Sob o lema “vamos mesmo sabendo que pudemos não voltar”, o bombeiro voluntário José Moreira perdeu a vida em marcha de urgência no concelho, a 19 de agosto de 2015.

“É um sentimento misto”, começou por dizer Paulo Santos, Comandante da corporação. “O facto de vermos o nome de um colega, de um camarada nosso numa rua é motivo de orgulho e simultaneamente tristeza”, acrescentou emocionado.

Tinha 42 anos quando, na sequência de um acidente de viação, se despistou numa valeta na berma e capotou na estrada entre Abóboda e Talaíde, no concelho de Cascais. Preparava-se para participar no combate a um incêndio nesta zona.

Em defesa de todos os munícipes, “esta foi uma homenagem merecida”, afirmou Paula Gomes da Silva. Para a vereadora da autarquia, José Moreira “ é uma estrela no céu que dá força a todos os outros bombeiros voluntários que, do seu tempo, dão um serviço à comunidade que é fundamental e sem o apoio incondicional dos quais não podemos viver”.

José Moreira nasceu e cresceu em Talaíde, que também o viu partir. Para além de bombeiro, “era um cidadão muito prestável, uma pessoa fácil de conviver e que deixa saudades a toda a comunidade local”. 

Trabalhador na Câmara Municipal de Cascais, na área da DGEV – Departamento de Gestão da Estrutura Verde, José António Gonçalves aproveita os tempos livres para pôr em prática alguns dos seus vários talentos.

Sem nenhum passado na família ligado a esta arte, o escultor viu nos bonecos de madeira um escape para responder aos desafios que a vida lhe ia propondo.

“Há uma parte que transmite um bocado da minha vida. E eu tento expressar na madeira aquilo que sinto”, contou.

A imagem de Nossa Senhora de Fátima, um veado, a escada da vida e até bandolins são alguns dos trabalhos que José António apresenta nesta exposição patente até dia 31 de março.

“Adoro a natureza, o mar, acredito em algo superior a nós. A natureza e a música a mim dizem-me muito, é algo muito superior, o que me transmite fé e levar o lado positivo da vida”, esclareceu.

Para Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais esta exposição serve também para “relevar o quanto bons profissionais a autarquia tem. Estamos a honrar o funcionário público, o trabalhador da câmara que, para além, da sua atividade profissional que o faz com grande competência, com grande entrega e com grande dedicação tem também outros talentos para partilhar connosco”.

Esta é uma das várias atividades que vão decorrer até segunda-feira, 31 de março, no âmbito da Semana do Ambiente 2016, onde todos os munícipes são convidados a participar e a envolverem-se neste esforço que deve ser coletivo, em salvaguarda dos valores ambientais.

Passeios pouco cuidados, falta de estacionamento seguro para bicicletas ou horários dos autocarros desfasados das aulas foram as principais preocupações referidas pelos alunos à câmara municipal, registadas num livro e num pergaminho, no âmbito do programa eco-escolas que abrange três escolas do concelho, a Escola Missionária ABBLA,a Escola da Tia Ló e a Escola Básica de S. João do Estoril.
     
A identificação de problemas e a busca de soluções para um dia-a-dia saudável e um estilo de vida mais sustentável é, assim, o objetivo do programa eco-escolas.A mobilidade sustentável foi o tema escolhido este ano, que levou alunos, professores, funcionários e pais a debaterem o problema e a deslocarem-se no terreno para detetar dificuldades reais encontradas no meio envolvente.  

 “ É muito importante promover um maior envolvimento da comunidade escolar no projeto eco-escolas, pois permite potenciar um conjunto de valores que promovem um ambiente mais sustentável e melhor qualidade de vida” referiu o vereador da câmara municipal de Cascais que acrescentou “ este tipo de programas que chamam os alunos a intervir, a identificar problemas e buscar soluções estimulam a cidadania ativa nos mais jovens”.
 

O presidente da Câmara de Cascais falou do Ano Europeu da Juventude, uma candidatura que, explicou, venceu pela persistência: “Só se perde quando se desiste”, disse Carlos Carreiras a propósito da primeira candidatura de Cascais à Capital Europeia da Juventude, que acabou por não lhe ser atribuída: “Aprendemos com os erros”, disse, relatando depois os passos que se seguiram até que uma outra candidatura saísse vencedora.

Mas era sobretudo um pretexto para introduzir, num auditório de jovens na casa dos 14 anos, que frequentam o 9º ano da Escola Ibn Mucana, em Alcabideche, um discurso pedagógico. Desde logo a persistência na prossecução de um objetivo, tal como Cascais persistiu na organização do evento que ocorrerá em 2018, e também a necessidade de privilegiar o trabalho coletivo ao desempenho individual, fazendo logo de seguida a ponte para uma dos grandes argumentos da candidatura cascalense: O património de trabalho voluntariado da sua juventude, com cerca de 2.500 jovens que, organizados pela autarquia, já prestaram serviço de voluntariado nas mais variadas áreas, do social ao cultural, na receção e orientação de turistas.

