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República da Sacalina da Federação Russa vai adotar modelo do OP de Cascais

Delegação Russa da República da Sacalina em Cascais para debater OP

“Bem-vindos a Cascais, ficamos muito satisfeitos por ver a democracia participativa juntar dois países tão distantes, como Portugal e Rússia”, palavras de Carlos Carreiras na abertura do primeiro dia de trabalhos entre a Delegação Russa da República de Sacalina e a Câmara Municipal de Cascais, no salão nobre nos Paços do Concelho.

“O Orçamento Participativo de Cascais é reconhecido como o melhor e maior em Portugal e a sua 6ª edição em 2017 foi a mais votada até agora: assenta num princípio simples, os cidadãos decidem o que querem dentro de um certo orçamento, participando ativamente na vida da comunidade onde estão inseridos”,

Ivan Shulga, Chefe de Projetos de reforço dos Orçamentos Participativos do Banco Mundial, disse que aquela instituição financeira internacional tem estudado vários modelos de orçamentos participativos no Mundo: Brasil, Europa, Ásia e Argentina. Depois de conhecer a experiência do OP de Cascais, “achámos que era mais interessante, mais moderno e relevante, para ser posto em prática na Rússia”. O nosso OP é semelhante ao vosso, e tem tido bastante sucesso, mas há elementos que queremos melhorar, viemos procurar melhores práticas para o fazer aqui em Cascais”.

A Delegação Russa da República da Sacalina vai estar em Cascais, até ao próximo dia 16, com o objetivo de conhecer com detalhe a metodologia do Orçamento Participativo de Cascais com vista a adotá-lo já em 2018.

Nelson Dias do “Portugal Participa” esteve recentemente na Rússia, a convite do Banco Mundial, para participar num Fórum do BRICS sobre a participação cidadã. “Foi-me solicitado pela organização que fizesse uma comunicação sobre os orçamentos participativos em Portugal, os melhores modelos e os resultados alcançados”, referiu. Entre os participantes encontravam-se membros dos governos dos cinco países que formam os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), outros decisores políticos, técnicos e académicos.

“A República Russa da Sacalina ficou interessada no modelo de OP seguido em Portugal e pretende adotá-lo a partir do próximo ano”, explica, acrescentando que o Banco Mundial solicitou para o efeito a sua colaboração, tendo sido possível chegar a um acordo de que o apelidado “modelo de OP português” será o de Cascais”.

Na Federação Russa existem dois tipos de OP, “com a introdução de um terceiro modelo no país - “o português”- dá-se uma total inovação, que foge por completo às orientações seguidas até ao momento pelas organizações federativas” salientou Nelson Dias.

A ilha Sacalina é uma ilha com 948 km de comprimento, 160 km de largura) do Extremo Oriente russo, banhada pelo mar de Okhotsk a norte e a leste, estreito de La Pérouse a sul, separando-a da ilha japonesa de Hokaido, e estreito da Tartária a oeste, separando-a do continente asiático. A sua capital é Yuzhno-Sakhalinsk. Tem cerca de 673.000 habitantes. Entre 1855 e 1875 foi dividida entre a Rússia e o Japão. A partir de 1875, pertenceu exclusivamente à Rússia após um acordo de troca de territórios (com as ilhas Curilas). AQ

 

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