Cascais abre portas a jovens arquitetos para reabilitação do Bairro Marechal Carmona

O presidente da Câmara Municipal de Cascais assinou hoje com a Faculdade de Arquitetura de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia de Cascais um protocolo para a Regeneração Urbanística e Social do Bairro Marechal Carmona, nesta vila.

Na ocasião, Carlos Carreiras destacou esta iniciativa como uma “oportunidade única de fazer história a nível nacional”.

O presidente da Câmara sublinhou aos estudantes que terão liberdade para apresentar as suas ideias sem grandes obstáculos à sua criatividade, mas salientou a importância de se “respeitar a identidade de Cascais”.

“A preocupação do projeto assenta na sustentabilidade ambiental, social, económica e de boa governança”, defendeu o autarca.

No próximo ano letivo, o seminário do último ano de 40 alunos do curso de arquitetura da FAL vai ser feito com base neste projeto de regeneração urbanística e social. Para melhor conhecerem a área sobre a qual os seus projetos vão incidir, os futuros arquitetos pedalaram, nesta manhã de sexta-feira, pelo Bairro Marechal Carmona. Aos olhos dos alunos da Faculdade de Arquitetura de Lisboa, esta é uma oportunidade de poderem ver os seus projetos executados na realidade. Para Rita Duque, aluna do 5º ano de Arquitetura desta instituição, “é extremamente importante lidar com esta vertente de um bairro envelhecido e poder interagir e ajudar”.

O acordo, que une a Câmara Municipal de Cascais, a Santa Casa da Misericórdia e a FAL, visa a modernização e reabilitação deste bairro e faz parte de “um processo bastante mais longo que é a reconversão do Bairro Marechal Carmona, no qual a CMC já se empenha há algum tempo”, afirmou Filipa Roseta. Os estudantes dirigiram-se depois ao Centro Cultural de Cascais, onde assistiram à cerimónia de assinatura do Protocolo de Regeneração Urbanística e Social do Bairro Marechal Carmona entre a Câmara Municipal de Cascais, representada pelo Presidente Carlos Carreiras, e a Faculdade de Arquitetura de Lisboa, representada pelo Presidente João Pardal Monteiro.

A cerimónia contou ainda com a presença da provedora da Santa Casa da Misericórdia, Isabel Miguens, e com a Vereadora da Camara Municipal de Cascais, Filipa Roseta.O acordo, que une a Câmara Municipal de Cascais, a Santa Casa da Misericórdia e a FAL, visa a modernização e reabilitação deste bairro e faz parte de “um processo bastante mais longo que é a reconversão do Bairro Marechal Carmona, no qual a CMC já se empenha há algum tempo”, afirmou Filipa Roseta.

Para a vereadora, a participação e o contributo dos alunos para este projeto é fundamental, pelo olhar fresco que trazem. “O que é interessante nos alunos é que eles têm a qualidade de fazer o impossível porque não sabiam que era impossível”, disse a autarca.

Já Luís Lourenço, estudante da FAL, salienta a importância de ter em atenção, na concetualização do projeto, as mentalidades da comunidade do Bairro Marechal Carmona. “Como somos jovens às vezes temos alguma dificuldade em ter a mentalidade das pessoas mais antigas e pensar como elas vão reagir ao processo. Para uma pessoa que se calhar viveu aqui a vida toda pode não ser fácil saber que as coisas vão mudar, quando sempre se habitou a uma certa realidade. Temos de tentar ter uma vista globalizada sobre o assunto para que não haja discrepâncias e não prejudiquemos ninguém”, reiterou o jovem.

Contudo, e segundo a Vereadora Filipa Roseta, desde junho que a Câmara Municipal de Cascais tem vindo a cuidar deste assunto, com a sensibilidade necessária a um projeto de reurbanização de um bairro antigo. Dois funcionários da CMC estão num gabinete local, instalado no Bairro Marechal Carmona, a esclarecer qualquer dúvida dos moradores e a certificarem-se que “não vai acontecer nada sem eles saberem”, garante a vereadora.

“Isto é muito bom não só para resolverem o problema imediato dos medos, que podem ser gerados com a ideia de transformação, como para nós fazermos parte do bairro por definição”, afirmou Filipa Roseta. Para a autarca, é por estes cuidados da Câmara Municipal de Cascais e pelo tempo dedicado a este processo de transformação que ele é “algo tão único e tão bonito”, confessa. F.C./M.D.A