Milhares na Baía pela Ucrânia

Milhares de pessoas marcaram presença esta noite na Baía de Cascais, vestindo a calçada desde os Paços do Concelho até à Docapesca, de azul e amarelo. A música falou mais alto, promovendo a união dos povos português e ucraniano e elevando a moral em tempo de guerra.

No arranque do concerto “Life Will Win” #stand with Ukraine, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, fez questão de agradecer a todos aqueles que têm ajudado a causa da Ucrânia: “tem sido uma verdadeira prova de cidadania”, disse. “Que a bondade vença a tirania. Que a luz se sobreponha à escuridão. Que a voz da liberdade se oiça bem alto de Cascais para a Europa com a Ucrânia”, reforçou ainda o autarca.

Ucrânia candidata à UE
A emoção subiu de tom, com a audiência ao rubro, elevando-se ainda mais quando Inna Ohnivets, embaixadora da Ucrânia em Portugal, anunciou ter sido concedido à Ucrânia o estatuto de país candidato à entrada na União Europeia. Uma informação revelada por Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, minutos antes do arranque com concerto.

Tudo isto no dia em que Cascais assinou presencialmente o acordo em que passa a ser irmã de Irpin e de Bucha, e em que foi assinado o acordo mediante o qual Cascais vai apoiar Irpin com meio milhão de euros para reconstrução de uma creche.

O concerto contou com a presença de vários artistas ucranianos e ainda com a participação probono de artistas nacionais: The Black Mamba, Tiago Bettencourt, Tomás Wallenstein, Miguel Angelo, Fernando Cunha, Cuca Roseta, João Só, Carolina de Deus, Luís Represas, João Gil, DAMA, Agir e António Manuel Ribeiro.

Recorde-se que Cascais aderiu ao apelo para realizar o concerto final da tournée europeia como um ato de solidariedade para com o povo ucraniano.
Até chegar a Cascais o Life Will Win, que começou na Polónia, passou pela República Checa, Hungria, Áustria, Roménia, Alemanha, Itália e Espanha. Termina agora numa noite para unir todos os europeus e em especial os ucranianos que estão fora do país e arrecadar fundos para apoiar a Ucrânia, que no momento defende não apenas sua liberdade, mas também um futuro seguro, livre e democrático da Europa.  

“A Baía voltou a encher-se depois de dois anos [em que a pandemia nos impediu de realizar as tradicionais Festas do Mar]”, regozijou-se Carlos Carreiras.