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Perceção de insegurança no concelho é falsa

Carlos Carreiras anuncia Conselho de Segurança restrito com reuniões periódicas.
“Há uma falsa perceção na comunidade de que a criminalidade aumentou em Cascais devido à pandemia”, afirmou Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, na reunião do Conselho Municipal de Segurança, desta manhã de terça-feira, no Auditório da Casa das Histórias Paula Rego. 
 
De facto, em Cascais, no período entre janeiro e setembro de 2020, diminuíram os números de ocorrências tipificadas como crimes contra as pessoas e o património, em relação a período homólogo de 2019. Foi uma das conclusões desta reunião, de acordo com a análise apresentada para os primeiros nove meses do ano, pelas Forças de Segurança com assento no Conselho Municipal de Segurança. 
 
Sendo que essa diminuição não se verificou somente no período de março e abril, com o confinamento, mas estendeu-se também aos meses de verão. As razões parecem prender-se com o abrandamento da atividade económica e com a diminuição de circulação de pessoas, nomeadamente turistas. 
 
Então porque é que existe na comunidade uma perceção de maior insegurança no concelho nestes últimos meses? 
 
Em parte deve-se à divulgação nos meios de comunicação de notícias sobre criminalidade violenta que, na maioria dos casos, fazem eco de publicações nas redes sociais que se tornam virais, mas que são exceções e não espelham a realidade, nem está de acordo com os dados estatísticos hoje apresentados pelas Forças de Segurança atuantes no concelho, designadamente a GNR, PSP, Polícia Marítima, Polícia Municipal e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. 
 
Todavia, alerta Carlos Carreiras, “Temos que estar atentos e preparados”. A situação de pandemia que estamos a viver traz consigo uma outra pandemia social e económica motivada pela diminuição de rendimentos dos cidadãos que assentavam numa economia informal desprotegida, por desemprego, devido à lay-off ou ao crescimento de situações de insolvência de pequenos negócios. “Este é o terreno propício ao crescimento da criminalidade num futuro próximo que se pode estender a um período de 2 a 5 anos”, garantiu o autarca. 
 
Nesse sentido, Carlos Carreiras defendeu o fortalecimento da rede de colaboração entre todos os agentes de segurança e demais entidades que concorrem para a criação de condições de segurança e proteção de cidadãos e bens. 
 
“Passaremos também a ter um Conselho (de segurança) restrito, mais operacional que se reunirá com uma maior frequência que o Conselho Municipal para podermos estar atentos a estes fenómenos e mais preparados no combate à criminalidade”, reforçou Carlos Carreiras. 
 
Para o presidente da Câmara Municipal de Cascais “é preciso mudar esta perceção errada de que a criminalidade está a aumentar no concelho”. Até porque a segurança é uma das bandeiras de Cascais e essencial para que este seja um concelho atrativo para viver, investir e visitar. 
 
Como medidas para mudar essa perceção errónea, Carlos Carreiras defendeu também mais comunicação e colaboração por parte das Forças de Segurança, assim como mais patrulhamento e visibilidade dos agentes, atuando em maior proximidade com os munícipes. Ações que já fazem parte do plano de ação das diversas entidades envolvidas nas questões de segurança, como estas fizeram questão de apresentar nesta reunião. 
 
Por parte da Câmara Municipal, o autarca reafirmou toda a disponibilidade para colaborar com as Forças de Segurança e uma atuação mais alargada na área social para minorar as consequências económicas e sociais da pandemia. Sobretudo, nas zonas mais vulneráveis e de risco como os bairros sociais: “ Nunca como agora visitei tantas vezes os bairros sociais, nem nunca como agora envolvi as comunidades desses bairros para juntos conseguirmos ajudar quem mais precisa”, garantiu Carlos Carreiras.  (Paula Lamares)
     

Cascais Digital

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