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Renaturalização das ribeiras evitaram maiores efeitos das cheias

Já foram retirados da Ribeira das Vinhas 15 camiões de lixo e entulhos.

Foi este executivo municipal que começou há anos a tratar de forma séria e programada o problema decorrente da não drenagem de águas pluviais que dão origem às cheias, afirmou a vereadora Joana Balsemão, na reunião de Câmara realizada no dia 23 de fevereiro, referindo-se à situação que se viveu na baixa de Cascais, no passado sábado, 

Antes da vereadora já Carlos Carreiras respondendo a questões levantadas por alguns vereadores tinha esclarecido as ocorrências do último fim de semana, cujas consequências não se revelaram mais gravosas também devido à prontidão das atuações conjugadas dos trabalhadores municipais, da proteção civil e dos bombeiros.

O presidente salientou que de há 7 anos até agora este executivo tem desenvolvido intervenções de requalificação e renaturalização das ribeiras do concelho de forma a permitir o alargamento dos espaços verdes e sobretudo aumentar a permeabilização dos solos de forma a minorar os efeitos das cheias. O trabalho na ribeira das Vinhas, cuja segunda fase se irá iniciarem breve, é um exemplo disso concluiu o autarca.

Carlos Carreiras salientou que “não foi este executivo que licenciou construções como o edifício S. José, do Hotel Baía, cujas construções são anteriores às cheias de novembro de 1983, mas principalmente da construção, já depois daquelas cheias, do edifício do Cascais Villa”.

O autarca acrescentou inclusivamente que no parque de estacionamento previsto para aquela superfície comercial foi construído um depósito de contenção das águas da ribeira, que é um fator determinante para o agravamento de cheias.

Carlos Carreiras reafirmou igualmente que, no passado sábado, no período entre as 11h30 e as 13 horas, houve uma incidência de pluviosidade centralizada naquele período temporal e em área urbana que foi superior à verificada em novembro de 1983.

O presidente de Câmara foi incisivo ao responder a algumas críticas sobre as cheias do passado sábado que “tentam sem êxito mentir, mentir, mentir… na esperança que esta seja aceite como verdade”.

Não obstante estes esclarecimentos, a vereadora Joana Balsemão traçou detalhadamente o trabalho efetuado por este executivo no sentido de minorar os efeitos de cheias devido a entubamentos de ribeiras e de construções sobre linhas de água concretizados por algumas vereações anteriores à atual maioria, salientando de forma perentória “que não há duvida que a construção do Cascais Villa contribui em muito para o agravamento desta situação”.

A vereadora com o pelouro do ambiente salientou o trabalho já realizado por este executivo, ao longo de 4 quilómetros da Ribeira das Vinhas e exemplificou, entre outras situações, que foram removidos, neste troço, 15 camiões de lixo e entulho.

Numa análise muito circunstanciada Joana Balsemão referiu que a ribeira das Vinhas corre, em parte dentro de malha urbana e que foi entubada o que dificulta intervenções, mas mesmo assim há todo um trabalho a montante da malha urbana, nesta como noutras ribeiras, de alargamento de margens com remoção de entulhos como forma de permitir a permeabilização dos solos adjacentes bem como a criação de bacias de retenção.

A Câmara está em conjunto com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a implementar o revestimento da tubagem da ribeira das Vinhas com materiais absorventes, um investimento de elevados montantes para o qual o município em conjunto com a APA quer garantir financiamentos dos fundos europeus.

A terminar Joana Balsemão salientou que este executivo “leva muito a sério” a requalificação e renaturalização das ribeiras apontando os exemplos de intervenções nas ribeiras de Sassoeiros e Caparide, que refletem uma política de combate às alterações climáticas, com a renovação e renaturalização destes espaços com capacidade de drenagem e de valorização da biodiversidade “cientes que a criação de corredores ecológicos são também um fator de minimização dos efeitos das cheias”.

Sobre esta situação, o vereador João Aníbal Henriques, que vivenciou de forma dramática as cheias de 1983, estabeleceu o paralelo com a situação vivida naquele ano, ressaltando a agora pronta intervenção da autarquia no local para evitar situações mais graves, corroborando os alertas do presidente da Câmara, com base nas informações prestadas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que apontavam para a noite de sábado passado a possibilidade de um agravamento da pluviosidade em coincidência com a preia-mar. Esses alertas permitiram que os particulares e comerciantes ocorressem de forma célere a salvaguardar os seus pertences, caso a situação se agravasse.

APOIO AOS COMERCIANTES

O despacho assinado por Carlos Carreiras, logo no próprio domingo motivou um esclarecimento do presidente. Esta medida que atribui uma verba de 100 mil euros para os estragos causados nos estabelecimentos da zona inundada teve a finalidade também de dar, de imediato, um sinal de esperança e de segurança aos que viram os seus valores estragados.

Na segunda-feira seguinte, o vereador Nuno Piteira Lopes reuniu, de manhã, com os comerciantes locais para proceder a uma avaliação dos prejuízos, o que levou Carlos Carreiras a garantir, na reunião de Câmara que, “ao contrário de outras entidades que só anunciam apoios para depois não os concretizarem, ou os concretizarem muito tarde, nós em Cascais agimos”.

CASAL SALOIO

O projeto de recuperação do Casal Saloio foi aprovado por unanimidade nesta reunião de Câmara. O Casal Saloio é um dos mais antigos vestígios da arquitetura rural do concelho de Cascais. Muito embora seja quase impossível determinar com exatidão a data precisa da sua construção, a volumetria simples que apresenta, bem como o seu característico enquadramento espacial, e a própria forma interna, aparentam a consolidação de uma sobreposição de ocupações, de onde se destaca, pela presença do pátio retirado e pelo recolhimento da sua colocação, os elementos básicos da presença muçulmana.

Foi por ação deste executivo que esta antiga aspiração do concelho conseguiu dar passos significativos com vista à valorização deste património emblemático de Cascais.

 

 

Cascais Digital

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