CONTACTOS
Fale connosco
800 203 186
Em rede

Está aqui

Investidores

Cerimónia de Atribuição das Medalhas de Mérito Municipal

Homenagem a instituições centenárias marca o início da Semana do Município

Esta sexta-feira, 7 de junho, a Câmara Municipal de Cascais deu início à Semana do Município com a solene cerimónia de atribuição das medalhas de mérito municipal. Este evento, que celebra a dedicação e o contributo de instituições e cidadãos de mérito, integra as festividades dos Santos Populares e do aniversário do município de Cascais, que este ano comemora 660 anos de existência.

A cerimónia deste ano teve um significado especial ao homenagear a democracia colaborativa, destacando instituições centenárias e assinalando os 50 anos do 25 de Abril. A atribuição das medalhas de mérito é um dos pontos altos das celebrações, reconhecendo aqueles que contribuíram de forma notável para a comunidade cascalense. Mas, este é também um momento de celebração do legado histórico que continua a moldar o futuro de Cascais.

Estas instituições, com mais de um século de história, têm desempenhado um papel vital no desenvolvimento cultural, social e desportivo de Cascais, e a sua contribuição é inestimável para a identidade e o progresso do município.

"É destas pessoas e instituições que é feito Cascais. São elas que fazem de nós uma comunidade tolerante e aberta ao mundo", destacou Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais (ler discurso na íntegra).

A Semana do Município é, assim, uma oportunidade de homenageamos "aqueles que fazem a diferença e de quem nos orgulhamos, pessoas e instituições que sentem, vivem e constroem o espírito de Cascais. Que contribuíram e contribuem para um concelho mais próspero e solidário, para um concelho onde todos são mais capazes de realizar o seu potencial e de se elevar a novos horizontes", disse, ainda, o autarca.

Carlos Carreiras lembrou que as instituições hoje distinguidas e as pessoas que as compõem praticam todos os dias atos de cidadania e "reforçam a democracia participativa e colaborativa" e que "nos inspiram a aprofundar os instrumentos da democracia participativa e colaborativa" que no entender do presidente da Autarquia são os instrumentos mais eficazes para "combater a guerra da exclusão social" e na "defesa da liberdade".

E porque não há festa sem música, a cerimónia contou com aplaudidos momentos de fado pela voz de Maria do Carmo Marques da Gama Vieira , acompanhada à Guitarra Portuguesa por Francisco da Silva Ferreira Zanatti e na Viola de Fado por Luís Da Gama Roquette. Mas, foi com a interpretação do fado “A Mariquinhas vai à Fonte”, letra de Maria Manuel Cid, Música Tradicional (Fado Moleirinha) que a fadista de serviço arrancou mais aplausos no Auditório do Centro Cultural de Cascais completamente cheio. 

Muitos quiseram, assim, testemunhar a justa e emotiva homenagem às mais antigas coletividades que atravessaram mudanças inimagináveis e a todas elas se souberam adaptar, florescer e transformar em ativas vozes culturais e desportivas no concelho. São associações com história que continuam a escrever no presente, o futuro de muitas gerações. 

Lista das instituições homenageadas:

• Sociedade Musical União Paredense
• Sociedade Recreativa Musical de Carcavelos
• Sociedade de Educação Social de S. João de Estoril
• Associação Escola 31 de Janeiro
• Grupo Musical e Desportivo 31 de Janeiro de Manique de Baixo
• Troupe União 1º de Dezembro Caparidense
• Sociedade Musical de Cascais
• Grupo Dramático e Sportivo de Cascais
• Sociedade Musical e Sportiva Alvidense
• Grupo Recreativo e Dramático 1º de Maio de Tires
• Grupo Sportivo de Carcavelos
• Murtalense – Associação Desportiva, Cultural e Recreativa

O perfume que inebriou 660 anos de história

Talvez o fresco aroma a alecrim, o perfume do rosmaninho, do tomilho e da esteva que emana de uma frondosa vegetação de carvalho cerquinho, carrascos ou zambujeiros não deixasse indiferente quem se passeou nas margens da Ribeira das Vinhas, no Alto do Cidreira, em Alvide, em Alcabideche ou nas redondezas de Freiria. E, quem sabe, não é este aroma que liga o presente a um passado remoto, como uma hera perene que envolve o tempo nos seus braços, uma marca genética de um território que ganhou a identidade administrativa há 660 anos, mas habitada, pelo menos, desde o neolítico, como nos revelam as Grutas do Poço Velho ou de Alapraia. 

