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Primeira ETAR 100% autossustentável é em Cascais
















"É mais simples do que parece", afirmou José Sardinha, Presidente Executivo do Conselho de Administração da EPAL, explicando como se desenvolveu o processo. "De um lado, temos consumos. De outro, temos a produção de energia. O que nós fizemos, com base em recursos internos como os nossos trabalhadores e o nosso know-how, foi baixar o consumo energético, otimizando o que já existe e sem fazer investimento significativo." Esse investimento atinge o valor global de 400 mil euros, mas gera uma poupança de consumo na marca do milhão de euros por ano.
A Estação de Tratamento de Águas Residuais mantém a área que afeta, incluindo Cascais, Amadora, Oeiras e Sintra. As instalações da fase líquida da ETAR, continuam a ser integralmente subterrâneas, minimizando os impactos ambientais. "Não aumentámos as instalações, não comprámos novos equipamentos, não importámos nova tecnologia. Olhando para o que existia, interligámos os equipamentos, passámos a geri-los melhor e otimizámos horários de utilização. Conseguimos aumentar a produção de biogás, podendo queimar maior quantidade, gerando mais energia térmica e que reaproveitamos nas horas convenientes, dentro da própria instalação."
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, relembra que o facto de Cascais ter uma ETAR completamente autossustentável "não é uma situação com poucos casos paralelos no mundo, sendo ainda muito raro encontrar soluções com aproveitamento energético acima dos 50%. Como tal, é um motivo de orgulho e satisfação. Demonstra como as competências portuguesas nesta matéria são muito boas."
"É uma bandeira para o país e para Cascais", defendeu José Sardinha.