Câmara aprova por unanimidade Nova Secundária de Cascais

“Este é um dos momentos que marca a minha vida”, confessaria Carlos Carreiras, presidente da autarquia de Cascais no final da reunião extraordinária da Câmara, realizada na Polivalente, que aprovou, por unanimidade, a adjudicação da minuta do contrato da Nova Escola Secundária de Cascais. O autarca acrescentaria, “já não há nenhum motivo para não acontecer” a construção da Nova Secundária que, 50 anos depois irá substituir a velha e provisória escola que ali funciona desde os idos anos 70.

Depois desta aprovação resta o visto do Tribunal de Conta para que a obra arranque, explicaria na sessão extraordinária o engenheiro Bernardo Pinto Gonçalves, mas, acrescentaria “foi um processo moroso, porque “um projeto desta natureza, exige, como todos , um programa preliminar” mas que, neste caso, por se tratar de uma escola, “envolveu toda a comunidade educativa”. Até à fase em curso, contratação da empreitada, Bernardo Pinto Gonçalves referiria a complexidade de mais sete fases que vão da contratação do projeto à fase das Consultas e Pareceres de entidades externas, sendo que a próxima será o visto do tribunal de Contas e depois o arranque da obra. As previsões apontam para que as obras da nova secundária de Cascais, que representa um investimento de 25,8 milhões de euros, arranquem já em julho próximo para estarem concluídas no final de 2025.

As novas instalações vão servir 1.320 alunos dos ensinos básico e secundário (diurno e noturno) e desenvolvem-se ao redor de um grande pátio quadrangular arborizado que irá ser o centro da escola.

O edifício, de 2 pisos e também ele quadrangular, irá albergar 44 salas de aula, biblioteca, auditório, pavilhão polidesportivo e um espaço exterior com total recuperação do pinhal existente.

No total a área de intervenção é de 37.283m2, com 15.025m2 de área total de construção implantados em 8.035m2.

A nova escola será construída no terreno adjacente à atual, com a particularidade de os trabalhos de demolição da velha escola, bem como a construção da nova, ocorrerão sem prejuízo das aulas que ali continuarão a decorrer.

Isto porque a obra irá decorrer em duas fases: primeiro será construído o novo edifício escolar, posteriormente será demolida a velha escola que dará lugar à construção do pavilhão polidesportivo e arranjos exteriores que abarcam um pinhal já existente. Este pinhal ficará, no entanto, disponível para usufruto da população.

Carlos Carreiras fez referência a todos os que durante os últimos 50 anos lecionaram e fizeram funcionar uma escola que foi construída com carater provisório, mas que não deixa de ocupar o top “dos rankings” das escolas públicas de Cascais. Todos os eleitos da autarquia aprovaram por unanimidade a adjudicação da minuta do contrato da Nova Escola Secundária de Cascais e salientariam nas suas intervenções o momento “histórico” deste ato, e Miguel Pinto Luz, vice-presidente da autarquia, enalteceu a importância do investimento na escola pública, de forma a permitir que ela cumpra a sua função enquanto elevador social, esbatendo assimetrias.