O mesmo aroma que, em Freiria, entre fileiras de ciprestes que desembocam no portão norte da Villa Romana, nos faz imaginar os fins de tarde: Titus Curiatius Rufinus lá está. Cáligas dispostas no chão, distendido, toga dobrada sobre o braço direito, ou talvez meio coberto pelo manto que lhe tempera o frio, disfruta no meio do pátio da casa senhorial, o ócio. Mais adiante, na pars rustica, os braços cruzam-se na labuta e, o rude algodão das vestes dos escravos, assim como é a vida, limpam o rosto suado de quem ali acomoda no celeiro o trigo, ou esmaga os frutos dos zambujeiros e contempla o fio de azeite que escorre, enquanto o suor se mistura na água russa.

Estamos ainda no século I, ou talvez não, mais perto do século V, longe de Roma, mas também do tempo em que Cascais se autonomiza de Sintra. Antes mesmo que se inicie essa contagem, dos 660 anos, as vidas foram ficando, inebriadas pelos aromas, a maresia, o murmúrio de um mar que ora beijava a terra, ora açoitava escarpas no Guincho ou no Espigão das Ruivas. Encantados pelas cores do céu em fim de tarde, pintadas a partir de Freiria, Casais Velhos, Alto de Cidreira, Casal do Clérigos, Miroiços e Caparide, nem sempre rezando ao mesmo Deus, por cá ficaram. Foi este o paraíso de romanos, visigodos, muçulmanos e cristãos, gentes a quem nada faltou, nem mesmo a fome, porque a terra não se promete, constrói-se. 

Nos 660 anos comemoram-se, também, os últimos 50 em Liberdade, porque, como disse o poeta Ibn Mucana, “O amor da liberdade é o timbre de um carater nobre!” que existe na raia miúda, essa mole humana que verdadeiramente rema. 

No litoral, pescava-se, pilhava-se e fugia-se da pilhagem e, no interior, onde a maré trazia cereais, cebolas e aboboras, diz-nos igualmente Mucana, “os moinhos trabalhavam com as nuvens” e alimentavam Lisboa e tantos quantos lá chegavam e partiam. 

Ora, Cascais já não era só o porto de espera pela melhor vaga que aponte o caminho sem percalços, na Barra do Tejo, é também um entreposto de pescado e produtos agrícolas que alimentam Lisboa. Argumento forte que, a 7 de junho de 1363, fez D. Pedro I subscrever a Carta de Vila de Cascais, no Paço da Alcáçova de Santarém, entregue aos homens-bons da aldeia de Cascais, agora Vila, isenta da sujeição a Sintra, com jurisdição e juízes para fazer direito e justiça, a troco de 200 libras por ano, além daquilo que já era pago.

A área do concelho só a 8 de abril de 1370, aquando da entrega de Cascais e do seu termo, como feudo, a Gomes Lourenço de Avelar, seria definida, e não era muito diferente do atual limite do concelho, onde se calcula vivessem, em finais do século XIV, um milhar de indivíduos. Uma média de ocupação superior à do restante território português que, segundo um censo de 1527, mais de meio século depois, apontava para a existência de 280.528 fogos, cada um dando abrigo a 4 almas, significava uma população de 1.122.112. Número suspeito face á expulsão de judeus, muçulmanos e população ceifada pela peste, fome, venturas e desventuras marítimas.    

Desde os finais do Século XV que as novas, boas e más que vinham do mar sabiam-nas as gentes de Cascais do alto da Torre de Santo António e sofriam para que o Tejo nem sempre fosse um tapete vermelho. A todos este povo cerrava ou franqueava portas e era o primeiro a sofrer quando derrubadas, abrigava-se nas cercas de um castelo, também ele por diversas vezes devassado. 