Foi esta experiência na área do voluntariado jovem, disse Carlos Carreiras, que pesou na decisão do júri que decidiu atribuir a Cascais a organização em 2018 do Ano Europeu da Juventude, uma oportunidade, acrescentou, para suscitar nos jovens o debate pelas questões europeias.

Como não podia deixar de ser, a questão da multiculturalidade saltou para aquele pequeno debate, entretanto entabulado entre os jovens presentes e o presidente da Câmara cascalense. Carlos Carreiras provocou o diálogo e ele surgiu a propósito da importância do mundo global e suscitando a partilha das experiências que, também alguns alunos daquela escola têm.

Marcela, por exemplo, uma aluna do 9º ano, falou da visita de alunos da escola a Treviso, uma cidade do norte da Itália, que o presidente da autarquia cascalense lembrou pela beleza dos seus canais, mas, mais uma vez pedagogicamente, também pelo facto de ser a cidade de origem de Luciano Benetton, o autor e dono da marca multinacional Benetton, falando da sua origem humilde em comparação com o império que entretanto criou.

Diogo, outro aluno do 9º ano falou da sua experiência numa viagem à Grécia. E, nem de propósito, numa escola cujo patrono é o poeta muçulmano do século XI, Ibn Mucana,  Leandro, outro aluno do 9 ano, que já visitou a França, lançou a questão do stress vivido, designadamente em Paris, por causa dos “Muçulmanos…” Carlos Carreiras não perdeu a oportunidade e puxou para debate a questão da multiculturalidade, da origem das varias religiões e do perigo da intolerância religiosa ou outra: “Já houve um senhor que nos tentou dividir na Europa, não por questões religiosas, mas pela cor de pela e dos olhos”. Todos perceberam o exemplo.

Factos:

A Câmara Municipal de Cascais é a primeira Câmara do País a ter um Gabinete de Estágios Profissionais;

Há 38 Associações de jovens no concelho;

São 2500 os jovens cascalenses envolvidos no movimento associativo;

Anualmente são cerca de 1600 o número de jovens em ações de voluntariado;

Cascais é o concelho do país com a mais baixa taxa de desemprego jovem; 

Cascais é o concelho com a menor percentagem de abandono escolar

O encontro improvável aconteceu numa ‘pool party’ na Nazaré. Tiago Coutinho, 23 anos, finalista do Curso de Direção e Gestão Hoteleira na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril e o australiano Gareth Teague conheceram-se em 2009 e nunca perderam o contacto. “Falávamos sempre pelo Facebook e, como eu já tinha feito um estudo de mercado para a Universidade, percebemos que a criação de um hostel em Cascais era rentável”, diz Tiago, um dos três sócios do Salty Pelican Beach Hostel & Surf Camp, inaugurado no dia 12 de março pelo presidente Carlos Carreiras.

“Este projeto bate certo com as políticas que procuramos manter a nível municipal. O espírito de empreendedorismo faz cada vez mais falta”, explica Carlos Carreiras, reforçando o facto de Cascais ser um “concelho de acolhimento.”

A meio do caminho juntou-se ainda a austríaca Monika Achhorner, namorada de Gareth. Este casal viajou durante 11 anos e conheceu 45 países. Até que um dia, convidados por Tiago, chegaram a Cascais. Foi amor à primeira vista. “É o local perfeito para viver e montar um negócio. O nosso sonho tornou-se realidade”, explica o casal de 34 e 31 anos, respetivamente.

O hostel, criado num chalet com perto de 100 anos, tem seis quartos: três com oito camas, um com seis, um com quatro e outro ainda com uma cama de casal e varanda privativa. “O nosso público-alvo são jovens entre os 20 e os 35 anos, na maioria estrangeiros, que procuram um bom ambiente para relaxar. Aulas de surf, sessões de ioga ou Kitesurf são atividades à disposição”, sublinha Tiago.

Há ainda uma varanda privativa e uma horta biológica. Jogos sociais e redes no jardim para os turistas descansarem são também cartão-de-visita. A madeira e as cores mediterrânicas foram os materiais privilegiados na construção. “Temos parcerias com marcas de cerveja artesanal, União Zoófila e a Quercus”, contam.  

Uma noite no hostel custa entre 16€ e 70€, consoante a época e a tipologia do quarto.

A instituição de solidariedade social CERCICA - Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Cascais - nasceu a 11 de Março de 1976, completando 40 anos em 2016. O seu surgimento veio dar resposta às necessidades educativas de crianças e jovens com deficiência intelectual e incapacidades que, nessa altura, viam comprometido o seu acesso à educação.

Ao longo dos anos, a CERCICA tem vindo a desenvolver atividades, que visam não só integrar na sociedade as pessoas com deficiência intelectual e/ou incapacidades, como potenciar a sua qualidade de vida e bem-estar. Muitas dessas atividades estão focadas na criatividade, como a produção de telas, pinturas e azulejos. Os quadros expostos no Centro Cultural de Cascais são disso exemplo.

