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Durão Barroso | “Não comungo do pessimismo reinante sobre a Europa”

“[A crise ] teve efeitos negativos, mas devemos olhar para a Europa como um processo construtivo. Apesar dos efeitos negativos, a União Europeia tem hoje mais competências que ajudam a proteger os estados-membros”.
Durão Barroso recordou que “em 2012, muitos analistas preconizaram o fim do projeto da União Europeia, mas este sobreviveu. Na altura o cenário mais provável era a implosão do Euro. A crise expôs vulnerabilidades, mas também veio demonstrar que a União Europeia tem bastante resiliência”.
O antigo presidente da Comissão Europeia, disse ainda que “o pessimismo que rodeia a Europa tem duas origens: os eurocéticos e os grupos xenófobos que alimentam discursos populistas. A minha convicção é que as forças de integração na União Europeia são mais fortes do que as da desintegração”.
Ao falar da crise grega e do Syrisa, Barroso referiu que este partido constitui um fenómeno curioso: “Inicialmente era contra o euro, mas uma vez no governo, estão a hesitar. A Grécia por razões políticas próprias não conseguiu ainda recuperar”.
“Apesar dos eurocépticos, a “ União Europeia continua a ter um grande poder de atração como se viu na questão da Ucrânia”, acrescentou.
Frases:
“A União Europeia vai retomar a sua capacidade de se recuperar”;
“Não comungo do pessimismo reinante sobre a Europa”;
“ A construção europeia é um processo”;
O projecto europeu garantiu o maior período de paz na Europa”;
“A União Europeia continua a ter um grande poder de atração como se viu na questão da Ucrânia”;
“A crise foi uma forma de garantir mais espaço à União Europeia”. A União Europeia é um projeto de paz e democracia. Para se estar na NATO não é preciso ser-se democrata, mas para se estar na União Europeia é preciso passar no teste da democracia.