Quis a ironia que, só depois de trespassada pelo Marquês de Santa Cruz e pelo Duque de Alba, a 28 de julho de 1580, a Fortaleza de Nossa Senhora da Luz seria construída e, após a Restauração, escondida pela estrutura da Cidadela. 

Pela governação de Cascais passavam os Avelares, os Vilhenas, João das Regras e seus descendentes, os condes de Monsanto e os marqueses de Cascais. Quatro séculos cruciais do porto da vila, como posto avançado, porta de entrada e entreposto. Nos finais do século XIV, mais de dois terços da população vivia no interior, o povo saloio e, em Tires, canteiros e cabouqueiros sobreviviam do trabalho de extração e talhe do calcário. Na vila, não mais de 200 a 300, fatalmente lambidos pelas águas do mar a 1 de novembro de 1755. 

Ao lado da Cidadela, no Convento de Nossa Senhora da Piedade dos Carmelitas Descalços, Frei António do Espírito Santo descreveria o desastre: “Suas ruas não são Ruas, são montes de pedras. Suas praças não são praças, são cúmulos de caliças. Seus templos não são templos, são montões de quebradas madeiras (…) nenhuma [casa] deixou de padecer destruição, mais e menos, ou do terramoto, ou quando o mar saiu fora. As mais interiores da vila, o movimento as demoliu; as da borda do mar, este as soçobrou com quanto nelas havia”. 220 mortes, 93,1% nas freguesias de Nossa Senhora da Assunção e Ressurreição de Cristo.

A vida prossegue, é certo, e as feridas vão sendo saradas com o tempo, mas só há uma nova Vila quando os monarcas do reino, D. Maria Pia, D. Luís e depois D. Carlos se apaixonam pelos encantos do mar, talvez já não o mesmo perfume que inebriou as gentes do interior, mas nascia uma terra diferente. 

Em meados do século XIX, a população de Cascais, perante censos mais fiáveis, são mais de cinco mil e a freguesia da Vila de Cascais ganha peso (1498), ainda que continue a ser S. Domingos de Rana (2363) e Alcabideche (2193) as mais populosas. Cascais mantém as caraterísticas: agricultura, pecuária, pesca e exploração da pedra, uma atividade estimulada pelo aumento das obras públicas que desencadeia vários polos de extração como as pedreiras de Cruz d’El-Rei, Cai-Água, Parede, Tires, S. Domingos de Rana, Conceição da Abóboda, Fisgas, Murtal e Manique. A agricultura continua a liderar, ainda que, no último quartel do século XIX, escasseie mão de obra, que mais tarde atrairá migração alentejana. A vinha pontifica, desde logo o Carcavelos, a freguesia que lhe dá nome e que acabara de passar de Oeiras para Cascais, mas também na Parede, Murtal, Livramento e Galiza. E assim seria, não fora o ataque da filoxera e do Oídio. 

O comércio, apesar de incipiente, beneficia de melhores caminhos e da adoção do sistema métrico decimal. A definição de horários, para a venda em rua e a fixação de um local de venda (1867), são marcos de uma nova atividade que irá ocupar cada vez mais gente e alimentar de impostos o poder.

Com a instalação na Cidadela da família Real, em 1870, a vila transforma-se num centro de veraneio, que não perdeu com o fim da monarquia, apenas massificou a prática. E, com o veraneio, veio a transformação da costa numa franja urbana, primeiro a Costa de Santo António ou Monte do Estoril e tudo isso a puxar o comboio.

E se a vila se aburguesava, o interior saloio inventava o movimento associativo local, social, cultural, lúdico, desportivo, educativo e beneficente ou que mais houvesse.

A vila, inspirada, na Rivera francesa, recebe na primeira metade do Século XX, a aristocracia em declínio e é palco do contraditório poder crescente na Europa. A volúpia da conspiração mora na franja costeira do concelho e dá a Cascais uma aragem cosmopolita. Nas mais insuspeitas mansões, nas barbas do ditador, vão sendo escritas as linhas da resistência ao regime e acabará por ser aqui definido o programa que, em abril de 1974, é aclamado pelo povo nas ruas de Lisboa.

