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Exposição e documentário homenageiam Nadir Afonso

Na próxima sexta-feira, 30 de março, às 21h30, o auditório do Centro Cultural de Cascais exibe o documentário “Nadir Afonso – O tempo não existe”, do realizador Jorge Campos. Coproduzido pela Vigília Filmes, Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo do Instituto Politécnico do Porto (ESMAE) e Fundação Nadir Afonso, com o apoio da Câmara Municipal de Boticas, o documentário teve a sua antestreia em janeiro, no Teatro Nacional de São João, no Porto, e é agora exibido em Cascais, vila onde o pintor reside há vários anos.
Em 1993, Jorge Campos realizou um documentário sobre Nadir Afonso, com filmagens em Paris, Cascais e Chaves. Agora, voltou a filmar o pintor que, aos 91 anos, “continua a olhar de modo obsessivo o trabalho produzido à procura da forma justa, exemplar, sem margem de erro. (…) Já pouco sai da sua casa de Cascais, mas continua a visitar a terra transmontana das suas raízes onde a paisagem se torna humana e o homem se faz paisagem. Neste filme, o realizador captou o dia-a-dia de Nadir Afonso, na companhia da família “ouvindo-o e vendo-o deambular em volta da pintura”.
Paralelamente, de 27 de março a 8 de abril estará patente no Centro Cultural de Cascais a exposição “Nadir Afonso, no tempo e no lugar”, que reúne uma série de imagens do pintor captadas pela fotógrafa Olívia Da Silva. Originalmente produzida pelo Teatro Nacional São João em parceria com a ESMAE, Vigília Filmes, Fundação Nadir Afonso e Câmara Municipal de Boticas, esta exposição dá continuidade ao trabalho de investigação sobre representação fotográfica e identidades pessoais de Olívia Da Silva, fotógrafa e docente da ESMAE.
Sobre Nadir Afonso
Nadir Afonso nasceu em Chaves, a 4 de dezembro de 1920. Diplomou-se em Arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto e, 1946, em Paris, estudou pintura na École de Beaux-Arts e frequentou o ateliê de Fernand Léger. Como arquiteto colaborou no ateliê de Le Corbusier, entre 1946 e 1948, e novamente em 1951. Entre 1952 e 1954, trabalhou ainda com o arquiteto Óscar Niemeyer, no Brasil. De regresso a Paris, o apelo da pintura tornou-se mais forte, o que fez abandonar definitivamente a arquitetura em 1965, embora, na verdade, ela esteja inquestionavelmente presente na sua arte pictórica. Expôs nos quatro cantos do mundo, foi distinguido com diversos prémios e produziu ampla teoria sobre Arte e Estética.