia em 1947 no Teatro Nacional com a comédia “Rapazes de Hoje”.

“Só somos velhos quando começamos a pensar que somos velhos”, garantiu Ruy de Carvalho deixando-nos a certeza de que não é só dize-lo, mas, sobretudo fazer muito, dar muito de si todos os dias, não deixar de ter projetos e continuar ainda a subir ao palco, da vida e do Teatro.

Por isso Nelson Mateus, o responsável pela exposição, não hesitou quando escolher Ruy de Carvalho para ser o símbolo do alerta e da mensagem que queria transmitir com esta exposição. Um alerta para o flagelo social do envelhecimento, o abandono e solidão dos mais velhos e a mensagem de que é preciso promover o envelhecimento ativo.

“Esta exposição vem na linha da estratégia que Cascais quer para a Cultura com a presença de um importante património cultural representado pelo próprio Ruy de Carvalho e pelo TEC, a Companhia que já faz parte da nossa identidade” referiu Salvato Telles de Menezes, Diretor Municipal do Conhecimento, Património e Promoção Cultural que salientou o facto de Cascais estar entre os primeiros três municípios com uma programação cultural mais dinâmica.

Salvato Teles de Menezes que é também presidente da Fundação D. Luís I, destacou ainda a importância da mensagem que encerra esta exposição: “ Vamos articular com o Serviço Cultural e Educativo do Bairro dos Museus, a possibilidade de trazer a esta exposição os mais jovens e os mais velhos, promovendo-se, assim, o diálogo intergeracional e o envelhecimento ativo” que são  há muito uma bandeira das políticas sociais do Município.

PL | BN | CMC

Fotos: João Lamares

 

Cascais Digital

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