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Uma casa contra a Indiferença
Na inauguração do Centro de Acolhimento para pessoas em situação de sem-abrigo, em Alcabideche, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aludiu a um episódio pré- pandemia, ocorrido durante uma das suas visitas à Lisboa cosmopolita, frenética, turística. Num canto esconso de uma dessas praças movimentadas, repleta de gente, habitava um sem-abrigo da praça. As pessoas passavam completamente indiferentes àquele ser humano que ali vivia há já algum tempo. E o ser humano respondia à indiferença, como se fosse absolutamente transparente, assumia quase o papel de adereço do qual todos os outros desviam até o olhar. E ali ficaram, descritas pelo Presidente da República, a indiferença e a transparência, lado a lado. Uma alegoria pintada num quadro, com as cores da modernidade, da sociedade contemporânea, tecnológica.
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