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Nova direção regional do CNE toma posse em Cascais






João Oliveira Esteves é o novo chefe Regional do CNE e tomou posse do cargo na tarde domingo numa cerimónia realizada no Forte de Santo António da Barra, na presença do presidente da Câmara Municipal de Cascais e do Chefe Nacional do CNE, Ivo Oliveira.
Carlos Carreiras disse ser “uma honra e um gosto” receber no Forte de Santo António da Barra a tomada de posse desta nova direção regional do CNE, lançando um desafio aos dirigentes presentes: “gostava que dentro das várias atividades que a Junta Regional ou a Junta Nacional do CNE possam vir a desenvolver, termos aqui, nas zonas verdes envolventes do forte, um acampamento da CNE”. O autarca disse ainda que “a programação da Capital Europeia da Juventude foi de alguma inspirada nos valores de Baden Powel” e garantiu que a Câmara Municipal de Cascais vai continuar totalmente disponível”.
Procedeu-se de seguida à bênção da nova direção pelo padre Jorge Sobreiro.
Amostra de Cerveja Checa em Cascais









“Decidimos apresentar a cultura da cerveja checa em Cascais porque hoje em dia a cerveja começa cada vez mais a ser uma das bebidas prediletas dos portugueses”, disse Petr Šelepa, embaixador da República Checa em Portugal.
Cascais é o local especial e ideal para promover a cerveja checa em Portugal, disse o embaixador checo, agradecendo o apoio da autarquia neste evento. Petr Šelepa lembrou que, no seu país, há “em cada cidade e mesmo nas aldeias cervejeiras novas artesanais muito boas” e que esta amostra tem o propósito de aproveitar uma certa abertura de Portugal à cerveja, apesar dos bons vinhos que produz: “Os brancos também, mas sobretudo os vinhos tintos portugueses são dos melhores do mundo” disse o embaixador checo. HC
Cascais é o berço das vitórias do ténis português através de João Sousa
Tratou-se de uma final emotiva e onde João Sousa de forma inteligente e precisa colocou o norte-americano Frances Tiafoe sob enorme pressão, ganhando com autoridade o título pelos parciais de 6-4 e 6-4, ao fim de uma hora e 19 minutos.
Cantou-se antes e depois do encontro o Hino Nacional e João Sousa chorou emocionado para dedicar o terceiro título da carreira à sua mãe, Adelaide, num dia muito especial por ser precisamente o Dia da Mãe, e não esqueceu os familiares e amigos que sempre o apoiaram nas horas difíceis.
Confirmando os seus sonhos de criança de que um dia gostaria de vencer uma grande prova em Portugal, João Sousa esteve à altura e nunca comprometeu a tendência do encontro perante um opositor bem mais novo 9 anos e que mostrou boas credenciais.
Esta versão melhorada dos parâmetros de jogo de João Sousa traduziu-se numa semana inesquecível com a reentrada no top 50 mundial e não faltam motivos de satisfação para acreditar em novos triunfos do vimaranense esta temporada.
Cascais, que é justamente considerado o berço do ténis português, viu nascer o mais recente campeão, que voltou a beijar o chão e a deixar-se envolver pela bandeira portuguesa na cerimónia oficial, recebendo o troféu de vencedor das mãos do Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.
Texto de Norberto Santos
Foto de Luís Bento
Cascais é terra prometida
Num duelo bastante intenso e de excelente qualidade técnica, João Sousa valeu-se da experiência para nos momentos certos não baixar os braços e, por vezes, até aumentar a intensidade indo à procura do ponto e da vitória.
Foi um belo encontro presenciado por Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, entidade que apoia o torneio, e de Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República. Ambos vibraram com a alma do campeão português, que no final disse não encontrar palavras para exprimir a sua satisfação, após derrotar um opositor que lhe deu bastante réplica e que pode ir muito longe. Com 19 anos, Stefanos Tsitsipas tem condições para terminar no top 30 esta temporada.
