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Finalizado o projeto “InSERvir”










O projeto “InSERvir” assinalou o seu final nesta sexta-feira, 5 de setembro, com um encontro que juntou, na Quinta da Alagoa (Carcavelos), os vários intervenientes desta iniciativa, numa colaboração entre a Câmara Municipal de Cascais e o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. O projeto teve como objetivo reforçar a qualificação dos profissionais que atuam junto de pessoas em situação de maior vulnerabilidade social, tendo evolvido 81 técnicos da área social do concelho de Cascais, ao longo de 15 meses.
“O objetivo foi o de trazer um modelo, que é um modelo que vem da teoria, da ciência e, portanto, da academia, com três profissionais investigadoras e formadoras, que pretende conseguir desenvolver uma forma de estar apreciativa e orientada para as soluções”, referiu Helena Marujo, docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. “A metodologia aplica-se aos próprios profissionais e à maneira de intervir com as pessoas individuais, os cidadãos, as famílias, e as comunidades. Tudo é feito sempre a partir da identificação daquilo que há de melhor em cada um de nós, que há de virtuoso, que há de mais forte, de mais potencial, como ponto de partida, para depois trazer a transformação e as respostas para a vida de cada um”, acrescentou a docente.
O foco deste projeto assentou na capacitação para a mudança positiva, na ativação da esperança enquanto dimensão psicológica de ação e no fortalecimento de políticas públicas centradas na coparticipação do cidadão, na mobilização comunitária e na valorização das potencialidades dos territórios e dos seus protagonistas, incluindo os mais vulneráveis. A iniciativa inscreve-se numa lógica de apoio técnico-científico à inovação das práticas de intervenção social municipal, nomeadamente no reforço da qualificação dos profissionais que atuam junto de pessoas em situação de vulnerabilidade.
O projeto “InSERvir” distinguiu-se por uma forte intencionalidade metodológica, baseada em fundamentos interdisciplinares da Psicologia Positiva, do Serviço Social, da abordagem sistémica e da política social crítica. Propôs-se não apenas intervir sobre as práticas existentes, mas cocriar, com os profissionais, um modelo de atuação centrado no reconhecimento das forças já presentes, no desenvolvimento de competências para a esperança e na afirmação de uma cultura organizacional apreciativa, reflexiva e colaborativa.
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