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José António Proença
A localidade onde vivia com os pais e os avós integrava três povoações: Salgueiro, Escarigo e Quintãs. Tinha três escolas e três igrejas e entre as povoações existia uma “rivalidade” que reclamava por autonomia. José António Proença conta que para ele essas contendas deixaram de fazer sentido quando foi estudar para Belmonte e arranjou amigos dos outros lugares.
Fernando Lopes Graça

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Assinatura do acordo de princípios para criação do Museu Militar de Artilharia de Costa | 2.ª Bataria da Parede
A assinatura decorre na Sala de Honra da 2.ª Bateria da Parede (subterrâneo).
Desativada há alguns anos, esta Bateria - património edificado e exemplar único no país - foi o segundo reduto da defesa da costa marítima portuguesa, reforçando o poder de fogo da primeira e segunda Batarias localizadas, respetivamente, em Alcabideche e Lage (Oeiras).
Cobrindo uma área desde Cascais até Oeiras, a Bataria da Parede estava equipada com três peças Vickers de 152mm de médio alcance, mais especificamente Vickers Armstrong, modelo XIX, canhão para artilharia de costa calibre 152,4mm.
Data do evento: 28 de janeiro
Hora limite de chegada: 10h30
Acesso: Portão localizado na confluência da Estrada Militar com a Rua Paulo Falcão, junto ao Centro de Saúde da Parede
Coordenadas GPS: GPS: 38 º 41’ 49’’ N | 9º 21’ 26’’ W
Aleida Monteiro Veríssimo
Na altura tinha apenas dois anos e, por isso, não se lembra desta passagem da sua vida, mas como qualquer criança na sua situação, mais cedo ou mais tarde, iria começar a questionar os adultos que lhe estão mais próximos. No caso de Aleida foi a avó paterna que se viu confrontada com as suas perguntas. Aleida Monteiro Veríssimo nasceu a 30 de março de 1982. Nesse ano, nasceram mais duas irmãs, fruto de outros relacionamentos do pai. A diferença de idade entre ela e as irmãs é de apenas três meses; uma mais nova e outra mais velha. Ambas acabariam, na altura, por ter o mesmo destino de Aleida: também foram viver para casa da avó paterna.
O pai já vivia em Portugal, mas nunca perdeu o contacto com a família. Escrevia, telefonava e enviava dinheiro para ajudar no sustento das filhas, mas foi a avó que esteve sempre na hora certa na vida das netas. Em versão de avó, foi mãe e pai ao mesmo tempo. Tal como nos contou, considera a avó a pessoa mais importante da sua vida: “A minha mãe deu-me à luz e a minha avó deu-me a vida. Cuidou de mim. Nunca me faltou nada”, afirma sem hesitações. A situação das irmãs mudou quando as mães as foram buscar alguns anos mais tarde. Sem a companhia das irmãs, Aleida não entendia porque é que era a única que continuava em casa da avó.
Até que a avó decidiu que tinha chegado a hora de ficar a saber o que se tinha passado. E, aos 10 anos, Aleida foi confrontada com uma realidade que a deixou sem palavras até hoje. “Perguntava muitas vezes à minha avó porque é que não vivia com a minha mãe. Nunca tive coragem de abordar a situação com ela”. Apesar do começo de vida atribulado, afirma: “A minha infância foi fantástica. Adorava brincar à chuva! Em Cabo Verde a chuva é quente. Gostava de jogar à bola e quando não tinha “uma bola a sério”, fazia uma com restos de tecidos. “Cresci uma “maria-rapaz”, estava quase sempre no meio de rapazes”. Nasceu e cresceu em Lagedos, no interior de Santo Antão onde viveu até aos 18 anos. A casa da avó era de betão armado, mas recorda que na aldeia havia muitas casas com cobertura de palha que hoje já não existem. Quando fez 15 anos foi estudar para a cidade de Porto Novo. Dois autocarros da Câmara iam buscar os jovens da aldeia que frequentavam o ensino secundário. Fora do programa escolar chegou a integrar um grupo de teatro.