Cascais não volta a ser a mesma. O poder local toma a palavra e é legitimada pela raia miúda. Mas a aragem cosmopolita não mais desaparece e muda os arrabaldes do concelho.

A 7 de junho comemora-se o estoicismo de um povo, às vezes saloio, outras vezes marinheiro, que embarcou e atracou neste lugar, e que, por direito, conquistou a proa da Caravela, que largou do porto de Cascais há 660 anos.

Veja esta e outras noticias no Jornal C - 148

Vencedores do Orçamento Participativo já são conhecidos

Já são conhecidos os vencedores do Orçamento Participativo de Cascais 2023/24. Ao todo, foram eleitos pelos munícipes 21 projetos vencedores, num investimento total previsto de 5.815.740€. Este foi o processo de votação mais participado de sempre em termos percentuais, com um total de 128.296 votos e 64.157 votantes. De 13 de abril a 12 de maio estiveram a votação 24 projetos (um foi, depois, retirado pelos proponentes), com o projeto mais votado a ultrapassar a fasquia dos 13.000 votos, e a terem sido submetidos, em média, mais de 2.600 votos por projeto. 

“Uma votação tão expressiva volta a confirmar a vitalidade da democracia participativa no concelho de Cascais, onde o Orçamento Participativo é um verdadeiro caso de estudo e um exemplo a nível nacional e internacional”, confirma José D’Almeida, vereador com o pelouro da Cidadania e Participação na Câmara Municipal de Cascais.

A apresentação dos projetos vencedores e das verbas alocadas pelo município para a concretização dos projetos, decorreu no dia 29 de maio, no Mercado da Vila, em ambiente de festa e celebração da democracia participativa.

Veja estas e outras noticias no Jornal C- 148
 

A vida entre mundos “Habitar a Terra Como Obra de Arte”

Cascais inaugura mural comemorativo alusivo à visita do Papa Francisco ao concelho com a última pincelada de Sua Santidade

Tempos emocionantes que não deixaram ninguém indiferente. Em agosto do ano passado, Cascais recebeu a visita de Sua Santidade, o Papa Francisco, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude 2023, o primeiro na história a visitar o concelho. Para o receber, mais de 3500 cidadãos uniram esforços para pintar o maior mural alguma vez concebido para a receção a um Papa. Este mural, com 3,5 quilómetros, esteve instalado na entrada de Cascais para receber o papa, a par dos milhares de munícipes que não quiseram perder este momento inesquecivel. O mural foi depois terminado com uma última pincelada, realizada pela mão do próprio Papa Franscisco, no encontro com os jovens que decorreu na sede do Movimento Educativo Internacional Scholas Occurrentes, no centro da vila de Cascais, onde deixou uma mensagem de incentivo aos jovens de fazerem do caos da vida um cosmos.

Um mural para a eternidade

Para tornar este momento histórico, inesquecível, Cascais está a instalar nove murais nas paróquia do concelho onde consta a última pincelada do Papa Franscisco. O primeiro foi inaugurado no passado dia 19 de maio, junto ao Centro Cultural de Cascais, numa cerimónia que contou com a presença de Miguel Ribeiro Ferreira, do Movimento Educativo Internacional Scholas Occurrentes: “Este mural é onde a comunidade de Cascais se juntou. Mais de 110 instituições se juntaram, cada uma com o seu marco, com a sua singularidade e fizeram o maior painel do mundo. E este representa o fim, onde o Papa veio a Cascais, deu a última pincelada e, assim, finalizou o maior painel do mundo. Para nós, tem um grande significado, porque tornou muito especial a sua vinda, toda a comunidade participou”.

