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Cascais entra na rota dos grandes cruzeiros internacionais

Primeiro navio chega a 22 de agosto e é esperado um grande impacto económico para a região.

As águas da Baía de Cascais vão ter novos inquilinos. A partir do próximo dia 22 de agosto, os tradicionais barcos dos pescadores vão ter a companhia de imponentes cruzeiros de luxo.
Em plena época festiva, Cascais vai engalanar-se para virar mais uma página de ouro na história do turismo do concelho. “Dentro de dias, Cascais inaugurará uma nova era. A 22 de agosto, recebemos o primeiro de uma série de navios de cruzeiro que, a partir de agora, passam a fundear ao largo da nossa Baía, permitindo que centenas de turistas possam visitar o Centro da Vila”, assinala o Presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras.
A notícia que confirma Cascais na rota destes verdadeiros reis dos mares apanhou de surpresa todos os que nunca acreditaram que os constrangimentos técnicos, que até aqui impediam o fundear de navios, pudessem ser ultrapassados.
E a verdade é que o concelho não tem uma marina específica para o efeito, nem pontos em terra para descarregar. Mas isso não foi motivo suficiente para dissuadir os operadores de fazer de Cascais um dos pontos de paragem obrigatória dos mais sumptuosos paquetes do mundo.
Apenas em 2012, o primeiro ano de operações, Cascais deverá dar as boas vindas a seis navios e 1592 passageiros. Para 2013, estão já confirmados mais dez navios e perto de 2000 passageiros.
Um sonho que se torna possível devido à persistência, à inovação e ao empreendedorismo que brota em Cascais. A operadora portuguesa de cruzeiros “King’s Coast” e a Câmara Municipal de Cascais associaram-se para a criação de um modelo de desembarque diferente: todos os passageiros são cuidadosamente transportados em lanchas para terra, dispensando marinas e portos onde tradicionalmente são atracadas as embarcações de grande porte. Com o objetivo de aumentar a afluência turística na Vila, em particular visitantes com capacidade financeira elevada. Como afirma Carlos Carreiras, Presidente da Autarquia, “um cliente específico deste tipo de cruzeiros gasta, em média, 200 euros por escala em serviços”, sendo que os mesmos visitantes “podem gastar até 600 euros em compras”.
Na realidade, “estamos a falar de pessoas com grande poder económico e esta é uma aposta indireta na requalificação e regeneração urbana a nível do comércio de proximidade que, acreditamos, terá uma melhoria substancial.” Acrescenta ainda o presidente da autarquia que o majestático “The World”, por exemplo, já está confirmado para Cascais. Trata-se de um cruzeiro único no mundo com 200 apartamentos em que os proprietários correm o mundo literalmente em casa.
Este condomínio ambulante, com apartamentos que podem custar 9 milhões de euros, poderá gerar, de acordo com as contas da autarquia, um impacto financeiro de cerca de 200 mil euros na região. “Este navio distingue-se dos outros pela sua dimensão e estamos a falar de multimilionários, portanto, para a economia de Cascais vai ser muito importante”, afirma Carlos Carreiras.
A King’s Coast, empresa de promoção turística de capitais público-privados, que trabalha em parceria com o Turismo de Portugal, é um projeto desenvolvido por Manuel Pinheiro, Paulo Dias e Eurico Pais. Em 2010, venceu o Concurso de Ideias e Negócios, promovido pela empresa municipal DNA Cascais, na sequência de um trabalho sustentado na promoção internacional da Costa do Estoril e de Cascais como destino turístico para paquetes de luxo, designadamente navios de menor arqueação e de média dimensão.
Neste contexto, a King’s Coast fez questão de marcar presença na feira internacional SeaTrade Med, em Cannes, proporcionando contactos com as múltiplas companhias de luxo que também se encontravam presentes, promovendo a beleza e a localização geográfica de Cascais, Sintra, Estoril e a sua proximidade a Lisboa, e fomentando a sua procura como destino e escalas das rotas internacionais.
Paulo Dias lembra que “já tivemos várias escalas de navios de cruzeiro nos segmentos do Luxo e Premium, que apresentam navios com características que se enquadram na nossa realidade. Tivemos escalas do Regent Seven Seas Voyager, dos SeaDream I e II. O feedback foi o melhor, por parte das companhias e sobretudo pelos passageiros que vinham a bordo, que tiveram a oportunidade de nos visitar e conhecer in loco um dos mais belos locais da Europa para viver. Trata-se da Riviera Portuguesa.” E acrescenta: “Para o próximo ano, já temos confirmados alguns navios dentro desse segmento, o que demons-tra que as companhias de cruzeiros estão a olhar para a qualidade do destino e do serviço que podemos oferecer.”
Relativamente à ligação a Lisboa, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais salienta que o modelo escolhido não é apenas diferente mas também alternativo ao da capital: “Cascais não fará concorrência a Lisboa nem a qualquer outra cidade. O que o operador está a fazer é angariar para Cascais cruzeiros que ti-nham interesse mas não tinham qualquer possibilidade de fazer escala no país.”
Em 2011 Portugal recebeu 1,2 milhões de turistas em cruzeiros e só a Lisboa chegaram 448 mil passageiros, o que correspondeu a um crescimento de 12% relativamente ao ano anterior. Funchal continua a ser, apesar de tudo, o primeiro ponto de paragem em escalas e passageiros. Não obstante, o último observatório do Turismo mostra que os gastos médios por turista rondam os 60 euros, um número muito abaixo das metas estabe-lecidas por Cascais.
Segundo Carlos Carreiras, a diferença está no perfil dos visitantes que a Vila pretende atrair.

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