Quando se esperava um duelo com o campeão em título, eis que o espanhol Pablo Carreño Busta deitou por terra as aspirações de levar um segundo troféu para casa. Desta feita, não vai haver uma final entre dois amigos, uma vez que o jovem norte-americano Frances Tiafoe, de 20 anos e atual 64º mundial, pretende alcançar o segundo título em 2018, após ter ganho em Delray Beach, nos EUA.
Para João Sousa, de 29 anos e 68º mundial, trata-se da 10ª final em torneios do ATP Tour, sendo que todas elas foram em países diferentes. O significado de ter beijado o chão pode deixar antever algo de muito positivo para a final no domingo, a partir das 15h30 no Clube de Ténis do Estoril.
Texto de Norberto Santos
Foto de João Lamares
O melhor arranque de João Sousa
Para este passo de gigante, o que acontece pela primeira vez em quatro edições da prova no Clube de Ténis do Estoril, João Sousa afastou esta tarde nos quartos-de-final o nº 1 inglês Kyle Edmund, de 23 anos e nº 23 na lista ATP, por 6-3, 1-6 e 6-0, dando uma sensação de pujança e confiança que deixa antever boas indicações para a meia-final no sábado, a partir das 15 horas, no campo central, frente ao gregpo Stefanos Tsitipas, de 19 anos e nº 44 mundial.
É o melhor arranque de temporada de sempre para João Sousa, de 29 anos e nº 64 mundial, que há um menos de um mês também chegou às meias-finais em Marraquexe. E a vitória frente a Kyle Edmund é o seu melhor registo em torneios em Portugal.
Aguerrido e lutando a cada ponto, João Sousa acrescentou a estes predicados uma calma para em situações adversas mostrar-se humilde, sabendo que tinha soluções para derrotar o adversário.
Foi dos tais jogos que também foram ganhos com a cabeça, respeitando as regras básicas do ténis: controlar o jogo e manter o oponente sob pressão.
O duelo com Tsitsipas, que entrou esta temporada no top 50 mundial, pode ser encarado como um confronto de gerações. Quando o grego nasceu João Sousa tinha 9 anos e praticava ténis há dois anos em Guimarães ao mesmo tempo que jogava futebol nos Sandinenses. Amanhã vão medir forças pela primeira vez e a sorte pode acompanhar o português rumo à final do Millennium Estoril Open, repetindo o feito de Frederico Gil em 2010, no Jamor.
Texto de Norberto Santos
Foto de João Lamares
A vez de João Sousa
A confiança de João Sousa é notória, após ter ultrapassado duas rondas, sendo posto à prova até aos limites no duelo com Pedro Sousa na última quarta-feira.
Em termos físicos esse despique de duas horas e 23 minutos não ofereceu qualquer desgaste físico visível, mas foi sobretudo no aspeto mental que o atual campeão de Portugal viu reforçado os níveis de confiança para a abordagem ao importante jogo de sexta-feira.
Kyle Edmund, de 23 anos e nº 23 mundial, até tem melhor ranking que João Sousa, que aos 29 anos se encontra na 68ª posição. Nestes casos e como estão empatados (1-1) em confrontos diretos, a chave do sucesso passa pela adaptação ao próprio jogo e às condições do campo central no Clube de Ténis do Estoril.
A coragem que o português tem demonstrado ao longo da semana leva-nos a dizer que tem muitas possibilidades de continuar em prova.
Na jornada de hoje, os portugueses competiram apenas em pares. Gastão Elias e Pedro Sousa perderam para Wesley Koolhof e Artem Sitak, vencedores por 7-6 (2), 4-6 e 10-8, mas, ao final do dia, João Sousa e o argentino Leonardo Mayer bateram os holandeses Robin Haase e Matwe Middelkoop, por 6-2 e 6-4.
Texto de Norberto Santos
Foto de João Lamares
João Sousa de recorde em recorde











Neste evento apoiado pela Câmara Municipal de Cascais, João Sousa e Pedro Sousa deram um verdadeiro espetáculo de quase duas horas e meia, permanecendo sempre a indecisão. Quando João Sousa parecia estar por cima, era a vez de Pedro Sousa ripostar e o inverso também sucedeu muitas vezes.
