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José Viale Moutinho vence grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca

Com fundamentação pode ler-se na acta: «(...) escolher a obra O Escorpião (2024), de, pelo seu forte domínio do género, relacionando intimamente a tradição oral e a erudita através de uma ironia surpreendente, fazendo o volume oscilar entre o fio narrativo mais tradicional, o microconto e o esboço poético, numa diversidade legitimada em insinuada arquitectura de obra.
Na ponderação das obras a concurso, o júri atentou, ainda, em algumas como Peixes de Cardume, de Raquel Serejo Martins, e Cenas Portuguesas (dez contos), de António Carlos Cortez, que sinalizam a inovação e a renovação geracional na arte do conto. (...)»
O Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca, instituído em 2023, pela Associação Portuguesa de Escritores, patrocinado pela Câmara Municipal de Cascais e Fundação D. Luís I, destina-se a galardoar anualmente uma obra de contos em português. Nesta 3.ª edição, concorreram obras publicadas em 2024. O valor monetário deste Grande Prémio é, para o autor distinguido, de 12.500 euros.
A cerimónia de entrega do prémio realizar-se-á, no próximo dia 30 de Junho, em Cascais, com a presença do autor.
BIOGRAFIA -
[Funchal, 1945]
Poeta, ficcionista e jornalista. Foi chefe de Redacção Adjunto do Diário de Notícias, foi presidente da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto e fez parte das direcções da Associação Portuguesa de Escritores, da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia e do Círculo de Cultura Teatral. Integrou o conselho geral da Comissão Nacional da UNESCO. É sócio do Pen Clube Português, da Academia de Letras de Campos de Jordão (Brasil) e membro de honra da Real Academia Galega.
Tradutor de obras de autores espanhóis, galegos e franceses, quer para livro, quer para representações teatrais por companhias profissionais, tem-se dedicado também à investigação com especial incidência nas obras de Camilo Castelo Branco e Trindade Coelho. Quanto a investigação etnográfica, publicou diversas recolhas de literatura popular portuguesa. Também a literatura infanto-juvenil não lhe foi indiferente. Prefaciou, anotou e revelou obras inéditas de Camilo, Trindade Coelho, António Nobre, Júlio César Machado, Oliveira Martins, A. Tomás Pires e Curros Enriquez. É, todavia, mais conhecido como poeta e ficcionista.
Tem colaboração em jornais como República, Jornal de Notícias, Diário de Lisboa, Prelo, Colóquio/Letras, Jornal de Letras, Vértice, etc. Está representado em antologias de literatura portuguesa editadas na ex-União Soaviética, na Hungria, Bulgária, Brasil, Galiza e em Portugal. Obras suas estão traduzidas para castelhano, asturiano, catalão, galego, italiano, húngaro, russo, etc.
Fonte: AQUI