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Só há lugares à mesa na Secundária de S. João do Estoril

Proposta vencedora do OP Jovem 2018 na Secundária de S. João do Estoril é já uma realidade.

As novas mesas na Secundária de S. João do Estoril são muito procuradas, garantem professores e alunos. O que prova que a proposta vencedora do Orçamento Participativo Jovem tocou uma necessidade premente.   

Melissa Borges, a aluna autora da proposta vencedora do OP Jovem 2018, não estava lá na S. João do Estoril, um ano depois. Mas a obra sim. O projeto designava-se “Investimento em locais de refeição” e a ideia era a de investir em mobiliário para criar zonas de refeição fora do refeitório.

Havia com certeza razões próximas e outras remotas, umas mais evidentes e outras não tão óbvias. Todas se juntaram na ideia de Melissa. As refeições na escola era obra de uma funcionária que se reformou. E, se a mudança de cozinheira pode ter gerado desconfiança (de 300 refeições diárias o refeitório passou a servir 100), o espaço tornou-se convidativo. Já não servia só os alunos que traziam a refeição de casa, eram espaços de encontro antes, depois e durante a refeição. O OP Jovem ia bem mais além da ideia da Melissa.   

Mas hoje era dia de os inaugurar e, se Melissa não estava lá para festejar, estava a restante turma OP Jovem em peso, à volta de uma mesa e dispostos a falar sobre cidadania. A vereadora do pelouro, Joana Balsemão lançava o desafio em jeito de pergunta e a conversa lá se ia desenrolando. Invariavelmente a resposta era dada pelo Tomás. Percebia-se que para além de ter deixado a ideia, agora concretizada, tinha ficado na turma OP um novo interlocutor.

Um pouco alheios a esta comemoração, alguns alunos acomodavam-se nas mesas laterais, também elas razão deste festejo. Uns estudavam, outros comiam, e havia até quem apenas celebrasse o momento com dois dedos de conversa.

A mesa tem, de facto, esse dom de juntar, de unir por razões diferentes, aproximar diferentes pessoas. Ora, curiosamente, a Secundária de S. João do Estoril, não tem feito outra coisa. Naquela escola reúnem-se alunos de 25 nacionalidades (da Mongólia ao Chile), a última das quais, uma jovem iraquiana refugiada. A todos a comunidade escolar tem integrado num ápice. Mas é também ali, na escola, que se cruzam diferentes condições sociais e diferentes idades. Tal como à volta da mesa, a vida escolar flui apesar da diferença.

Terá sido por isso que a mesa, uma necessidade tão premente na Secundária de S. João do Estoril, deixou de ser um mero objeto, para passar a ser uma metáfora. HC

 

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