Foi uma bela jornada de propaganda para a modalidade e foi pena que um tivesse de ficar pelo caminho. A presença portuguesa em singulares fica resumida a João Sousa que nesta quarta edição da prova vai de recorde em recorde, sendo inédita a presença nos quartos-de-final desde que o torneio se disputa no Clube de Ténis do Estoril.
João Sousa, 68º mundial, volta a entrar em ação na próxima sexta-feira, agora frente ao britânico Kyle Edmund, 23º na lista ATP, que, por seu lado, afastou o australiano Alex de Minaur, por 6-2 e 7-5. Recorde-se que na edição do ano passado, João Domingues afastou Kyle Edmund.
Na variante de pares, João Sousa ganhou o seu encontro ao lado do argentino Leonardo Mayer, derrotando o uruguaio Ariel Behar e o mexicano Reyes-Varela, por 6-4 e 7-6 (4).
A jornada de quinta-feira e no que se refere à presença portuguesa estão programados dois jogos de pares: ao princípio da tarde, Gastão Elias e Pedro Sousa defrontam os holandeses Wesley Koolhof e Artem Sitac e a encerrar o dia João Sousa e Leonardo Mayer medem forças com os holandeses Robin Haase e Matwe Middelkoop.
Texto de Norberto Santos
Miguel Arruda
O talento do arquiteto Miguel Arruda não é fácil de definir, pois move-se com o mesmo à vontade na arquitetura, na escultura e no design. Mas, é nesta última vertente que o seu reconhecimento internacional tem sido um crescendo, com a atribuição, nos últimos anos, dos mais importantes prémios internacionais de design. Entre outros, destaque para os notáveis trabalhos de recuperação do azulejo português e utilização da cortiça, em conjunto com inovadoras soluções de iluminação, criações únicas que se contam entre as mais premiadas. Dos últimos trabalhos distinguidos, refira-se a linha de iluminação SUN TILE, por si desenhada e produzida pela portuguesa Exporlux, que venceu o RED DOT Design Award 2017, uma espécie de “Oscar” do mundo do design. Para além disso, a linha de iluminação foi também premiada com o SILVER A’DESIGN Award, na categoria de Design de Projetos de Iluminação e Produtos de Iluminação pela International Design Academy. Mas, já em 2016, a cadeira Spherical, produzida em cortiça pela empresa portuguesa Movecho, tinha sido distinguida com o Red Dot Award que concorreu com cerca de 5.200 produtos de 57 países, onde são analisados fatores como o nível de inovação, a qualidade formal, a funcionalidade e compatibilidade ecológica. Em Cascais, Miguel Arruda tem agora o desafio de transformar o icónico Edifício Cruzeiro numa nova Academia de Artes. Outro dos projetos que trás para Cascais e Estoril é o Cascais School of Arts and Design, uma escola de design que vai nascer no antigo mercado municipal.
Arquiteto, escultor e designer. Como é que essas áreas se intersetam e qual a predominante?
A maneira, justamente, como essas áreas se intersetam impossibilita uma predominância e essa ausência de predominância é um fator muito importante no meu trabalho. A escultura como matriz formal é um ponto de partida com uma importância muito especial, depois as funcionalidades têm uma primeira confrontação com o design. A arquitetura, como premissa de definição de um espaço interno, segundo a definição de Bruno Zevi, depende num primeiro momento, em termos formais, do elemento escultórico. Pelo que não há qualquer tipo de predominância nessas áreas. Se estou a fazer escultura trago sempre elementos de outras formas de expressão. A maneira como depois o trabalho se focaliza, isso sim tem a ver com a resposta final, ou seja, se é arquitetura, escultura ou design.
É por isso que nessas formas de expressão e, nomeadamente, na arquitetura, o espaço interior tem tanto protagonismo na sua obra?
