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Hanukkah | Festival das Luzes regressa à Baía de Cascais

Comunidade judaica celebra triunfo da luz sobre a escuridão na Baía de Cascais

A Comunidade Judaica regressou à Baía de Cascais para celebrar o Festival das Luzes num evento aberto a toda a população. Nesta quinta-feira, 2 de dezembro, foi acesa a quinta vela da Menorah, dado que este ano a festividade se celebra de 28 de novembro a 6 de dezembro de 2021 do calendário gregoriano. O Hanukkah tem por lema a esperança, dedicação e partilha. Este já é o nono ano em que a data é celebrada no concelho, incentivando este espirito de partilha com a restante comunidade. Além do executivo a autarquia, a cerimónia contou ainda com a presença do embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira.

Celebrar o Chanukah significa celebrar a vitória da luz sobre a escuridão, fazendo uma metáfora sobre o bem que vence o mal. A celebração da vitória da pureza sobre a degeneração e da espiritualidade sobre o materialismo. Uma data muito importante para a comunidade judaica que tem como lema partilhar a luz com o próximo, dentro do espirito de comunhão e entreajuda de todos por todos.

O Milagre do óleo

A história do Hanukkah remonta ao século II a.C, quando o rei selêucida da Síria, Antíoco IV Epifânio, subiu ao poder e, ao contrário do seu antecessor, bem mais benevolente, proibiu o judaísmo e obrigou os judeus a adorar os deuses gregos. Como nem todos os judeus obedeceram, os soldados sírios entraram em Jerusalém e, além de massacrarem milhares de pessoas, erigiram no Segundo Templo um altar para Zeus, aí sacrificando animais impuros, como porcos.

Em 168 a.C. os judeus rebelaram-se, liderados pelo rabi Matatias e os seus cinco filhos. Quando este morreu, dois anos depois, a revolta passou a ser chefiada pelo filho Judas – que ficou conhecido como Judas Macabeu, ou “o Martelo”, celebrado no século XVIII numa oratória de George Frideric Handel –, que conseguiu expulsar os sírios de Jerusalém, restituir o Segundo Templo e acender a sua menorah (candelabro), cujas velas deviam ser acendidas todas as noites.

A festividade comemora esta vitória e a restituição do Templo, mas não só. Há um milagre envolvido, relatado no Talmud, um dos textos mais importantes do judaísmo, que pode explicar a tradição das velas. Ao que se conta, apenas havia óleo para manter as velas acesas por uma noite, mas, misteriosamente, estas terão ardido ao longo de oito. 

 

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