No âmbito do projeto “Surf Social Wave”, cerca de 12 formandos do curso do Instituto do Emprego e Formação profissional (IEFP) de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva visitaram a Xhapeland, uma fábrica de pranchas de surf, instalada na DNA Cascais.
O projeto “Surf Social Wave” promove a inclusão de crianças, jovens e adultos através da prática de surf e do acesso às profissões que compõem o ecossistema do surf.
O curso foi criado em novembro de 2017, com 22 participantes do concelho de Cascais com idades compreendidas entre os 18 e os 63 anos, inscritos no centro de emprego do IEFP de Cascais, que abraçaram este desafio de através de uma formação certificada, poderem explorar o ecossistema de profissões ligadas ao Surf.
O projeto “Surf Social Wave” tem dois pressupostos fundamentais: “ O primeiro tem a ver com aquilo que os surfistas aprendem enquanto surfistas e que depois conseguem transferir para a sua vida pessoal e profissional”, disse António Pedro, formador e criador do projeto. O segundo “ tem a ver com o crescimento recente do surf, e de tudo aquilo que gira à volta do mesmo. Hoje temos um ecossistema gigante de profissões à volta do surf, que representa uma oportunidade para uma série de pessoas”, acrescentou.
Este projeto-piloto começou a ser executado através do surf, com crianças, adolescentes e adultos. Para cada um dos grupos abrangidos pelo projeto a abordagem é diferente. “ Nas crianças trabalhamos a autoestima, resiliência, melhoria do desempenho escolar e comportamental, através das aulas de surf. Nos jovens, para além destes aspetos, começamos a introduzir as profissões em torno do surf. No final, estes jovens podem ter uma experiência profissional de duas ou três semanas numa empresa”, referiu António Pedro. Quanto aos adultos, o programa é mais complexo, têm um curso do IFEP, aulas de surf e de coach, para melhorarem as suas valências. Vão conhecendo as várias profissões à volta do surf e, no final do curso, têm a possibilidade de obter um estágio profissional na área que escolham, concluiu António Pedro.
Fábio e Sara, inscritos neste curso, ambos ligados ao desporto, curiosos e interessados, faziam perguntas durante à visita à Xapeland. Para Fábio, “este curso despertou logo” o seu interesse.
“Sempre estive ligado ao desporto, joguei futebol, fui treinador. Tem sido muito enriquecedor. Além do conhecimento adquirido, conhecemos outras pessoas e outras realidades, o que nos torna melhores a nível pessoal”, sublinhou.
“A experiência tem sido espetacular”, considerou, por seu lado, a ex-bailarina Sara, que não escondia o entusiasmo no final da visita. “O curso tem sido muito dinâmico. Vim para angariar ferramentas para a gestão de algo na área do desporto”, explicou.
A Xhapeland é uma fábrica de pranchas de surf, que existe há cerca de 4 anos, apoiada pela DNA Cascais. “A nossa fábrica produz várias marcas para toda a Europa. O nosso volume de negócios tem aumentado bastante e em 2018 contamos vender cerca de 2 mil pranchas, referiu Hermano Cardoso de Menezes gerente da Xhapeland. AQ