Estou a lembrar-me da escultura habitável, um dos seus trabalhos mais icónicos. Sim. O espaço interno é uma característica imprescindível na arquitetura, diria mesmo que é característico da arquitetura a definição desse espaço interno (mais uma vez a definição de Bruno Zevi).
Tem tido uma grande projeção internacional ao longo da sua carreira, com a atribuição de vários prémios, dos mais importantes que são atribuídos no mundo do design. Sendo português e a viver no Estoril, como é que vê essa situação?
Obviamente que me deu muita satisfação receber esses prémios, nestes últimos anos. Por um lado a nível pessoal, por outro lado porque esses prémios são, normalmente, atribuídos a países com empresas (produtoras) de uma grande dimensão financeira.
Até porque para quem dá os prémios é importante dá-los a estruturas que depois tenham capacidade de divulgação. Ora, isto não acontece em Portugal, onde as empresas não têm essa dimensão, nem estão preparadas para esse tipo de investimento. Devo dizer que as empresas portuguesas que estão a trabalhar comigo dão o seu melhor e o resultado disso é o estarmos a ganhar de facto tantos prémios.
Das suas obras em Portugal, qual as que destaca pelas suas particularidades e as que lhe trouxeram mais satisfação como artista?
Há duas que destaco: Uma aqui em Cascais que é a Praça D. Diogo Menezes que foi nomeada para o Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia - Mies van der Rohe 2011 (Um dos prémios de eleição para a arquitetura a nível europeu e que nesse ano nomeou também em Cascais, a Casa das Histórias Paula Rego, de Souto Moura). A outra é a Biblioteca de Vila Franca de Xira, na antiga fábrica de Descasque do Arroz e que ganhou o Ícone da arquitetura alemã em 2016. São duas obras que têm tido grande aceitação internacional.
Em Cascais tem mais algum projeto que queira destacar na área da recuperação do património?
Sim, tenho um projeto que foi agora aprovado que é a recuperação de dois pequenos edifícios no centro da vila, em que vamos construir no casco histórico um edifício contemporâneo. Há semelhança do que acontece nas grandes capitais europeias, vamos estabelecer um diálogo entre a contemporaneidade e o passado. Esta é a aposta do proprietário e também da Câmara de Cascais que aceitou o desafio.
Cascais está a respeitar esse diálogo entre o contemporâneo e o passado?
No que diz respeito ao património material, está-se a tomar os devidos cuidados de preservação daquelas peças que são fundamentais para a identidade e caracterização de Cascais. Em termos de intervenções contemporâneas tem-se feito coisas de diversa escala. É muito importante que se tenha uma atitude contemporânea para contrapor e dialogar com o passado. Aqui em Cascais temos do passado coisas muito interessantes: uma obra significativa do Arquiteto Raul Lino que são peças muito especiais que têm de ser conservadas tal como foram criadas. Temos obras extraordinárias da arquitetura modernista como o edifício dos Correios do Estoril (Museu dos Exílios) de Adelino Nunes que é uma peça fabulosa; A nível de arquitetura de moradias também existem coisas muito interessantes dos anos 60 e 70. Destaque também para o grande arquiteto Ruy Athouguia, é dele por exemplo, a Torre do Infante quando se vai de Cascais para o Guincho. Mais recentemente, não posso deixar de destacar a Casa das Histórias Paula Rego de Eduardo Souto Moura que é um bom exemplo de perfeita integração no espaço exterior. Portanto, Cascais começa a dispor de património contemporâneo muito importante.
Foi convidado para o projeto de recuperação do Edifício do Cruzeiro que é uma das construções icónicas do concelho e que vai ser um centro de artes performativas e multimédia. Fale-nos um pouco desse projeto.