Quando veio para Portugal já tinha completado o 11º ano. “O meu sonho nunca foi ir viver para outro país porque era muito apegada à minha avó. A primeira vez que o meu pai me falou em ir para Portugal tinha oito anos”. O pai volta a insistir com ela aos 15 anos e depois aos 18. Como a avó já estava a viver em casa de uma das filhas, incentivou-a a aceitar o convite do pai. “Nós lá temos uma ilusão sobre como é viver no estrangeiro. Achamos que é tudo bom. Não pensamos que no estrangeiro também existem dificuldades. Mas é claro que aqui se vive melhor. Em Cabo Verde é mais complicado arranjar trabalho”. Já passaram 13 anos desde que veio para Portugal com o propósito de acabar os estudos e voltar para Cabo Verde. Mas o curso de Secretariado de Direção em que o pai a inscreveu em Portugal não correspondeu às suas expetativas. Porque não queria continuar a sobrecarregar financeiramente o pai, arranjou trabalho. E acabou por ficar por cá. O que Aleida gostava mesmo era de ser Educadora de Infância, mas não obteve equivalência para entrar nesse curso.
Apesar das dificuldades, não está arrependida de ter mudado o seu projeto de vida. “Aqui, sempre dá para ganhar mais alguma coisa e pensar nos que estão lá ficaram. Sinto-me um pouco como a mãe dos meus irmãos. O que é o que tenho feito desde que vim para cá? – Tenho ajudado os meus nove irmãos, que em número contabilizam quase uma equipa de futebol”. Só consegue ir a Cabo Verde de dois em dois anos porque a viagem é muito dispendiosa e este relato é feito precisamente dias antes de voltar a “casa” por um período de um mês. A avó tem perto de 90 anos, e atualmente vive com uma filha. “Cada vez que vou a Cabo Verde, aproveito bem todos os momentos com ela porque penso sempre que poderá ser a última vez que a vou ver”. Aleida trabalha há oito anos para a empresa que fornece os almoços no refeitório da autarquia. É a alma daquele espaço. As refeições são sempre servidas com doses de verdadeira simpatia e boa-disposição. É assim que encara todos os dias, sempre a sorrir para a vida. Sente-se feliz, ao lado do marido. Um dos seus maiores desejos é ser mãe, e em breve espera concretizar esse sonho.
C - Boletim Municipal | 25 de julho de 2013
Agenda do Executivo Câmara Municipal de Cascais de 24 de janeiro a 2 de fevereiro
Domingo, 26 de janeiro
Ana Paula Rodrigues
Tudo corria sobre rodas até ao dia em que, enquanto praticava educação física no exterior da escola, resolve saltar por cima de um separador num parque de estacionamento e fica com a perna esquerda presa numa corrente que lhe provoca um hematoma. No período que decorreu entre os 15 e os 18 anos, foi examinada por diversos clínicos, mas estes nada adiantavam. Ana Paula continuou sempre a trabalhar e a fazer planos para o futuro. Não estava disposta a permanecer para sempre “atrás de uma caixa registadora”. Em 1974, ainda antes do diagnóstico médico, começa a trabalhar na autarquia, na secretaria da Secção de Transportes das Oficinas. A vontade de aprender era muita, e aos poucos, foram-lhe delegadas tarefas que exigiam maior responsabilidade. Sentia-se crescer profissionalmente.
Entretanto, chega o diagnóstico do hospital: Ana Paula Rodrigues teria que sujeitar-se à amputação da perna. Todos achavam que o seu futuro e qualidade de vida estavam seriamente comprometidos, mas, três meses depois da intervenção, Ana Paula já estava de volta ao trabalho. Consegue, entretanto, colocação no Serviço de Higiene e Limpeza/Cemitérios, com vínculo ao quadro de pessoal da autarquia. É a partir daqui que inicia a caminhada até ao topo da carreira administrativa.
