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Campanha "Na Páscoa, quem paga é o mexilhão!"

Desde 2010 que a Câmara Municipal de Cascais promove a campanha "Na Páscoa, quem paga é o mexilhão", com o apoio da Polícia Municipal e da Capitania de Cascais. Esta iniciativa consiste numa campanha de informação e sensibilização para as consequências nefastas da apanha descontrolada desta espécie.
Em causa está o cumprimento da legislação que estipula que cada pessoa recolha até um máximo de 3 kg de mexilhão, sendo apenas autorizada a apanha de espécimes com um tamanho mínimo de 5 cm de comprimento. O limite de captura para o perceve é de 2 Kg no total, com 20 mm de tamanho. Aa panha descontrolada de moluscos tais como mexilhão, lapas e perceves tem um impacto ambiental muito elevado, sendo precisos vários anos para o repovoamento das zonas afetadas, desequilibrando a cadeia alimentar de alguns organismos marinhos.
Em quase toda a costa portuguesa, incluindo Cascais, as famílias deslocam-se às costas rochosas pela manhã de sexta-feira santa (feriado), na maré-baixa, para a apanha de mexilhões, lapas ou perceves. Porque habitualmente registam-se nesta época do ano as mais altas das marés-altas e as mais baixas das marés-baixas (luas cheias do Equinócios de Primavera) e porque o calendário cristão obriga à restrição do consumo de carne.
O problema é que a captura de toneladas de animais por centenas de pessoas num curto de espaço de tempo provoca invariavelmente profundas perturbações no ecossistema Intertidal e torna a sua recuperação muito morosa.
A campanha "Na Páscoa, quem paga é o mexilhão" conta com equipas no terreno que chamam a atenção para esta problemática, distribuem informação e alertam para os limites legais de captura dos mexilhões, estabelecidos pela legislação.