Está aqui
Inauguração da Vinha e Horta Comunitária do Murtal






















O projeto das hortas comunitárias, e agora também vinhas, têm tido uma grande adesão por parte dos munícipes que reconhecem nestes espaços uma oportunidade para que diferentes gerações convivam, onde os mais velhos transmitem conhecimentos aos mais novos e para que estes possam dar mais valor à terra e ao ambiente. Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, afirmou que “ As hortas comunitárias são um ponto de encontro, de partilha, solidariedade, de troca de experiências e emoções que é aquilo que compõe toda uma comunidade”.
Já são cerca de 440 talhões atribuídos em hortas comunitárias e 30 lotes de vinha no Concelho, mas a lista de inscritos não para de crescer e são hoje mais de 1400 em lista de espera. Por isso a Câmara Municipal de Cascais já projeta comprar mais terreno para satisfazer as necessidades “ Quanto mais entregamos mais a lista de espera aumenta” informou Carlos Carreiras, adiantando que está planeado adquirir o Convento de Santa Maria do Mar, no Arneiro, com cinco hectares de vinha.
“ Estas iniciativas são excelentes” referiu Teresa Ribeiro, a arquiteta responsável por este projeto no Murtal, acrescentando que: “ estimulam muito a criação de micro-comunidades porque as pessoas conhecem-se neste espaço, tornam-se cúmplices e entreajudam-se, o que é muito benéfico em termos sociais”.
Os muitos moradores do Murtal presentes, mostraram-se visivelmente satisfeitos com este ganho para a comunidade: “Sou reformado e não tinha nada que fazer por isso é muito bom ter para onde vir” exclamou José Pires, um dos munícipes a quem foi atribuído um talhão.
“É uma excelente iniciativa do município e enquanto houver espaço para fazer deve continuar a ser feito” disse Patrícia Santos a quem lhe foi atribuído uma parcela de vinha. “Vêm os avós, filhos, os netos, sobrinhos, primos, toda a gente para aprenderem com os mais velhos”, acrescentou.
A Sandra Bernardo também lhe calhou hoje um talhão na horta comunitária. Arquiteta paisagista de formação, mas um pouco afastada da sua formação académica, vê agora oportunidade de se voltar a dedicar ao que tanto gosta, para além disso refere: “ é muito bonito ver tanta gente jovem, em conjunto com gente mais velha, a voltarem a trabalhar a terra”.