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Conferências do Estoril ambicionam criar âncoras no mundo lusófono e não só

“As Conferências do Estoril vão estender-se aos países lusófonos e cruzar cursos com universidades de todos os continentes com quem têm parcerias estabelecidas”. O anúncio foi hoje feito por Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais e será tema do terceiro dia deste encontro internacional. As Conferências do Estoril, prosseguem até dia 22 de maio, no Centro de Congressos do Estoril.
A nova estrutura das Conferências do Estoril, será anunciada quinta-feira, terceiro dia da edição de 2015 das Conferências do Estoril 2015 e vai “dar uma perspetiva de futuro” e “projetar a longo prazo” os ativos construídos ao longo dos anos”.  Este será um dos temas fortes do dia que conta com Durão Barroso, antigo Primeiro-Ministro de Portugal, ex-Presidente da Comissão Europeia e Anders Fogh Rasmussen, antigo Primeiro-Ministro da Dinamarca e Secretário Geral da NATO como oradores da quarta edição das Conferências do Estoril.
 
 
“Criar âncoras disseminadas pelo mundo lusófono”, através da parceria estabelecida com a Fundação Getúlio Vargas, do Brasil, vai permitir aproveitar o “património riquíssimo que é a língua comum”, organizando conferências e explorando "as dinâmicas" que surgirem é o objetivo deste novo projeto.  Além da internacionalização, aposta-se na globalização: “gostaríamos de começar com as Conferências do Estoril pelo mundo lusófono, até para termos uma consciência de que separados valemos o que valemos, mas quando juntamos dois patrimónios que nos são comuns (…) – o mar e a língua – somos uma verdadeira superpotência mundial”,  afirmou Carlos Carreiras na abertura oficial do evento que marcou a tarde do segundo dia. 
 
Dia marcado pela Educação e pelo poder
 
Carlos Carreiras e Miguel Pinto Luz, vice-presidente do município falaram da importância de realizar mais uma vez este grande evento. “As conferências são, muito provavelmente, o único fórum global onde um chefe de estado e um ativista político, um homem de negócios e um estudante, partilham o mesmo palco em igualdade de circunstâncias”.  
 
Ao longo do segundo dia passaram por este fórum de debate temas fortes como "O futuro da educação", com Carlos Lopes, Secretário Executivo da Comissão Económica das Nações Unidas em África (CEA), a garantir não ter dúvidas de que as tecnologias digitais vieram alterar a forma como percecionamos a educação. “Nenhuma geração está mais à vontade com as tecnologias digitais do que a atual. Há já quem os apelide de nativos digitais”, afirmou perante a audiência, reconhecendo que “a globalização acontece graças às novas tecnologias digitais.” 
 
Elizabeth Wahl, jornalista americana, explicou hoje nas Conferências do Estoril porque é que em março do ano passado resolveu demitir-se em direto da Russian Today (RT), apanhando de surpresa a direção do canal, os ouvintes e o governo russo. A jornalista trabalhava há pouco mais de dois anos no canal, mas rapidamente se foi apercebendo de que estavam a querer que desse uma determinada abordagem às suas reportagens. “O que pretendiam na cobertura das grandes histórias era desafiar a narrativa ocidental dos acontecimentos”, contou no Estoril. 
 
A questão da crise grega esteve também presente com o ex-primeiro-ministro grego, George Papandreou, a defender uma mutualização da dívida grega no palco do Estoril. O ex-primeiro-ministro da Grécia, disse mesmo que no início da "crise da dívida" no seu país, a União Europeia (UE) não foi eficaz e impediu uma solução mais eficaz e menos hostil.   
 
As Conferências do Estoril, bienais, são organizadas pela Câmara Municipal de Cascais desde 2009 com o objetivo criar um pólo de reflexão de nível internacional sobre os desafios da globalização, com particular atenção à relação entre os domínios global e local.
 

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