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Estratégia Local de Habitação de Cascais. Carcavelos vai ter 100 novos fogos de habitação acessível
A frase é de Filipa Roseta, vereadora da Câmara Municipal de Cascais, na inauguração da Exposição do Projeto Municipal de Habitação em Carcavelos e da apresentação do esboço para o Bairro Marechal Carmona, no Centro Cultural de Cascais.
Para a responsável com os pelouros de Gestão Territorial, Inteligência Territorial e Ordenamento do Território: “A ideia é essa, tem que se começar por algum lado, aproveitar todas as propriedades municipais para conseguir rapidamente produzir habitação para os jovens, casais jovens e estudantes, para habitação acessível".
O Projeto Municipal de Habitação em Carcavelos, um dos objetivos inseridos na Estratégia Local de Habitação do Município de Cascais, vai contar com cerca de 100 fogos, uma parte destes será uma residência de estudantes e o prazo previsto para a conclusão desta obra é de dois anos.
Recorde-se que um dos vetores da Estratégia Local de Habitação é o aumento do parque habitacional municipal destinado ao arrendamento, tanto no âmbito das rendas apoiadas como das rendas acessíveis.
O objetivo deste edifício em Carcavelos centra-se no arrendamento para jovens, estudantes e jovens casais que, pela atual dinâmica do mercado, perderam a capacidade de acesso à habitação. Tendencialmente, estes arrendamentos serão de curto a médio prazo (período de 5 anos) com vista a multiplicar as oportunidades de mobilidade social por um maior número de pessoas.
Sobre o esboço apresentado publicamente do Bairro Marechal Carmona, realizado por uma equipa de alunos do 5º ano da Faculdade de Arquitetura de Lisboa, "trata-se de um projeto maior, com mais ambição. Mas é o princípio do fim, é muito importante, as pessoas não podem empurradas para fora de todas as áreas do nosso concelho, com os preços das habitações a subir”, salientou a vereadora.
Quanto ao Bairro Marechal Carmona, projecto assente na preocupação da habitação acessível, passará a contar com 500 fogos. Aqui pretende-se criar um bairro intergeracional, já que este é um bairro essencialmente envelhecido e passará a contar com uma geração de "vizinhos" mais jovem. Estima-se que esta obra seja concluída no prazo de cerca de seis anos.
Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, presente na inauguração desta exposição, agradeceu à Ordem dos Arquitetos da delegação de Lisboa, a todos os que concorreram e especialmente aqueles que venceram. Todos aqueles que não venceram constam de uma lista da autarquia a realização de projetos futuros.
“Temos muito trabalho pela frente e os que não lograram vencer têm possibilidade de serem chamados a todos os outros projetos que temos. É uma área que estamos a apostar muito forte, o crescimento da habitação acessível a todos. Principalmente aos estudantes, já que o concelho está com uma aposta forte em termos de captação de Universidades para o nosso município. O objetivo é termos 20 000 estudantes universitários com capacidade já instalada até 2020”, afirmou Carlos Carreiras.
Recorde-se que Cascais já tem três estabelecimentos de ensino superior: a Escola Superior de Saúde de Alcoitão, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, a NOVASBE em Carcavelos. E irá receber ainda no concelho a Faculdade de Direito da Universidade Nova, a Faculdade de Medicina da Nova e uma Escola de Pós-Graduação na área de medicina.
O júri, composto pelos Arquitetos Rui Amaral (C.M.C.) e Ricardo Carvalho (indicado pela OASRS) e pelo Eng.º Eduardo Cruz (C.M.C.), considerou que, das 80 propostas apreciadas entregues, a vencedora, coordenada pelo arquiteto Gil Menezes Cardoso destacou-se porque “a solução urbana possibilita uma conexão franca e amável com o tecido urbano existente. O projeto sugere ainda que o sistema de paisagem seja tratado de modo unitário.”
“Com estes concursos damos lugar a jovens talentos, neste caso a arquitetura, e além disso podemos mudar o panorama da arquitetura e da qualidade do nosso território. É fundamental para o nosso património, para o nosso turismo e para a nossa economia” afirmou Filipa Roseta.
A exposição está patente ao público na Blackbox do Centro Cultural de Cascais. AQ