O Cruzeiro é uma boa oportunidade de intervenção na área da recuperação, em que vai ser mantido totalmente as características exteriores do edifício. O que é muito importante nesse edifício é o conceito que a Câmara de Cascais propôs em termos culturais. Aquele que era um centro comercial dos anos 50 vai agora ter nova vida como centro de artes performativas e multimédia, com um auditório, uma Escola de Música e de Teatro, uma biblioteca entre outras valias. Trata-se, assim, da recuperação de um edifício com a preocupação de o implementar culturalmente, o que é extremamente importante para a comunidade e vai revitalizar, significativamente, aquela zona do Estoril, dando origem a um repovoamento necessário num espaço que está um pouco deteriorado. É um desafio muito interessante porque temos que adaptar o espaço às suas novas funcionalidades de uma forma contemporânea e tecnológica, de acordo com as novas formas de estar dentro dos espaços.
Cascais também é muito rico em património imaterial. Acha que está a ser dada a devida atenção à sua preservação?
É verdade, Cascais tem um património imaterial significativo que tem sido cuidado, mas tem que vir a ser objeto de uma atividade de recuperação constante. Acho que tem havido um olhar bastante atento e critico nesse sentido que aliás é fundamental em termos turísticos.
Cascais com a sua realidade paisagística, o seu passado histórico ao nível não só da arquitetura, mas também ao nível social e cultural, tem todas as condições para reafirmar esse passado num diálogo muito muito intencional com a contemporaneidade. Esse passado obriga a um registo contemporâneo muito afirmativo e permite que justamente que a arquitetura contemporânea dialogue com esse passado. Só assim é possível marcar uma atitude cultural contemporânea e evoluída ao nível do que melhor se faz no estrangeiro.
Sei que está ligado ao projeto de uma nova escola de Design em Cascais. Pode falar-nos um pouco desse projeto?
É um projeto muito interessante que será designado por Cascais School of Arts and Design que irá ser localizado no antigo Mercado Municipal do Monte Estoril, justamente junto ao Edifício do Cruzeiro. Será, assim, constituído um polo muito interessante e poderoso com a Escola de Música a Academia das Artes, no Edifício o Cruzeiro. Mais em cima há também o Museu Casa Verdades Faria.
Pode falar-nos mais um pouco sobre a futura Escola de Design?
É uma escola particular que se vai dedicar numa primeira fase ao Design nas suas várias vertentes, como sejam o Design de Comunicação, Design de Interiores, Design Multimédia e que vai ter condições para desempenhar um papel importante sob o ponto de vista educacional e cultural que vem na sequência da aposta que a Câmara de Cascais tem vindo a fazer nestas áreas, como seja a Nova SBE, em Carcavelos, entre outras.
Com os dois projetos na forja já referidos para Cascais – A recuperação do Edifício Cruzeiro para uma Academia de Artes e a nova escola de design no antigo mercado municipal do Estoril estão indubitavelmente ligados à vida cultural cascalense. Como avalia o que se tem feito no concelho a esse nível?
Não posso deixar de referir a criação do conceito Bairro dos Museus que está prestes a receber dois novos equipamentos culturais debaixo de um dos espaços que recuperei em 2008, a praça D. Diogo de Menezes. Nomeadamente, no espaço livre que reservei no parque de estacionamento da Marina e que era para ser uma área comercial que nunca foi aproveitada. São eles o Museu Automóvel e o Museu do Vhils que é dos mais reconhecidos criadores de arte urbana. O Bairro dos Museus representa, assim, uma atitude urbana extremamente importante porque através de um conceito de unificação dá-lhe escala interventiva aos equipamentos culturais. Todas estas iniciativas que a Câmara de Cascais está a tomar de uma forma, em certos aspetos, única, é muito importante no panorama cultural do concelho.
C 89 - outubro de 2017
Preparação para as Conferências do Estoril com foco na migração
Dando as boas-vindas a oradores e público, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, destacou a força do legado do concelho no que toca à migração. "Cascais é um ponto de encontro de culturas e de povos", constatou o edil. "Nunca saímos da rota das migrações internas e externas: na 2ª Guerra Mundial, acolhemos cidadãos em fuga; durante os anos da ditadura, os portugueses procuraram abrigo em Cascais, especialmente os provenientes do Alentejo; e acolhemos estrangeiros à procura de qualidade de vida. É por isso, que Cascais é um dos locais mais multiculturais do país."
