Festival do Voluntariado acontece em Cascais

São 18 mil voluntários inscritos no concelho de Cascais que dão o seu tempo em prol dos outros cerca de 1.5 milhões de horas por ano, distribuidos por 97 instituições nas mais diversas áreas de atuação como seja a cultura, desporto, proteção animal, ambiente, ajuda aos séniores, jovens e crianças, saúde mental, apoio a pessoas com deficiência, entre muitas outras. Este sábado, todos estes voluntários foram homenageados na 2ª edição do Festival do Voluntariado que decorreu no Parque Urbano da Quinta da Carreira. 

" Este é um momento de festa, de reconhecimento e também de montra do trabalho que os voluntários e estas associações fazem durante todo o ano", referiu Joana Balsemão, vereadora da Câmara Municipal de Cascais com o pelouro da Cidadania e Ambiente. " A todos os voluntários a todas as associações fica um grande, grande obrigado pelo trabalho que fazem, não parem estamos aqui convosco. Parabéns", conclui Joana Balsemão. 

Ainda a manhã ia a meio e já acontecia um dos pontos altos do dia. A formação humana do símbolo do Festival que são três círculos concêntricos de várias cores, com diferentes tipos de pessoas no meio a fazerem um gesto de união. Uma imagem que irá enriquecer a candidatura de Cascais a Capital Portuguesa do Voluntariado. Um projeto que agora se inicia a nível nacional e que Cascais está a apostar forte para se tornar o primeiro anfitrião nacional dos voluntários que ao serviço de uma causa levam a sua missão aos que mais precisam, numa união que inspira muitos outros a fazerem parte de uma sociedade mais justa, solidária e coesa. 

Maria José Silvano é uma dessas voluntárias que há dezenas de anos contribui para melhorar a qualidade de vida dos seus concidadãos. Quando lhe perguntamos a razão de ser voluntária, ela dá-nos aquela resposta simples que diz tudo: " É poder ajudar os outros e ao mesmo tempo ajudando-me a mim própria". 

Eugénia Assis Teixeira é muito mais jovem, está a estudar e como todos os jovens tem os seus sonhos como seja entrar na universidade e iniciar uma carreira, mas isso não é impedimento para ajudar a concretizar o sonhos de outros jovens, menos favorecidos do que ela. É voluntária no projeto Gaivotas da Torre e junta crianças, jovens e idosos na mesma casa para aprenderem uns com os outros. E o que é que a move? " É poder ajudar as outras pessoas sem estar à espera de receber em troca, saber que posso fazer a diferença na vida de alguém e poder contribuir para uma causa como esta", responde Eugénia sem hesitar. 

Durante todo o sábado os voluntários e associações vão conviver, ouvir música ao vivo, partilhar experiências e, sobretudo, continuar a inspirar outros para se tornarem também voluntários numa das instituições representadas no Mercado do Voluntariado. Para isso é só "querer do verbo quero e crer do verbo acreditar que é possível", como tão bem concluiu Marta Melo Breyner que por acaso é mãe da Eugénia, outra das voluntárias no Gaivotas da Torre, o projeto que fala com paixão e dedicação como só os voluntários são capazes. 

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