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Cascais ajuda deslocados de Cabo Delgado

Helpo e SIM apoiam com bens essenciais e reintegração escolar

Ajude também | Helpo | SIM |

Há mais de 700 mil deslocados no Norte de Moçambique e estima-se que mais de metade, são crianças. Desde 2017, vários grupos armados, com alguns ataques reclamados pelo grupo `jihadista` Estado Islâmico, aterrorizam Cabo Delgado.

Recentemente, os ataques à vila de Palma a 24 de março provocaram dezenas de mortos e feridos, obrigando mais 40 mil pessoas a deixar as suas casas à procura de segurança. 

A resposta a esta crise humanitária é urgente e Cascais e não deixa ninguém para trás. Através das Organizações Não Governamentais HELPO e SIM (Solidariedade Internacional de Moçambique), o concelho vai apoiar os deslocados com a entrega de bens essenciais e a reintegração escolar de crianças e jovens. Na tarde de 1 de junho, o município doou dez mil euros a estas associações que trabalham, diariamente, no terreno. 

“Cascais não podia ficar indiferente a toda esta catástrofe humana que se está a passar em Moçambique e daí dar um pequeno contributo através de organizações que já trabalham há muito tempo connosco. São pessoas que estão todos os dias, todo o ano, a dar apoio aquelas populações. Muitas dessas pessoas, homens, mulheres e jovens, são também de Cascais e estão em voluntariado a dar todo este apoio," salientou Carlos Carreiras, presidente da autarquia. 

Para Carmo Jardim, presidente da SIM, esta ajuda é fundamental: “Vamos aplicar esta quantia de 5000 euros em kits absolutamente básicos mas necessários como, por exemplo, uma capulana, uma esteira e barras de sabão. Na segunda fase, se conseguirmos, com apoios, vamos aplicar em kits de cultivo.”

A Helpo vai continuar a prestar apoio aos deslocados que chegam às comunidades de Silva Macua, Mahera, Impire, Ngoma, Mièze, Mahate (Cabo Delgado) e Namialo (Nampula), onde começou a intervir em 2009.

“Vamos investir em todas as tarefas de reinserção escolar de centenas, para não dizer milhares, de crianças. Em primeiro lugar, deslocadas e por outro lado, as pessoas esquecem-se que durante um ano as escolas em moçambique estiveram fechadas por causa do covid e isso representa, em meios rurais paupérrimos, que muitas das crianças que estavam no sistema de ensino passaram a ajudar os seus pais,” revelou António Perez Metelo, presidente da Helpo. 

Carlos Carreiras deixou ainda o desafio a outros presidentes de Câmara para se unirem a esta causa. 

“Todos podem contribuir através de outros parceiros nossos como a UCCLA e a Cruz Vermelha Portuguesa. Ficaremos melhores connosco se formos capazes de dar um contributo por mais pequeno que ele seja,” concluiu. 

A sessão contou ainda com a presença do Secretário-Geral da UCCLA, Vítor Ramalho e do presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco George.

Para além dos laços históricos e culturais que unem Portugal e Moçambique, Cascais tem uma relação afetiva muito forte com a cidade irmã de Xai-Xai e esta não é a primeira vez que o município presta auxílio. Em 2019 a autarquia doou 150 mil euros para apoiar as vítimas do ciclone Idaí. (ler aqui)

(FMC/CMC)

Cascais Digital

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