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O Fado ecou pela Baía de Cascais. E não se fez silêncio

Mais uma vez Ana Moura foi igual a si própria no concerto nas Festas do Mar com a autenticidade com que interpreta as suas canções com garra e coração.

Nas Festas do Mar, hoje foi a noite do Fado. Uma das noites mais esperadas e emblemáticas, que já é uma tradição na Baía de Cascais. Começou com o Fado à janela nos Paços do Concelho com as atuações de Gonçalo Castelbranco e Sara Paixão, acompanhados por Luís Roquette, Cajé Garcia e Diogo Lucena e Quadros.

No palco principal na abertura atuou Silvana Peres, fadista cascalense. E Ana Moura, com a sua voz inconfundível, autenticidade, garra e coração com que interpreta as suas canções. Os dados estavam lançados para uma grande noite de Fado.  

ANA MOURA UMA NOITE ESPETACULAR EM CASCAIS E O PÚBLICO EMOCIONADO CANTOU EM UNÍSSONO

“Não é do Povo-É o povo. Não é de Lisboa-É Lisboa. Não é fadista-É o fado”, frase de Miguel Esteves Cardoso escrita em 2001. Uma excelente frase para definir Ana Moura, fadista com o percurso brilhante que todos conhecem e admiram.

Ana Moura começou a cantar numa banda Pop Rock, mas foi num bar em Carcavelos que foi “descoberta” pelo guitarrista  António Parreira, ao cantar um fado. Foi ele que a levou para o mundo do Fado.  E nunca mais parou. O resto sabe-se: seis discos, mais de um milhão de cópias vendidas.                                                                                                      

“Cantar nas Festas do Mar é maravilhoso, o cenário é incrível, único e as pessoas. Hoje foi uma incrível enchente, um mar de gente  a perder de vista. As pessoas são muito calorosas, foi um concerto muito bonito” disse Ana Moura, logo após o concerto.

Residente no concelho acrescentou ainda que “cantar em casa é confortável, consigo reconhecer muitas pessoas que me são queridas no público e isso é reconfortante”.

As suas infuências musicais vêm principalmente  do seu ambiente familiar, desde David Bowie a Amália, de Nina Simone a Etta James, de Marvin Gaye a Ottis Reding e uma paixão confessa pela “soul music”.

Quando ouvimos a sua voz entoar “Que dizer de Nós”, “Rumo ao Sul”, ou o tema composto por Pedro Abrunhosa “Tens os Olhos de Deus”, percebemos que à semelhança dos acordes da guitarra de Carlos Parede, a voz de Ana Moura não se prende, não se encaixa, liberta-se. Porque Ana Moura não é fado. É desfado.

SILVANA PERES CANTA E DANÇA  NA VILA QUE A VIU CRESCER

Cascais já ouviu falar da fadista Silvana Peres numa das sessões de fado à janela em que cantou com Gonçalo Castelbranco. Hoje o público pode ouvi-la a solo no Palco mais perto do Atlântico.  

A fadista apresentou em palco o seu primeiro álbum, a solo, “Fado no Pé”. Para ela o Fado “não fala só de coisas tristes, mas também das coisas boas da vida”. É assim que o entende.

“Foi incrível. Tocar à janela e aqui no palco principal são pontos opostos, embora lindissímos. Estou muito emocionada, estou em casa e o regressar a casa é sempre bom. A sensão é de êxtase, com a adrenalina no auge”, disse logo após o concerto.

Este seu trabalho é uma homenagem à Lusofonia. Onde junta a sua referência musical, o Fado, à dança, as suas grandes paixões, dando-lhes um ritmo específico, uma forma específica de se dançar a cada tempo. “Neste concerto dei um ritmo especifíco a cada tema, para as pessoas poderem dançar, é um fado muito dançante.  A profundidade do fado continua, mas com a leveza dos ritmos lusófonos” salientou Silvana. AQ

 

 

 

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