Carreiras descreveu também os princípios que regem a autarquia no que respeita a este tema: "acreditamos numa humanidade comum e reconhecemos que a interdependencia dos povos é um fenómeno positivo." O presidente da Câmara defendeu ainda que "vivemos num tempo onde os principais pilares do Ocidente estão em descrédito: a ideia de democracia liberal, de mercado livre e de segurança internacional, que tem sido mantida pelos Estados Unidos da América. Esta é uma era política de medo, que provoca isolamento e preconceito. É necessário evitar a tendência de uma narrativa de choque. Para combatermos estes efeitos, temos de incluir na agenda o aumento de emprego, maior segurança interna e apostar na educação, não cedendo ao populismo."
O primeiro painel do dia foi dedicado à componente de política local, sob o tema "Estratégias Colaborativas Locais para a Integração de Emigrantes". Frederico Pinho de Almeida, vereador da Ação Social da Câmara de Cascais, explicou que o município "é o terceiro, em Portugal, com maior população estrangeira, com 20243 cidadãos estrangeiros, num total de 206479. Em Cascais, há quase 130 nacionalidades diferentes. Isto demonstra uma cultura de bom acolhimento." O executivo pretende manter essa cultura através do Plano Municipal de Integração dos Imigrantes em Cascais que se encontra em vigor, assente "na integração e coesão, na capitalização da criatividade e do conhecimento, na atratividade e na valorização da diversidade."
Seguiu-se o painel "Integração de Imigrantes: Políticas Nacionais e os Processos de Governança Locais", no qual se debateram as dificuldades no processo de acolhimento de cidadãos migrantes. Teresa Tito de Morais, presidente do Conselho Português para os Refugiados, defendeu a importância de "proporcionar oportunidades aos refugiados, que lhes permitam refazer a vida, prejudicada por cenários de guerra sobre os quais a comunidade internacional tem, frequentemente, responsabilidade. É preciso evitar a proliferação destas situações no mundo, enquanto observamos que a questão da Síria não tem fim à vista. É também necessário criar corredores humanitários que facilitem a chegada de pessoas que estão em risco, para que estas possam ser acolhidas com dignidade. Existem processos burocráticos que são limitativos e que têm de ser limados."
Cláudia Pires, do Alto Comissariado para as Migrações, explicitou as prioridades do plano estratégico existente para as migrações, como "a integração dos refugiados, a aprendizagem da língua portuguesa e o apoio do empreendedorismo do cidadão recentemente chegado. Existem situações previstas na lei, que as instituições desconhecem e que procuramos difundir."
Duarte Pitta Ferraz, professor universitário e administrador de bancos e empresas, referiu a componente económica da integração de cidadãos: "pedir um cartão de crédito é muito difícil para um emigrante. Sou exemplo disso. Mesmo com ordenado elevado, nos Estados Unidos da América não me deram acesso a crédito. Citaram a razão de não me conhecer. A barreira da banca é francamente limitativa à participação da pessoa na sociedade. Sou muito crítico de se ficar apenas pela integração social, porque a literacia financeira é um passo essencial."