Uma obra de Todos, Todos Todos

A obra foi construída com o apoio de todos os munícipes, jovens, escuteiros, estudantes, utentes dos lares de idosos, reclusos, pessoas com deficiência, colaboradores da autarquia, e todos os que quiseram participar, demonstrando o espírito de união e inclusivo dos cascalenses que foram orientados pelos jovens do Movimento Educativo Internacional Scholas Occurrentes. Este movimento, criado pelo Papa Francisco, chegou a Cascais há cinco anos, com a inaguração da primeira e única sede da iniciativa, que está presente em 190 países, integrando mais de um milhão de crianças e jovens, em Portugal. 

Instalações do Mural

Cascais, Estoril, Alcabideche, São Domingos de Rana, Tires, Abóboda, São Pedro e São João, Parede e Carcavelos são as paróquias que vão receber este mural que visa tocar crentes e não crentes, utilizando a arte como um apelo à ação e fortalecendo a coesão social. 

“Nós tivemos um momento extraordinário, o ano passado, em agosto, com a Jornada Mundial da Juventude de, pela primeira vez, termos tido o privilégio, eu diria mesmo, a bênção, de receber um Santo Padre aqui, no nosso concelho, em Cascais, e decidimos que este momento tinha que se perpetuar também por todo o ano, por todos os anos,” Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Leia esta e outras noticias no Jornal C - 148

Jornal C - 148

Cascais - a eterna Vila

Subscreva AQUI para receber a edição digital em primeira mão.

Prefere a versão impressa? Já pode subscrever AQUI.

Em mês de santos populares, Cascais celebra 660 anos de história de um povo resiliente e unido. Veja aqui a programação das festividades.

Damos a conhecer todos os vencedores do Orçamento Participativo'24 e todos os projetos ganhadores.

E deixamos propostas para esta época balnear decorre de 1 de maio a 15 de outubro e é a maior de Portugal continental.

Estes e outros temas. Veja mais AQUI.

Cascais recebe visita de estudantes de Évora no âmbito do Voluntariado

Comitiva de alunos e professores ficou a conhecer as boas práticas e os projetos de voluntariado desenvolvidos no concelho

No dia 6 de junho, a Sala do Futuro, localizada nos Paços do Concelho, acolheu um grupo de estudantes e professores, vindos das Escolas Secundárias de Évora, e que participaram na 4.ª edição do Projeto Voluntariado nas Escolas, promovido pela Fundação Eugénio de Almeida, na região de Évora.

Saiba mais aqui

CMC | DG

Câmara | Concurso de construção de 225 fogos públicos

Em reunião de Câmara, atribuição de Medalhas de Mérito do Município de Cascais 2024 e a Gestão Patrimonial estiveram em destaque.

A reunião iniciou-se com uma apresentação feita pelo Diretor Municipal de Captação de Recursos, Pedro Caldeira Santos, onde destacou os esforços realizados em 2023 e os planos previstos para 2024, com especial ênfase no cumprimento das orientações habitacionais abordando a evolução das candidaturas submetidas e aprovadas ao longo dos anos, salientando valores significativos de financiamento que evidenciam um crescimento exponencial no período recente, sobretudo devido ao PRR (Plano de Recuperação e Resiliência). Este crescimento foi comparado com a menor frequência e financiamento de programas anteriores, sublinhando a importância do PRR.

Foram apresentados dados relativos à habitação pública, mostrando um enfoque substancial na reabilitação em detrimento de novas construções, devido à urgência em cumprir os prazos estabelecidos pelo PRR, que termina em março de 2026.

Discutiram-se ainda as candidaturas submetidas e aprovadas, abordando as diferenças entre ambos os números e justificando algumas recusas e pendências.

No âmbito da educação, discutiu-se o financiamento de equipamentos educacionais prometidos pelo Governo, inicialmente previstos no Orçamento de Estado, mas que foram subsequentemente transferidos para financiamento bancário devido a alterações no protocolo de descentralização. Foram mencionadas candidaturas relevantes de escolas em Cascais, destacando a necessidade de assegurar financiamento para estas e futuras candidaturas.

Na área do ambiente, foram detalhados projetos de reabilitação, incluindo candidaturas pendentes e aprovadas, com financiamentos significativos. O setor cultural também foi abordado, destacando candidaturas recentes e o impacto na infraestrutura cultural do município.