Até atingir o patamar cimeiro da mesma passaram-se vários anos. Ana Paula faz mesmo questão de dizer: “Perdi a conta às provas que prestei para progredir profissionalmente. Hoje, a maior parte das avaliações é realizada com base na análise curricular dos candidatos. No meu tempo as provas abrangiam legislação relacionada com as autarquias locais”. Passou de Escriturária-Datilógrafa a Oficial Administrativo, e prosseguiu na conquista dos vários graus da categoria. Ainda foi duas vezes nomeada Chefe de Secção em regime de substituição, mas em 2005, fica aprovada no concurso para Chefe de Secção. É, atualmente, Coordenadora Técnica, nos Espaços Verdes da Autarquia. No total, já soma 39 anos ao serviço da autarquia, mas diz-se ainda disposta a aprender e a aceitar novos desafios.
Mesmo na vida pessoal nunca deixou de fazer o que mais gosta. Depois da cirurgia continuou a frequentar a praia da Crismina. Há muitos anos, “tremeu de indignação” quando uma senhora lhe disse que uma pessoa na sua situação não deveria frequentar a praia. Felizmente, hoje, as pessoas têm outra atitude perante situações como a sua. Estão mais informadas e sensibilizadas. Se naquela ocasião existia algum problema, era certamente, na mentalidade daquela senhora. Ana Paula continua a ir à praia, e até aprendeu a nadar já depois da operação. Fazer campismo, viajar de carro, em Portugal e no estrangeiro, deixam-na feliz.
Fez muitas amizades na autarquia que ainda hoje perduram. Sentiu sempre grande apoio por parte dos colegas. Alguns já estão reformados, mas ainda a visitam. Contra todas as opiniões, que achavam que seria impensável para uma pessoa na sua situação pensar em engravidar, Ana Paula é hoje mãe de um rapaz e duas raparigas. A filha mais nova nasceu há 17 anos, quando os outros filhos já eram maiores de idade. Na altura, chegou a receber telefonemas de colegas e amigos, preocupados porque achavam que aos 39 anos, seria arriscado assumir uma terceira gravidez. “Nunca perder a esperança”, é o seu lema. Esta atitude perante a vida é uma espécie de desafio que impõe todos os dias a si mesma.
C - Boletim Municipal | 24 de outubro de 2013
Paulo Jorge
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Município de Cascais apoia estudo sobre a presença efetiva de golfinhos no estuário do Tejo
Intitulado “Conservação e golfinhos no estuário do Tejo: realidade, imaginário ou mito?”, o projeto baseia-se nos recentes avistamentos de golfinhos na região, que têm motivado a ideia de que estes cetáceos estão a regressar ao Tejo. No entanto, não existem dados históricos ou científicos que permitam definir se os golfinhos estão a retomar hábitos de ocupação de uma antiga área de residência ou se são apenas visitantes ocasionais de uma região onde, atualmente, há maior disponibilidade de presas e melhor qualidade ambiental.
Centrando a análise entre o Cabo da Roca e o Cabo Espichel, com particular foco no estuário do Tejo, este projeto vem analisar de forma integrada, multidisciplinar e num contexto espácio-temporal alargado, a dinâmica entre os golfinhos e o estuário, estabelecendo também a sua relação com outros cetáceos observados na região. Permitirá ainda estudar a evolução da qualidade do ecossistema do estuário do Tejo, definir a distribuição das espécies mais abundantes e identificar a importância de áreas do estuário em função das características do ambiente.
O estudo inclui uma pesquisa aprofundada de várias fontes históricas que permitirão estabelecer uma cronologia dos avistamentos de golfinhos no estuário do Tejo. Numa segunda fase, serão realizadas campanhas de investigação na área abrangida pelo projeto.
De forma a chamar a atenção da população para a importância de proteger o meio marinho, o projeto inclui uma vertente de sensibilização ambiental. Esta terá lugar nas escolas dos concelhos envolvidos e através de workshops abertos à participação pública. Os resultados finais do estudo serão apresentados em dezembro de 2015.
Maior concentração de viaturas smart a nível mundial realiza-se em Cascais de 17 a 19 de julho



