Preços reduzem com integração de operadores no Mobi Cascais






Numa apresentação do plano aos órgãos de comunicação social na plataforma de comboios do Cais do Sodré, em Lisboa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais expressou grande orgulho e satisfação no acordo que se conseguiu estabelecer entre as entidades. Prosseguiu, explicando as alterações ao preço dos passes a partir de dia 1 de fevereiro:
- quanto ao serviço rodoviário Buscas, haverá uma redução de 26% no preço, de €27,10 para €20
- com Buscas, estacionamento perto das estações ferroviárias e bike sharing, a redução é de 16%, de €41,70 para €35
- com Buscas e comboio, o passe combinado reduz em 16%, de €75,10 para €63,40
- com estacionamento e comboio, o preço reduz 20%, de €60,40 para €48,40
- e o passe incluindo estacionamento em Carcavelos e comboio até Lisboa, passa de €56,80 para €49,80, passando a incluir também estacionamento em São Domingos de Rana, Mobi Bus, comboio até Lisboa, bike sharing e descontos em supermercado
Pinto Luz indicou que Cascais pretende uma integração da mobilidade, com aplicação Mobi Cascais a ser o "centro nevrálgico de toda a inteligência e informação relativa aos transportes." Pretende-se que o plano, através da aplicação em open data, seja simples, que chegue facilmente aos munícipes, seja utilizado pela crescente comunidade estudantil, venha a integrar ainda mais operadores de transportes e servir de exemplo às áreas limítrofes. "Quanto mais concelhos adoptarem estes instrumentos, mais todos temos a ganhar", defendeu o vice-presidente.
"Os números indicam que os esforços feitos nos últimos anos estão a dar frutos", indicou Manuel Queiró, presidente da CP. "Houve um aumento de 3% na transformação de passageiros de comboio em 2015. E a intermodalidade, em que o Mobi Cascais pretende apostar, é uma das formas de trazer os utilizadores das estradas, para os comboios."
Um aumento que, para Carlos Carreiras, presidente da Câmara, "com todo o respeito, é pouco. A aposta na Linha de Cascais tem de ser ainda maior." O município assumiu-se, em 2016, como Autoridade de Transportes Municipal, o que Carreiras afirmou estar convencido desta ter sido "a decisão era correcta, o que hoje fica provado. Foi possível ter uma excelente relação com a Scotturb e ter abertura da CP. E permitiu, também, aumentar a lotação de estacionamento próximo das estações de comboio, como em São João do Estoril e numa via junto à Rebelva."
Por fim, o presidente da Câmara de Cascais referiu que "a viagem de comboio é lindíssima, pontual, confortável e tem muitos turistas. Falta apenas trazer mais gente. Todos concordamos em querer garantir a poupanças de tempo e de dinheiro."
Saiba mais aqui.
Pacotes de Mobilidade - MobiCascais | Para tirar partido destes produtos deve estar registado em www.mobicascais.pt. Compre o passe e ligue 21 464 77 67 para se registar ou ativar o seu registo.
Valores Mensais:
MobiCascais.busCas.CP | BusCas + Parque Praça de Touros + biCas (30 min/dia) + Comboio = 43,60€ (1 zona) | 45,40€ (2 zonas) | 56,80€ (3 zonas) | 63,40€ (4 zonas)
MobiCascais.busCas.SDR.CP | BusCas SDR (E. Leclerc-Carcavelos Estação) + Parque E. Leclerc + biCas (30 min/dia) + Comboio = 36,60€ (1 zona) | 38,40€ (2 zonas) | 49,80€ (3 zonas)
Mobi Parc CP | Estacionamento Mobi Cascais + biCas + Comboio = 31,60€ (1 zona) | 33,40€ (2 zonas) | 44,80€ (3 zonas) | 51,40€ (4 zonas)
MobiCascais.CP | Estacionamento Mobi Cascais + Comboio = 28,60€ (1 zona) | 30,40€ (2 zonas) | 41,80€ (3 zonas) | 48,40€ (4 zonas) (Nota: para adquirir este produto deve primeiro registar-se em www.paysimplex.com)
- BusCas + Parque de Estacionamento Praça de Touros + biCas (30 min/dia) = 20,00€
- BusCas.SDR (E. Leclerc-Carcavelos Estação) + Parque de Estacionamento E. Leclerc + biCas (30 min/dia) = 20,00€
- BusCas + Estacionamento Mobi Cascais + biCas (horário completo das 8h00 às 20h00) = 35,00€
Valores por viagem:
- BusCas = 1,00 €
- BusCas SDR (E. Leclerc-Carcavelos Estação) = 1,00 €
Onde adquirir? Estações de Comboio da Linha de Cascais e Terminal Scotturb CascaisVilla.
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