Atribuição das Medalhas de Mérito do Município de Cascais 2024

No próximo dia 7 de junho, Cascais celebra 660 anos. Para marcar esta data significativa, a Câmara Municipal de Cascais promoverá um vasto programa de comemorações que envolverá os cascalenses das quatro freguesias do concelho.

Esta celebração reconhece a comunidade de homens e mulheres que, ao longo dos 660 anos, têm contribuído para a construção do concelho de Cascais.

Especial atenção será dada às associações com mais de 100 anos, que têm desempenhado um papel fundamental no fortalecimento da Democracia Colaborativa, especialmente no ano em que se celebram os 50 anos do 25 de abril.

Durante a Semana do Município, a Câmara Municipal homenageará, de acordo com o regulamento aprovado em 26 de abril de 2023, pessoas e/ou instituições que se destacaram por atividades relevantes e de grande impacto, tanto no concelho como a nível nacional ou internacional. A cerimónia de atribuição das Medalhas de Mérito ocorrerá no dia 7 de junho, às 19h, no Centro Cultural de Cascais, em sessão solene.

A Câmara Municipal de Cascais deliberou aprovar a atribuição das distinções honoríficas às seguintes associações, todas com mais de 100 anos ao serviço da sociedade: Sociedade Musical União Paredense, fundada em 1899; Sociedade Recreativa Musical de Carcavelos, fundada em 1901; Sociedade de Educação Social de S. João do Estoril, fundada em 1911; Associação Escola 31 de Janeiro, fundada em 1911; Grupo Musical e Desportivo 31 de Janeiro de Manique de Baixo, fundado em 1913; Troupe União 1.º de Dezembro Caparidense, fundada em 1913; Sociedade Musical de Cascais, fundada em 1914; Grupo Dramático e Sportivo de Cascais, fundado em 1915; Sociedade Musical e Sportiva Alvidense, fundada em 1919; Grupo Recreativo e Dramático 1.º de Maio de Tires, fundado em 1919; Grupo Sportivo de Carcavelos, fundado em 1921; e Murtalense – Associação Desportiva, Cultural e Recreativa, fundada em 1922.

Estas associações foram selecionadas devido ao seu papel histórico e contínuo no desenvolvimento social, cultural e desportivo de Cascais. A Câmara Municipal de Cascais reconhece a importância destas instituições na consolidação da identidade do concelho e na promoção de valores comunitários fundamentais.

A atribuição das Medalhas de Mérito do Município de Cascais 2024 foi uma decisão unânime, refletindo o consenso e o reconhecimento do valor inestimável das associações centenárias na vida do concelho.

A cerimónia prevista para o Dia do Município simboliza não apenas a celebração dos 660 anos de Cascais, mas também a gratidão e homenagem a todos os que contribuíram para o seu crescimento e desenvolvimento ao longo dos séculos.

Habitação digna e acessível a todos os residentes do concelho

Foi aprovada, por unanimidade, submeter à aprovação da Assembleia Municipal, a aquisição, pelo valor de €1.729.944,10, de um prédio urbano, com a área total de 6.821,00 m2, situado na Rua de Cascais, n.ºs 633 e 633-A, no lugar e freguesia de Alcabideche a Construções Linto & Marques, S.A., destinado a construção.
Com esta aquisição será possível dar seguimento ao processo de lançamento de construção de concurso de construção de 225 fogos públicos com o objetivo de facilitar o acesso a uma habitação digna, a preços acessíveis, para famílias de classe média e para jovens, para além das famílias carenciadas

Plano e Orçamento, Contratação Pública, Coletividades, Juntas de Freguesia, Saúde, Solidariedade Social, Coesão e Desenvolvimento Social, Recursos Humanos, Planeamento do Território, Gestão Territorial, Gestão Urbanística, Atividades Económicas, Educação, Desporto, Relações Internacionais, Inteligência Territorial, Empregabilidade e Atração de Investimento e Reabilitação Urbana

IV Conselho Municipal do Mar

Apresentadas principais linhas de ação da Estratégia Municipal para o Mar 2024

O Conselho Municipal do Mar reuniu nesta terça-feira, 4 de junho, para concertar estratégias rumo a um Mar cada vez mais cuidado. O Centro Cultural de Cascais acolheu as várias entidades que integram este Conselho, entre as quais o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, o vice-presidente do município, Nuno Piteira Lopes, e o diretor municipal de Ambiente e Sustentabilidade, Luís Almeida Capão.