Maria Cavaco Silva esteve presente na abertura da exposição e considerou que "os autores destes quadros são pessoas especiais no afecto que provocam, especiais porque fazem arte como esta, especiais porque têm o direito de exigir serem tratados como pessoas especiais, como todos nós". A antiga primeira dama tem uma longa relação com a CERCICA: «foi através de instituições como esta, que abri o meu olhar a este mundo. Todos perdemos muito se não o fizermos".

O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, relembrou que "há 40 anos não havia resposta a estas necessidades. Os cidadãos de Cascais que criaram esta instituição nessa altura orgulham-nos muito. Através destes exemplos, transmitimos que a diferença é algo que devemos valorizar: não somos melhores ou piores, podemos somar por cima da diferença. Torna-nos mais tolerantes".

Na cerimónia, falou ainda Pedro Alarcão, presidente da CERCICA: "Encontramos a CERCICA nas livrarias do concelho, nos túneis do Tamariz, em exposições, instituições e empresas, através de alunos integrados com sucesso na sociedade. A inserção é o nosso objectivo principal. Mas temos consciência de que é uma obra inacabada - sempre assim será".

Com esta exposição, a CERCICA dá o mote para as comemorações que irão decorrer até 3 de Abril de 2016, dando início a um conjunto de iniciativas que irão desenvolver-se ao longo do ano.
 

Segunda 14 de março

8h30 - Comemorações da Semana do Patrono do agrupamento de escolas IB Mucana,  Intervenção de Carlos Carreiras, presidente da Câmara  sobre o Tema “Cascais 2018: Capital Europeia da Juventude” |Escola IB Mucana Alcabideche.

18h00 - Lançamento do Livro dos Bombeiros de Alcabideche, com a presença de Carlos Carreiras, presidente da Câmara e da vereadora Paula Gomes da Silva  | Sede dos Bombeiros de Alcabideche.

Quarta- feira, 16 de março

9h00 - Sessão de Abertura CLAS, com a presença de Carlos Carreiras, presidente da Câmara e do vereador Frederico Pinho de Almeida |IDEIA - Outeiro de Polima.

10h30 – Palestra de Carlos Carreiras, presidente da Câmara, sobre educação para o empreendedorismo | Auditório da Escola Básica e Secundária de Carcavelos.

Sábado,19 de março

10h00 - Inauguração do Parque de Matarraque e Sinalética, com a presença de Carlos Carreiras, presidente da Câmara.

11h30 - Inauguração do Pinhal da Aldeia de Juzo com a presença de Carlos Carreiras, presidente da Câmara.

"O génio solitário é um mito", sustenta Andre Bello, um dos formadores das maratonas criativas que a Câmara Municipal de Cascais promove no Parque Palmela, uma forma de introduzir metodologias inovadores na reflexão sobre os problemas do concelho. Para este formador da D. Think, o processo criativo é um "processo colectivo, transdisciplinar", que passa pela "reflexão desinibida", partilhada em grupo: "Os problemas são resolvidos por pessoas para pessoas", explica Rique Nitzsche, outros dos membros desta empresa e formador neste curso.

As propostas lançadas para as mesas, à volta das quais se reúnem os varios grupos de formandos, na sua esmagadora maioria jovens cascalenses, centram-se no propósito de tonar o concelho mais apetecível para a juventude, versando quatro temas: a Cultura, a mobilidade , o empreendedorismo e a educação não formal. As soluções surgem como resultado de um processo que combina com momentos de comunicação teórica, de imediato traduzidas em exercícios práticos.

A criação de uma plataforma online com toda a informação sobre os projetos existentes de mobilidade internacional a que os jovens se possam candidatar ou a criação de uma "hastag" que ajuda na pesquisa, um "bootcamp" ou residências artísticas para divulgação e promoção de jovens artistas, um portal de apoio ao jovem empreendedor e "coaching" nas empresas e escolas, uma plataforma de registo e validação de competências não formais adquiridas pelos jovens e de divulgação das atividades capacitadoras promovidas no concelho  são algumas das ideias criativas resultantes da aplicação desta metodologia. Porém, nesta segunda edição do Cria Cascais, mais do que encontrar soluções pretende-se estimular o uso de novas ferramentas de trabalho e uma mentalidade colaborativa e criativa.

Uma das formandas, Joana Ferreira, animadora sócio-cultural, considera ser esta "uma experiencia intensa com um grupo diversificado de pessoas que potencia a partilha de conhecimento para a prática profissional”.

Durante duas maratonas criativas (a iniciativa decorreu durante quatro dias) a edição de 2016 da Cria Cascais conta com a participação de cerca de 80 pessoas, na sua esmagadora maioria jovens, provenientes de empresas e associações do concelho de Cascais, bem como de colaboradores da autarquia.