“O nosso concelho é aquilo que temos em terra, mas também aquilo que temos no mar”, referiu Carlos Carreiras. “Já temos a nossa Lota renovada, conseguimos apoios financeiros para melhorar o Cais Estacado, estamos com investimentos no novo Museu do Mar que irá para a Marina de Cascais, estamos em processo avançado para criação do Museu do Mar e da Língua no Forte de Santo António da Barra, e ainda temos a requalificação da Bataria da Parede”, acrescentou o autarca.

Na reunião foram apresentadas as principais linhas de ação para 2024, assim como os trabalhos desenvolvidos no eixo 3 da Estratégia Municipal para o Mar, que diz respeito à Inovação, Capacitação e Investigação, nomeadamente na sua prioridade de desenvolvimento do sistema de Big Data do Mar de Cascais. Num mundo cada vez mais digital, é necessária informação em tempo real que permita analisar e prever vários aspetos relacionados com a gestão da zona costeira, nomeadamente efeitos do aumento na pressão erosiva da linha de costa, alterações na biodiversidade marinha e habitats costeiros, ou aumento da pressão antropogénica nas suas várias vertentes.

Para reunir este Big Data, a Câmara Municipal de Cascais está a trabalhar em várias frentes, apontadas como prioritárias pela equipa técnica, mas principalmente pela população local. Nesta reunião do Conselho Municipal do Mar foram apresentados diferentes exemplos de tecnologias já existentes ou a colocar, num futuro próximo, no concelho.

Sensorização da zona costeira de Cascais
Este projeto tem como principal objetivo desenvolver a implementação de sistemas integrados de fornecimento de dados de observação in-situ, deteção remota (via satélite e Inteligência Artificial) e modelação numérica que contribua para a concretização de um digital twin da zona costeira da região saloia, reafirmando os princípios enquanto smart and sustainable city de referência. Sendo considerados os seguintes âmbitos:

- Conhecimento situacional e previsão a curto prazo de extremos meteocenográficos, designadamente ondulação costeira e inundações;
- Capacitação para uma resposta célere e articulada entre as diferentes entidades públicas locais (p.e. Departamentos Municipais, Proteção Civil, Saúde Pública) perante esses eventos;
- Comunicação efetiva à população de informação relevante sobre o estado ambiental e condições meteoceanográficas adversas, com nível de detalhes à escala dos bairros.

Para implementação das ações serão instaladas três bóias modernas (smart-buoys) de pequenas dimensões, e fácil instalação, para aquisição de dados meteoceanográficos em tempo-real e será efetuada a integração desses dados em sistema de entrega compatível com as necessidades das entidades, nomeadamente a integração com o Sistema de Controlo e Monitorização Urbana do Centro de Operações de Cascais (C2).

Sea IA – monitorização da Orla Costeira de Cascais
Este projeto é fruto de uma parceria estratégica entre o Grupo SEA.AI e o Município de Cascais, e tem como objetivo a implementação de quatro sistemas avançados “Sentry”. Estes sistemas são compostos por câmaras térmicas e óticas de alta-definição, integradas com inteligência artificial, e serão dedicados ao aprimoramento e monitorização ambiental contínuo da zona costeira de Cascais. O sistema “Sentry”, operado remotamente, realiza a vigilância de forma autónoma, utilizando inteligência artificial para detetar e identificar automaticamente potenciais riscos ambientais.

O sistema não só captura imagens térmicas e óticas, mas também fornece informações precisas sobre a localização e distância dos potenciais riscos ambientais identificados, as quais são exibidas num mapa integrado. Capturas de tela, que demonstram o controlo remoto do sistema, foram incluídas para ilustrar a funcionalidade de monitorização à distância. Este projeto representa um passo significativo na combinação de tecnologia avançada e estratégias de monitorização ambiental costeira para garantir a proteção ambiental e acrescentar valor ao processo de decisão.

No âmbito desta colaboração, foi realizado um projeto piloto em que o Grupo SEA.AI instalou sistemas “Sentry” no Forte Santo António da Barra, em São João do Estoril, Cascais. Este local, situado a aproximadamente 30 metros acima do nível do mar, proporciona uma visão ampla de 180 graus sobre o oceano, favorecendo a monitorização sem obstáculos.

EOatSee (Earth Observation advanced Science tools for sea level Extreme events) - soluções para riscos costeiros
Este projeto, desenvolvido pelo Colab +Atlantic em parceria com o Município de Cascais e com o financiamento do POSEUR, resulta de um diagnóstico efetuado à praia e Arriba da Bafureira que se encontram em erosão ativa e colocam em causa bens e serviços da zona costeira de Cascais. Estas ferramentas de observação permitem aos gestores do território uma rápida avaliação do risco envolvido na área de estudo e determinam qual a melhor intervenção para assegurar a manutenção da integridade dessa mesma área, acelerando desta forma os procedimentos a implementar.

CMC | DG | BN | LB

Democracia Participativa de Cascais apresentada em Washington

Sistema de Participação de Cascais apresentado na sede do Banco Mundial nos EUA

O Sistema de Participação de Cascais foi apresentado na conferência “Public Administration Global Forum: Transforming Governments for a Livable Planet”, que decorreu nos dias 28 e 29 de maio, na sede do Banco Mundial em Washington, nos Estados Unidos da América. Recebido como um dos sistemas mais inovadores, por se ter desenvolvido como uma plataforma orgânica de criação conjunta do território, com as pessoas no centro das decisões políticas, a apresentação gerou um grande interesse dos delegados presentes, de países tão diversos como o Reino Unido, o México ou o Butão.

Saiba mais aqui

Rally de Lisboa passa por Cascais

Marina de Cascais acolhe Super Especial no dia 8 de junho

A edição de 2024 do Rally de Lisboa | Memorial Joaquim Santos, acontece já entre os próximos dias 6 e 8 de junho. Esta prova automobilística, que atribui o título da Taça de Portugal de Ralis, irá passar pelo concelho de Cascais no dia 8 de junho, com uma muito aguardada Super Especial na Marina de Cascais. Um pouco à semelhança do que sucedeu em 1987, no Rali de Monte Carlo, com a primeira classificativa a aproveitar, junto à Marina do Mónaco, parte do traçado do Grande Prémio de F1, esta edição do Rally de Lisboa terá um final tão inédito quanto espetacular, em termos competitivos. No cenário da Marina de Cascais, em cima do paredão e com os barcos e o oceano como pano de fundo, foi desenhada esta Super Especial (PEC 13) de encerramento da prova, com uma extensão de 1.500 metros, e cuja ação competitiva começará por volta das 17h00.

Ainda no dia 8 de junho, por volta das 15h30, Alcabideche receberá a PEC 11, num percurso cronometrado com cerca de 5 km.

Organizado pelo CPKA – Clube de Promoção de Karting e Automobilismo, o Rally de Lisboa alcançou um grande sucesso nas suas três primeiras edições realizadas (2021, 2022 e 2023), destacando-se no panorama nacional de ralis e obtendo reconhecimento a nível internacional.

A prova deste ano terá a sua base na Alta de Lisboa, com o Centro Operacional, Parque de Assistência e Parque Fechado, enquanto o Padrão dos Descobrimentos, em Belém, será o local emblemático para as cerimónias de partida e chegada. A competição decorrerá em nove concelhos, incluindo Mafra, Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos, Vila Franca de Xira, Alenquer, Cadaval, Cascais e Sintra, com 13 Provas Especiais de Classificação, incluindo as icónicas passagens por Montejunto e Peninha.

CMC | DG

Páginas

Cascais Digital

my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0